Notícia
Governo grego admite extensão do programa até ao final do ano
Alekos Flabouraris, ministro de Estado para a coordenação do Governo, está seguro de que "será alcançado um acordo" entre o Executivo de Atenas e os credores. Um acordo que poderá passar pela extensão do actual programa até ao final do ano.
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O Governo grego admitiu esta sexta-feira, 19 de Junho, que o acordo com os credores internacionais poderá consistir na extensão do actual programa de resgate até ao final do ano.
Numa entrevista à Bloomberg, em Atenas, Alekos Flabouraris, ministro de Estado para a coordenação do Governo, garantiu que a Grécia e os credores farão avanços nas negociações na cimeira de líderes da Zona Euro, marcada para a próxima segunda-feira com carácter de urgência, depois de o Eurogrupo ter terminado ontem sem um acordo.
"É positivo que os líderes europeus realizem a cimeira na segunda-feira", afirmou Flabouraris, em declarações à Bloomberg. "Ninguém esperava avanços na reunião dos ministros das Finanças de 18 de Junho".
O ministro grego garante que a solução para o impasse "pode ser a extensão do actual programa até ao final do ano". Além disso, reitera que o acordo com os credores deve referir "claramente" um alívio da dívida da Grécia. "Um acordo com os credores teria de se referir claramente a um início de discussão com o objectivo de aliviar o peso da dívida da Grécia", afirmou.
Quanto às exigências dos credores, o Governo não está disponível para ceder, pelo menos no que diz respeito à reforma do sistema de pensões. "A Grécia não vai aceitar cortes nas pensões como parte do acordo", mas "pode trabalhar para reduzir o número de reformas antecipadas", adiantou.
Alekos Flabouraris não tem dúvidas de que "será alcançado um acordo" e por isso mesmo o Governo "não está a trabalhar em qualquer plano B".
As declarações do ministro surgem um dia depois de o jornal alemão Die Zeit ter avançado que o Eurogrupo iria propor ao Governo grego uma extensão do actual programa de resgate por mais seis meses, ou seja, até Dezembro.
Segundo o Die Zeit, a extensão do programa implicaria a possibilidade de o Governo grego utilizar os 10 mil milhões de euros que estão reservados para a capitalização da banca, para poder pagar as suas obrigações junto do FMI e do BCE.
Diplomatas, em Bruxelas, disseram ontem que a notícia do jornal alemão era "um sonho".