Notícia
Syriza quer encontrar "dentro da Europa" uma "solução estável"
O dirigente do comité central do Syriza, Konstantinos Zachariadis, afirmou este sábado que o Governo grego quer encontrar “dentro da Europa” uma “solução estável” para a Grécia e que está disposto a fazer “importantes reformas”.
Zachariadis participou hoje numa mesa redonda sobre o tema "A mudança política no sul da Europa: Grécia e Astúrias", em Oviedo, Espanha, e em que estiveram também presentes o porta-voz do Podemos no parlamento regional das Astúrias, Emilio León, e a eurodeputada daquela formação política Tania González.
Em declarações à imprensa, antes do início do evento, o dirigente do comité central do Syriza referiu que o seu desejo é "encontrar uma solução dentro da Europa e dentro da zona euro", lembrando que "a palavra-chave é sustentabilidade" para que o país se possa erguer "por si próprio".
Além disso, afirmou que é da "responsabilidade dos poderes económicos e políticos não fomentarem o medo entre os cidadãos" com a ideia de que possam ocorrer situações como a que aconteceu em plena crise económica na Argentina no final de 2001 e que ficou conhecida como ‘corralito’ bancário.
Na Argentina, em Dezembro de 2011, perante a crescente corrida aos bancos argentinos e para evitar a falta de liquidez e o colapso do sistema financeiro, as autoridades decidiram congelar os levantamentos de dinheiro e de depósitos e estabeleceram limites semanais para a retirada de fundos, o que levou à revolta da população.
Antes do início do debate em Ovidedo, Zachariadis disse também à imprensa que o Governo grego está disposto a fazer "importantes reformas" no âmbito fiscal, "para que os mais ricos paguem mais" ou para que a administração pública "seja muito mais eficiente".
Questionado sobre as relações com a Rússia, Zachariadis realçou que são apenas "comerciais" e que a Grécia é um país "profundamente europeu".
O dirigente do Syriza defendeu, ainda, que os cidadãos dos diversos países europeus "têm a possibilidade de mudar o destino político dos seus países" e recordou que a Espanha teve este ano eleições, as quais levaram a que as coisas "pudessem mudar".