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Ministro eslovaco das Finanças diz que FMI vai participar no resgate à Grécia

O responsável pelas Finanças eslovacas diz para parecem estar reunidas as condições para o FMI finalmente aceitar participar financeiramente no programa de assistência financeira à Grécia.

Reuters
10 de Maio de 2017 às 13:25
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Peter Kazimir, ministro das Finanças da Eslováquia, diz que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está em vias de aceitar colaborar financeiramente no programa de assistência financeira grego. A afirmação foi feita esta quarta-feira, 10 de Abril, durante o encontro anual do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD) que se realizou em Nicósia, capital cipriota.

 

"Parece-me que sim", admitiu Kazimir sobre a possibilidade de o FMI ajudar a financiar o resgate acordado entre as instituições da troika e Atenas no Verão de 2015. "Temos de dar os parabéns a Christine Lagarde por ter conseguido convencer o FMI", acrescentou o ministro eslovaco, citado pela agência Reuters.

 

O montante do apoio financeiro que o FMI venha a conceder à Grécia não é o mais relevante para este governante, para quem verdadeiramente importante é que "tecnicamente o FMI tem de estar a bordo" do resgate.

 

Por outro lado, Kazimir reiterou que para já não está em cima da mesa uma nova reestruturação da dívida pública helénica, com o ministro a lembrar que a Zona Euro sempre defendeu que um novo alívio do fardo da dívida não poderá ser feito antes de 2018, o ano previsto para a conclusão memorando grego.

 

Entretanto, esta quarta-feira o presidente do Parlamento grego, Nikos Voutsis, segundo escreve o Kathimerini, revelou que o projecto de lei com as medidas prioritárias - exigidas pelos credores gregos por forma à validação da segunda avaliação periódica ao cumprimento do memorando - será entregue na Assembleia na próxima sexta-feira, ou no sábado. Voutsis adiantou ainda que os parlamentares gregos vão votar o pacote de medidas no sábado dia 20 de Maio.

 

Na semana passada, as autoridades helénicas anunciaram ter chegado a um acordo preliminar com as equipas técnicas das instituições europeias para dar luz verde à avaliação ao cumprimento do memorando, inicialmente prevista para o Outono passado.

 

Apesar das recentes garantias dadas pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, de que o seu Governo não implementaria mais medidas de austeridade antes de ser acordado um novo alívio da dívida helénica, o compromisso alcançado na passada semana prevê novos cortes nas pensões em 2019 e a cortes nas isenções fiscais no ano seguinte. Foi ainda estabelecido o compromisso de Atenas de privatizar o sector energético.

 

Já com mais de meio ano de atraso, é fundamental à Grécia ver desbloqueada a segunda tranche prevista no memorando grego, dado que Atenas terá de reembolsar em Julho 7 mil milhões de euros de obrigações de dívida detidas por credores.

 

O primeiro-ministro grego tem criticado a posição do FMI, que ainda não decidiu se integrará a parte financeira do resgate, fazendo depender essa participação da disponibilidade dos parceiros europeus para discutir a necessidade de renegociação da dívida grega e dum maior compromisso do Governo helénico em aplicar reformas estruturais.

 

Logo quando foi acordado o memorando, que pode ascender a um apoio de 86 mil milhões de euros em três anos, o FMI recusou participar financeiramente sem que os parceiros europeus se disponibilizassem para acordar medidas de alívio da dívida grega. Contudo, este memorando foi aprovado pelo Parlamento alemão com base na garantia dada pela chanceler Angela Merkel de que o Fundo participaria no programa helénico.

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