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Governo grego não fez "ultimatos ou chantagem" com os credores. Mas diz que é “absolutamente necessário” um acordo

Gabriel Sakellaridis, porta-voz do Governo grego, garante que o país vai honrar as suas obrigações enquanto conseguir, e que o pagamento dos salários e pensões no final de Maio está assegurado.

Bloomberg
25 de Maio de 2015 às 14:26
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O Governo grego não impôs "prazos" nem fez ultimatos ou "chantagem com os credores". Quem o diz é o porta-voz do Executivo de Atenas, Gabriel Sakellaridis, sublinhando, contudo, que é "absolutamente necessário chegar a um acordo" já que o país atravessa uma grave crise de liquidez.

 

Apesar dessa crise de liquidez, a possibilidade de o país restringir o acesso a contas bancárias ou impôr limites à livre movimentação de dinheiro foi afastada pelo Governo, que assegura que esse cenário "não existe mesmo". "A especulação em torno do controlo de capitais é infundada, irresponsável e malévola", garantiu o porta-voz. 

 

"A Grécia vai esforçar-se para cumprir todos os pagamentos de dívida enquanto conseguir", afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas, em Atenas, acrescentando que o país não terá problemas em cumprir o pagamento de salários e pensões no final de Maio.

 

O porta-voz garantiu que persistem desentendimentos com os credores em relação ao IVA, às reformas do mercado de trabalho e do sistema de pensões. Ainda assim, a equipa liderada por Alexis Tsipras está "optimista" de que poderá ser alcançado um acordo em breve.

 

"O Governo grego quer um acordo abrangente com os credores. A Grécia tem um défice de financiamento, mas as negociações com os credores sobre o financiamento estão em curso", afirmou o responsável.

 

Sakellaridis assegurou ainda que o Governo apoia "plenamente" o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, não estando planeada nenhuma reforma ministerial.  

 

As declarações do porta-voz do Governo surgem depois de, ontem, o ministro do Interior ter admitido que a Grécia poderá não conseguir cumprir as suas obrigações com os credores. Nikos Vutsis sinalizou que Atenas não vai conseguir reembolsar o FMI em 1,6 mil milhões de euros em Junho por os cofres gregos estarem vazios.

 

"O dinheiro não vai ser pago, porque não está lá", disse em entrevista à estação grega Mega TV. "Não vamos aceitar ser chantageados ao dizerem-nos para escolher entre um resgate ou a bancarrota", sublinhou.

  

O ministro das Finanças Yanis Varoufakis também se pronunciou e pediu um maior esforço por parte dos credores para chegarem a acordo, depois dos "enormes esforços" feitos por Atenas.

 

"Já percorremos três quartos do caminho, mas eles precisam de percorrer a parte que está em falta", disse Yanis Varoufakis em entrevista à BBC neste domingo. 

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