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"O tempo está a esgotar-se" para a Grécia, avisa Klaus Regling

O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade alerta que Atenas pode entrar em "insolvência" se não alcançar um acordo com os credores internacionais. Já o membro do Conselho de Governadores do BCE, Ardo Hansson, avisa que a situação do país "é muito complicada".

Bloomberg
26 de Maio de 2015 às 09:51
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"Estamos a trabalhar dia e noite para alcançar um acordo. Sem um acordo com os credores, a Grécia não vai receber nenhum novo empréstimo. E, nesse caso, há o risco de insolvência", alertou o presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, numa entrevista concedida esta terça-feira, 26 de Maio, ao jornal alemão Bild, citada pela agência Bloomberg.

Regling alertou ainda para os riscos de Atenas não reembolsar o Fundo Monetário Internacional, depois de o ministro grego do Interior ter admitido a possibilidade de o país não conseguir pagar um empréstimo de 1.600 milhões de euros que vence em Junho – e que Atenas acordou em pagar em quatro tranches entre de 5 a 19 de Junho. "Este dinheiro não será pago, porque não há. Isso é conhecido e discutido com base num optimismo cauteloso de que haverá acordo que permita ao país respirar", afirmou Nikos Vutsis este domingo em entrevista à estação de televisão privada Mega.

O membro do Conselho de Governadores do BCE, Ardo Hansson, admitiu esta terça-feira que a situação grega é "muito complicada". "Infelizmente, já se perdeu muito tempo. Três meses após o início das negociações, não há solução à vista e o tempo continua a passar", afirmou Ardo Hansson.

Gabriel Sakellaridis, porta-voz do Executivo de Atenas, destacou esta segunda-feira que é "absolutamente necessário chegar a um acordo" já que o país atravessa uma grave crise de liquidez. "A Grécia vai esforçar-se para cumprir todos os pagamentos de dívida enquanto conseguir", afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas, em Atenas, acrescentando que o país não terá problemas em cumprir o pagamento de salários e pensões no final de Maio.

O porta-voz revelou que persistem desentendimentos com os credores em relação ao IVA, às reformas do mercado de trabalho e do sistema de pensões. Ainda assim, a equipa liderada por Alexis Tsipras está "optimista" de que poderá ser alcançado um acordo em breve. "O Governo grego quer um acordo abrangente com os credores. A Grécia tem um défice de financiamento, mas as negociações com os credores sobre o financiamento estão em curso", garantiu o responsável. 


(Notícia actualizada às 09h59)

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