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Governo grego envia hoje carta a Bruxelas com a lista de reformas que pretende realizar

O Ministério das Finanças grego vai enviar hoje uma carta de três páginas a Bruxelas com as reformas que pretende realizar para que as instituições façam uma avaliação inicial. O executivo de Atenas recusa cortes nas pensões e salários e acredita que as propostas vão ser aceites pelos credores.

Reuters/Yves Herman
22 de Fevereiro de 2015 às 15:22
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O Ministério das Finanças grego vai enviar hoje uma carta de três páginas a Bruxelas com as reformas que pretende realizar para que as instituições façam uma avaliação inicial, segundo a agência Efe.

 

O objectivo é que as instituições enviem observações durante a tarde de hoje e, assim, moldar a proposta que Atenas vai apresentar na segunda-feira às instituições europeias para conseguir estender o financiamento ao país por mais quatro meses.

 

Na sexta-feira, a Europa comprometeu-se a estender o financiamento à Grécia por mais quatro meses, mas Atenas tem de apresentar até segunda-feira uma lista de reformas para ser aprovada pelos credores (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).

 

Segundo os meios de comunicação locais, as medidas não incluem um custo concreto das reformas, mas são semelhantes às propostas políticas, ou seja, o Governo explica os seus métodos para combater a evasão fiscal, a corrupção, a reforma da administração pública e combater a crise humanitária.

 

O ministro de Estado, Nikos Pappas, advertiu hoje que algumas reformas que o Governo grego irá apresentar na segunda-feira "não são negociáveis" e são uma "questão de soberania nacional".

 

"O Governo grego vai discutir essas reformas com os parceiros na zona euro, partindo do princípio que há questões de soberania dentro da política interna que não são negociáveis", disse Nikos Pappas ao canal televisivo Mega.

 

O vice-primeiro ministro, Yanis Dragasakis, disse, no sábado, depois de participar numa reunião do Conselho de Ministros, que a elaboração da lista de reformas "não é algo complicado, é um processo fácil".

 

Fontes governamentais asseguraram que a intenção do executivo de Alexis Tsipras é não aceitar quaisquer cortes nos salários e pensões.

 

Optimismo que reformas vão ser aceites

 

O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, disse ser "quase certo" que as reformas vão ser aceites por Bruxelas, e que o passo seguinte será dado depois das instituições analisarem o seu conteúdo. Yanis Varoufakis explicou que se a resposta for afirmativa "haverá uma teleconferência com as instituições e, automaticamente, o processo avançará".

 

Um alto oficial do governo, citado pela AFP, disse hoje que Atenas irá apresentar propostas que levarão a economia grega a lutar "fora de sedação".

 

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse no sábado que a lista de reformas "estará pronta na segunda-feira" e enfatizou que mantém contacto permanente com os parceiros da zona do euro.

 

 

 

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