Agosto é também um mês de crescimento para a economia da Zona Euro. O índice PMI (composite Purchasing Managers Index), que mede a evolução da indústria e dos serviços, na Zona Euro subiu para os 53,3 pontos em Agosto, de acordo com os dados da leitura rápida da IHS Markit, divulgados esta terça-feira, 23 de Agosto. Este valor é o mais elevado em sete meses. Em Julho, este índice estava nos 53,2 pontos.

O documento da empresa aponta ainda que a economia da união monetária continua a crescer a um "ritmo constante". Salienta ainda que "o crescimento no terceiro trimestre deve ser semelhante ao observado na primeira metade do ano". "Um abrandamento do crescimento das ordens de produção e a queda no optimismo nos serviços levou a uma taxa de contratação mais fraca e sugere que o crescimento pode enfraquecer nos próximos meses".

Olhando em termos individuais, duas das maiores economia das Zona Euro tiveram comportamentos diferentes. A leitura rápida indica que o índice PMI relativo à economia francesa cresceu para os 51,6 pontos – o valor mais elevado em dez meses. Em Julho, este indicador estava nos 50,1 pontos. A IHS Markit, no seu relatório para a Zona Euro, escreve que a recuperação na taxa de crescimento "coloca a França no caminho do seu melhor trimestre de crescimento, até ao momento, para este ano". Contudo, "a França continua atrás da Alemanha em termos gerais de ritmo de expansão".

Por outro lado, a leitura rápida mostra o índice PMI para a Alemanha nos 54,4 pontos em Agosto, o que indica um mínimo de dois meses. No mês passado, este indicador estava nos 55,3 pontos.

Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit, aponta em comunicado que "a leitura rápida do índice PMI para Agosto indica que a Zona Euro continua a ter um ritmo de crescimento constante no terceiro trimestre, sem sinais de que a recuperação esteja a ser perturbada pela incerteza relativa ao Brexit".

"A resistência do PMI em Agosto vai fazer crescer a crença que o BCE não vê necessidade para mais estímulos no imediato", refere ainda o responsável, acrescentando contudo que: "o fraco ritmo geral de expansão e as tendências desapontantes de contratações, da carteira de encomendas, do optimismo dos empresários e preços sugerem que os políticos vão deixar a porta aberta para mais estímulos no final do ano".