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BCE admite mais estímulos

A autoridade monetária está disponível para fazer mais caso as reformas estruturais e a consolidação orçamental nos estados-membros do euro não sejam suficiente. Mas reconhece riscos potenciais de uma intervenção excessiva do BCE.

Bloomberg
23 de Agosto de 2016 às 19:21
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O membro executivo do Banco Central Europeu (BCE), Benoît Coeuré, admitiu esta terça-feira, 23 de Agosto, que a autoridade monetária pode ser forçada a implementar novos estímulos à economia se as reformas e a política de consolidação orçamental postos em prática pelos governos da zona euro se mostrarem insuficientes.


Em declarações durante uma conferência da Associação Económica Europeia em Genebra, o responsável voltou a sublinhar o mandato atribuído ao BCE para a estabilidade dos preços e o desempenho desapontante das economias do clube dos 28 do euro.


"Se nada acontecer [em termos de reformas], então o banco central tem de fazer mais. (….) A única mensagem aqui é que se não houver muita coisa feita na frente das reformas estruturais nem na frente da política orçamental, do que puder ser feito, então o BCE terá de fazer mais," afirmou, citado pela Reuters.


A acção do Banco Central Europeu na tentativa de reanimar a inflação levou a entidade a adoptar taxas de juro negativas e ampliar o programa de compra de activos para 80 mil milhões de activos de natureza pública e privada por mês, até Março de 2017.


Contudo, o responsável assume que a acção do banco pode ter efeitos colaterais negativos: "Tudo o que façamos tem consequências paralelas – como o possível risco futuro para a estabilidade financeira. Até agora, mitigámos e gerimos esses riscos", afirmou Coeuré.

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