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Actividade económica da Zona Euro em máximos de quase seis anos

O índice PMI, que mede a actividade económica para a Zona Euro, subiu para os 56,7 pontos. O aumento das encomendas na indústria e serviços ajuda a explicar a evolução.

24 de Março de 2017 às 09:56
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O ritmo de crescimento da economia da Zona Euro voltou a aumentar em Março, alcançando máximos de quase seis anos ou 71 meses. A conclusão é dos dados preliminares do índice de gestores de compras PMI, divulgado esta sexta-feira, 24 de Março.

 

O índice que mede a actividade económica para a Zona Euro subiu para os 56,7 pontos em Março, quando em Fevereiro passado se encontrava nos 56. Nessa altura, já se indicava essa aproximação a máximos de quase seis anos. 

O valor fica ainda acima das estimativas dos analistas sondados pela Reuters, que apontavam para que a actividade tivesse abrandado para os 55,8 pontos
 

Entre Janeiro e Março, o indicador fixou-se nos 55,7, assegurando o melhor trimestre desde 2011. Valores acima de 50 significam evolução positiva da actividade. 

 

O estudo identifica a maior subida do emprego na última década – o último ponto mais alto tinha sido em Julho de 2007 – impulsionada pelo aumento de encomendas na indústria e serviços. Uma tendência que se verifica na Alemanha e em França, as duas maiores economias deste grupo.

 

Apesar do optimismo, a pressão nos preços atingiu um novo pico, com uma tentativa de passar para os consumidores aumentos de custos relacionados com as variações nos preços das matérias-primas, com destaque para a energia e combustíveis.

 

"Esta aceleração do crescimento com o aproximar do fim do trimestre, assim como as tendências de novos negócios e maior apetite para contratar, sugere que este forte momento de crescimento será mantido durante o segundo trimestre", perspectiva o economista-chave da IHS Markit, responsável pelo estudo.

O Commerzbank considera que esta evolução poderá levar a um novo aumento da especulação em torno de uma subida de juros na Zona Euro, com o mercado a antecipar que o "crescimento económico é mais forte do que o previsto pelo BCE". Contudo, realça o banco de investimento, "o BCE pode hesitar em aumentar ainda mais as suas, já decentes, previsões de crescimento para 2017".

 

"Partilhamos a visão do BCE de que a economia vai expandir-se em 1,8% em 2017, o que fica bem acima das expectativas da maioria dos economistas (1,6%)".

(Notícia actualizada às 10:51 com a análise do Commerzbank)

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