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Indústria do euro em máximos de quase seis anos
Os números definitivos do índice de gestores de compras da Zona Euro para a área manufactureira apontam para o melhor resultado desde Abril de 2011, confirmando a primeira leitura, de 54,9 pontos.
De acordo com a Markit, o índice PMI ficou no último mês do ano em 54,9 pontos, confirmando a primeira leitura e reforçando o perfil de crescimento em relação a Novembro, quando tinha sido de 53,7. É o valor mais elevado desde Abril de 2011, mantendo-se acima da linha de 50, o limite a partir do qual se estabelece que a actividade registou expansão.
Por mercados, a Holanda e a Áustria são aqueles onde se denota maior expansão da actividade, ao passo que na Alemanha, a "locomotiva económica" do euro, regista um máximo de três anos. O maior parceiro comercial de Portugal, Espanha, atingiu a melhor marca em 11 meses, enquanto o desempenho de França é o melhor em quase seis anos.
Na base do desempenho do clube dos 19 está, segundo a Markit, um crescimento mais rápido da produção e de novas encomendas, tanto no mercado interno como para exportação, a beneficiar da queda do euro face ao dólar nas últimas semanas.
O crescimento da procura elevou as listas de encomendas também para o maior valor em mais de cinco anos, resultando na criação de mais postos de trabalho. A empresa de estudos de mercado destaca ainda o aumento da pressão inflacionista, perante o aumento dos custos das importações devido a factores cambiais e ao aumento dos preços das matérias-primas.
Apesar de reconhecer o forte final de 2016 para a economia do euro, Chris Williamson, o economista-chefe da Markit, destaca o risco político trazido pelo ano novo, nomeadamente em torno do desfecho das eleições na Holanda, França e Alemanha. Eventuais alterações geopolíticas podem conduzir a uma "intensificação da incerteza política na região", o que leva a organização a estimar um abrandamento no crescimento da economia, dos 1,7% de 2016 para 1,4% no ano que vem.
(Notícia em actualização; título corrigido às 9:11 substituindo "Economia" por "Indústria")