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Cavaco Silva: "Portugal gostaria fortemente que a Grécia continuasse no euro"

A Zona Euro é um espaço "integrado" em que "não podem ser abertas excepções para nenhum país", de acordo com o Presidente da República. A Grécia tem de "convencer-se" disso, diz Cavaco Silva.

15 de Junho de 2015 às 10:51
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Seguindo aquele que tem sido o discurso de Bruxelas, o Presidente da República Portuguesa tem esperanças de que a Grécia fique no euro mas pede o respeito pelas regras para que tal seja possível.

 

"Portugal gostaria fortemente que a Grécia continuasse a pertencer à Zona Euro e tem, ainda, esperança de que as negociações permitam que os gregos continuem a utilizar o euro como a sua moeda", afirmou Cavaco Silva, numa conferência de imprensa transmitida pela RTP Informação numa visita oficial de dois dias à Bulgária.

 

A declaração é feita depois de um fim-de-semana em que as conversações entre o governo grego e a Comissão Europeia não chegaram a conclusões devido a diferenças "significativas" na ordem dos 0,5% a 1% do produto interno bruto. Esta segunda-feira, o primeiro-ministro Alexis Tsipras já afirmou que espera "pacientemente" que os credores se tornem "realistas", rejeitando mais cortes nas pensões.

 

"Num espaço tão integrado como é este da Zona Euro, com uma moeda única, com um banco central único, há regras que não podem deixar de ser respeitadas", continuou o chefe de Estado português esta segunda-feira, 15 de Junho. "Não podem ser abertas excepções para nenhum país e a Grécia tem, de facto, de convencer-se. E é provável que, depois destes meses de negociações e contactos com a troika e com dirigentes políticos de outros países, esteja mais consciente da realidade que não pode ignorar", comentou ainda o responsável.

 

Nas suas declarações, Cavaco Silva mostrou ainda esperança de que, até ao final do mês, data do final do programa de resgate a Atenas, seja possível alcançar uma solução, "porque, se isso não acontecer", a região ficará confrontada "com um problema extremamente sério". "De acordo com as regras vigentes, quando um país deixa de estar sujeito a um programa de ajustamento, não pode mais continuar a beneficiar do apoio do Banco Central Europeu ao seu sistema bancário", explicou.

 

"A situação na Grécia é uma preocupação para todos os países da União Europeia, entendendo à interdependência e à interligação entre os sistemas financeiros e entre as economias", foi outra das afirmações feitas pelo chefe de Estado português na Bulgária.

 

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