Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Banca germânica tem uma exposição de cerca de 23,5 mil milhões de euros à Grécia

Os bancos alemães têm uma exposição à Grécia que ronda os 23,5 mil milhões de euros. No caso da França, o BNP Paribas tem uma exposição em torno dos 700 milhões de euros e o Société Générale tem uma exposição em torno dos 300 milhões de euros.

Reuters
06 de Janeiro de 2015 às 11:54
  • 5
  • ...

Os bancos alemães têm uma exposição à Grécia que ronda os 23,5 mil milhões de euros, de acordo com os dados compilados pela agência Reuters e publicados esta segunda-feira 5 de Janeiro. Ainda assim, o risco sistémico para as instituições germânicas será limitado pois os grandes bancos – o Deutsche Bank e o Commerzbank – têm uma pequena percentagem deste montante total. No entanto, o mesmo cenário não se aplica ao banco público germânico, o KfW, cujos empréstimos totalizam os 15 mil milhões de euros ao Estado helénico.   

 

Já o Commerzbank, de acordo com dados fornecidos à Reuters, têm uma exposição que ronda os 400 milhões de euros à Grécia no final de Setembro de 2014 e o Deutsche Bank referiu deter cerca de 298 milhões de euros de exposição às empresas e bancos, bem como, à dívida pública.

 

Por outro lado, um estudo elaborado pela JP Morgan, e citado pela Reuters, sublinha que o banco francês Crédit Agricole é o banco comercial europeu mais exposto a Atenas. A instituição, no final de 2013, tinha uma exposição que ascendida a 3,5 mil milhões de euros.

 

O BNP Paribas detinha, no final de 2013, uma exposição de cerca de 700 milhões, enquanto o Société Générale tinha uma exposição de 300 milhões de euros a empresas gregas mas não tinha dívida pública do país no final de Setembro.

 

Uma notícia do Wall Street Journal de Fevereiro de 2010, cerca de dois meses antes do primeiro resgate à Grécia – que teve lugar em Maio de 2010 -, apontava que, em conjunto a banca francesa e alemã detinha, na altura, uma exposição à Grécia de cerca de 119 mil milhões de euros. Este valor atingiu aos 900 mil milhões de euros, tendo em conta também a exposição a Portugal, Irlanda e Espanha.

 

Holofotes voltados novamente para Atenas

 

No próximo dia 25 de Janeiro, os gregos vão ser chamados às urnas para escolher o próximo Governo e as sondagens mostram que o Syriza, o partido de extrema-esquerda, lidera as intenções de votos. Caso este partido, que sempre se mostrou contra a austeridade, vença as eleições e não aceite cumprir com o que foi acordado anteriormente entre os parceiros internacionais, a Grécia poderá sair da Zona Euro.

 

Nos últimos dias, a Alemanha, a maior economia do euro, deu a entender que, para si, há dois cenários em cima da mesa: a Grécia pode permanecer na Zona Euro após as legislativas desde que mantenha os compromissos assumidos pelo governo ainda em funções; e a Europa está preparada para a saída da Grécia do bloco do euro caso Atenas reivindique o não cumprimento do anteriormente acordado nos memorandos e insista em reestruturar a dívida.

 

No mesmo sentido, o Presidente gaulês François Hollande assume a necessidade de Atenas "respeitar os compromissos assumidos", independentemente do resultado das eleições. Todavia, Hollande deixa aos próprios gregos a decisão sobre a permanência no euro "porque é uma escolha que só a eles cabe". É uma afirmação prudente do governante francês na medida em que os tratados europeus não prevêem a expulsão de países do bloco europeu ou da moeda única.

 

O Negócios, na edição desta terça-feira, questiona ainda se há motivos para temer um governo do Syriza. O programa económico do Syriza é descrito como "radical", mas os investidores parecem estar cada vez menos assustados com as suas ideias. Electricidade grátis para os mais pobres e subida do salário mínimo estão entre as medidas deste partido.

Ver comentários
Saber mais Grécia agência Reuters Deutsche Bank Reuters Crédit Agricole Société Générale
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio