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Alexis Tsipras exclui possibilidade de formar governo de coligação com o Nova Democracia ou Pasok
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que renunciou ao cargo abrindo caminho para eleições antecipadas, exclui a possibilidade de formar um governo de coligação com os partidos de esquerda ou direita, caso não obtenha a maioria absoluta.
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Alexis Tsipras assegurou, numa entrevista dada ao canal de televisão Alpha, que não se ia "tornar o primeiro-ministro a cooperar com a Nova Democracia [direita]", com o partido socialista Pasok e o partido centro-esquerda To Potami, que considerou como "partes de governos precedentes".
O dirigente do partido radical Syriza e primeiro-ministro anunciou a sua demissão na quinta-feira, abrindo caminho a eleições legislativas na Grécia, as segundas este ano e as quintas dos últimos seis anos.
Tsipras, que assinou um acordo com os seus parceiros europeus para um terceiro plano de ajuda internacional de 86 mil milhões de euros, é confrontado com a recusa de alguns deputados do Syriza sobre as condições deste novo plano, que afirmam ser exactamente o oposto do programa do partido.
O líder de Syriza justificou a sua decisão de aceitar as condições impostas por credores da Grécia pela necessidade de evitar o "conflito civil" no país e reagiu mostrando indignação e tristeza pela guerra que se estava a instalar dentro do seu partido. "A saída da Zona do Euro teria sido um desastre económico", afirmou.
Tsipras mantém elevados níveis de popularidade mas é difícil prever se conseguirá obter maioria absoluta nas próximas eleições, ou se será um aliado do novo governo.
Vinte e cinco membros do partido radical decidiram na sexta-feira formar um novo partido político - a Unidade Popular, liderado pelo eurocéptico Panagiotis Lafazanis, ex-ministro da Energia, Ambiente e da Reconstrução Produtiva.