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Queda da libra leva May a recusar que seja inevitável um "Brexit duro"

A primeira-ministra britânica tenta acalmar os investidores com a promessa de que irá negociar um acordo "ambicioso" com a União Europeia. Garantias chegam depois de a libra ter voltado a recuar para mínimos de Outubro.

1. Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido
Reuters
09 de Janeiro de 2017 às 13:43
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Theresa May alertou esta segunda-feira, 9 de Janeiro, para as interpretações "erradas" que estão a ser feitas das suas declarações relativamente a ser "absolutamente inevitável que haja um Brexit duro".

 

"Não aceito os termos Brexit duro e Brexit suave. O que estamos a fazer é a conseguir um acordo [que seja] ambicioso, bom e o melhor possível para o Reino Unido em termos comerciais e operando no mercado único europeu", referiu a primeira-ministra britânica, citada pela Reuters.

 

Numa entrevista à cadeia de televisão Sky News, difundida no domingo, Theresa May sustentou que o Reino Unido não pode estar à espera de manter "pedaços" dos seus direitos de adesão à União Europeia depois de sair dela, tais como acesso ao mercado único. "Nós vamos sair. Nós estamos a sair. Não vamos continuar a ser um membro da UE", resumiu a governante.

 

A sugestão de que o processo de saída da União Europeia deverá ser mais tumultuoso, a nível económico e financeiro, do que o esperado pelos cidadãos britânicos, gerou novos receios juntos dos investidores, com a libra a cair esta segunda-feira mais de 1% face ao dólar, para o nível mais baixo desde Outubro.

 

Na sequência da votação no referendo realizado em Junho do ano passado, Londres já prometeu accionar até Março o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que dá início ao processo de saída de um Estado-membro. Muito criticada por não dar pormenores sobre a estratégia de saída, a sucessora de David Cameron continua a remeter esclarecimentos lapara "as próximas semanas".

Essas explicações estão a ser também aguardados com expectativa na Escócia, onde a primeira-ministra, Nicola Sturgeon, garantiu na semana passada que colocará na gaveta a intenção de referendar novamente a permanência no Reino Unido, caso Londres opte pelo "consenso e compromisso" e não insista nesta saída "dura" da União Europeia , o chamado "hard Brexit".

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