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Osborne vai a Wall Street para impulsionar confiança na economia britânica

O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, vai estar esta segunda-feira em Wall Street, com o objectivo de impulsionar a confiança dos investidores na economia britânica após o país ter votado para sair da UE.

George Osborne, ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro
Reuters
11 de Julho de 2016 às 09:46
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De olhos postos nos mercados. George Osborne, ministro das Finanças do Reino Unido, vai estar esta segunda-feira em Nova Iorque (EUA), mais concretamente em Wall Street, com um objectivo claro na bagagem: impulsionar a confiança dos investidores na economia britânica após a decisão de Brexit.

A 23 de Junho realizou-se um referendo em que os britânicos foram chamados às urnas para decidirem se o país permanecia, ou não, na União Europeia. Ainda que os resultados tenham ficado próximos, os britânicos decidiram sair do bloco europeu. Ainda não foram dados passos formais para esse desfecho. Contudo, a incerteza que se gerou na sequência desta votação foi elevada, com os mercados financeiros a registarem perdas significativas e a libra a registar mínimos superiores a três décadas.


Mas a tentativa de dar mais confiança aos mercados não se fica por aqui. Durante duas semanas, o ministro das Finanças britânico, de acordo com a Bloomberg, vai fazer um périplo pelas principais capitais financeiras. China e Singapura estão também na agenda de Osborne.

 

"Apesar a decisão britânica de sair da UE apresentar claramente desafios económicos, temos agora de fazer tudo para que o Reino Unido seja o local mais atraente do mundo para fazer negócios", salientou Osborne em comunicado, citado pela agência noticiosa. "A minha mensagem para o mundo é que o Reino Unido pode deixar a União Europeia, mas não está a desistir do mundo", acrescentou.


Esta não é a primeira iniciativa do responsável para tentar manter os investidores calmos. Na semana passada, Osborne concedeu uma entrevista em que anunciou um plano de cinco pontos para a lidar com os impactos do Brexit. 
O principal destaque vai para a promessa de descida da taxa de imposto a aplicar às empresas, que actualmente está nos 20% e deverá baixar para 15%. Um nível de fiscalidade que será o mais baixo entre as grandes economias e que se aproxima dos reduzidos 12,5% da Irlanda.

Em entrevista ao Financial Times, Osborne diz que quer construir uma "economia super-competitiva" e defendeu a descida da taxa de IRC para 15% para mostrar aos investidores que apesar de estar fora da União Europeia, o Reino Unido continua "aberto aos negócios".


Erik Nielsen, economista-chefe do UniCredit, numa nota para os clientes, citada pela Bloomberg, aponta que "é muito cedo para dizermos que vamos ver o fim do desastre político e económico" após a decisão britânica. "Devemos esperar mais quedas da libra e é provável que não seja ainda o fim da crise do imobiliário".


Também na semana passada, Jamie Dimon, CEO do JP Morgan Chase & Co, advertiu os empregados do maior banco de investimento norte-americano para a probabilidade de "alguns milhares" terem de sair de Londres no rescaldo da decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia.     

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