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Libra vive melhor sessão desde o Brexit com May primeira-ministra

Definição política no Governo de Londres ajuda aos ganhos da moeda britânica, em máximos de uma semana face ao dólar. Os mercados aguardam pela posição do Banco de Inglaterra, que pode anunciar corte de juros na quinta-feira.

12 de Julho de 2016 às 13:22
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A nomeação iminente de Theresa May como primeira-ministra britânica está a favorecer a negociação da moeda britânica, levando a libra para a melhor sessão face ao dólar desde o referendo que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia.

Às 12:52, a divisa de Sua Majestade somava 1,16% para 1,31 dólares, levando o valor da libra esterlina para máximos de uma semana. Os ganhos não são ainda suficientes para recuperar os 11,55% do seu valor perdido desde 23 de Junho, quando fechou a cotar nos 1,4877 dólares.

A ajudar à apreciação está a redução da incerteza política, depois de no rescaldo do referendo o primeiro-ministro David Cameron se ter demitido, abrindo caminho a um processo de sucessão que terminou esta segunda-feira, 12 de Julho.

Depois da desistência da candidata Andrea Leadsom e da consagração de Theresa May como futura nova líder do Partido Conservador, David Cameron anunciou que ainda esta quarta-feira apresentará a renúncia à Rainha no Palácio de Buckingham, criando condições para que, até ao fim do dia, May passe a ser a primeira-ministra.

"Agora, o caminho está aberto para May. (…) Há esperança de que toda a incerteza do processo seja encurtada," disse Thu Lan Nguyen, analista do Commerzbank, à Bloomberg.

A acompanhar os ganhos da moeda (que também avança 1% em relação ao euro) está igualmente a bolsa de Londres, que já esteve esta sessão a negociar tocando máximos de 11 meses.

Os mercados aguardam ainda a primeira posição formal do Banco de Inglaterra em termos de política monetária no pós-referendo, agendada para quinta-feira, onde se espera que possa haver um corte nas taxas de juro na tentativa de contrariar os efeitos do Brexit no arrefecimento da economia britânica. Há sete anos que a taxa de referência se mantém nos 0,5%.

"A recessão é agora o nosso cenário-base. (...) É provável que haja uma redução significativa do investimento no Reino Unido", disse à Reuters, Richard Turnill, o director financeiro da maior gestora de activos do mundo, a BlackRock, que espera que o país entre em recessão durante o ano que vem.

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