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May pede segunda oportunidade para o acordo de saída

A primeira-ministra britânica chegou ao parlamento sem grandes novidades para tentar convencer os deputados que se opõem ao acordo de saída obtido entre Londres e Bruxelas. Theresa May pediu aos críticos que "deem uma segunda leitura" ao acordo.

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14 de Janeiro de 2019 às 16:41
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Theresa May garante que o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia é o melhor possível e pede aos deputados britânicos que deem uma segunda oportunidade ao compromisso alcançado entre Londres e Bruxelas. Num discurso perante a Câmara dos Comuns, a primeira-ministra do Reino Unido assumiu partilhar as preocupações dos deputados que se opõem ao acordo de saída mas, insistindo que esta é a via que melhor defende os interesses de Londres, pediu aos deputados que "deem uma segunda leitura a este acordo". 

No entanto, questionada pelo deputado conservador, Bill Cash, se pode garantir que o Brexit, agendado para 29 de Março, não será adiado, Theresa May reiterou o "compromisso" do seu governo em sair da União na data prevista, porém não afastou liminarmente essa opção. 

May insistiu ainda na dramatização, recordando que em causa está o cumprimento do mandato resultante do referendo popular realizado em 2016 e que deu a vitória ao Brexit. A líder dos "tories" nota que se o acordo de saída for chumbado na votação marcada para amanhã, o Brexit pode consumar-se sem acordo de saída ou pode mesmo não se concretizar. 

A governante britânica sublinhou depois as garantias "substanciais" que entretanto recolheu junto de Bruxelas quanto à questão mais polémica: o mecanismo de salvaguarda (backstop) para evitar que sejam reinstituídos controlos fronteiriços entre as duas Irlandas. May disse que a Comissão Europeia mantém que este backstop consiste num "acordo temporário" para aplicar como solução de último recurso caso até ao final do período de transição (termina em 31 de Dezembro de 2020) não tenha sido negociado um acordo comercial entre os dois blocos. 

Theresa May acrescentou que Bruxelas já aceita iniciar as negociações sobre a relação futura imediatamente após a aprovação, pelo parlamento britânico, do acordo de saída, o que confere praticamente dois anos para negociar um novo tratado comercial. 

(Notícia atualizada às 17:30)
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