Notícia
Westminster chumba acordo do Brexit e adensa neblina do lado de lá da Mancha
O acordo de saída negociado entre Londres e Bruxelas foi rejeitado pela larga maioria dos deputados britânicos. Foi a maior derrota desde os anos 1920, garante Corbyn. O líder trabalhista já anunciou uma moção de censura contra o governo conservador, que deverá ser debatida esta quarta-feira.
O resultado desta votação obriga - na sequência de uma emenda aprovada na passada semana - o governo conservador a apresentar uma solução alternativa num período de três dias de trabalho parlamentar, o que significa que Downing Street tem até à próxima segunda-feira para surgir com um plano B.
Logo após o anúncio do resultado, a primeira-ministra May reconheceu que o seu acordo não dispõe do apoio necessário na Câmara dos Comuns e acrescentou que, porém, a votação não apenas dá indicação daquilo que os deputados não querem, sendo omissa relativamente ao pretendido. Para a líder conservadora, o resultado desta votação contraria a vontade expressada pelos eleitores britânicos no referendo de 2016.
Antes de terminar, May deixou a garantia de que continua a querer cumprir o mandato recebido quando chegou ao governo e que passa por entregar a saída da UE e apelou a todos os deputados que ouçam os britânicos que "querem esta questão resolvida".
Classificando esta derrota de May como "catastrófica", Jeremy Corbyn defendeu que nenhuma possibilidade de acordo deve, nesta altura, ser posta de parte, com o líder trabalhista a dizer ser necessário negociar com Bruxelas uma união aduaneira "ampla e definitiva". Corbyn mostrou-se ainda satisfeito com o facto de a moção poder ser discutida já esta quarta-feira, pedindo a sua aprovação como punição da "incompetência" da primeira-ministra.
(Notícia atualizada às 20:00)