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Juncker: UE não está "em perigo de morte" se Reino Unido sair

O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, afirmou hoje que o projecto da União Europeia (UE) não irá morrer se no referendo de 23 de Junho o Reino Unido optar por sair do bloco europeu.

Reuters
16 de Junho de 2016 às 13:56
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"Se o Reino Unido sair da UE isso irá abrir um período de grande incerteza, tanto no Reino Unido como na UE e num nível mais global, e isso deve ser evitado", disse Jean-Claude Juncker, durante um fórum económico a decorrer em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia. 

 

"Não acho que a UE esteja em perigo de morte se o Reino Unido sair, porque vamos continuar com uma política de estreita cooperação na Europa, ou mesmo ir mais além na UE, nomeadamente na matéria de uma união económica e monetária", referiu o líder do executivo comunitário, a uma semana do referendo que irá determinar se os britânicos ficam ou saem do bloco europeu, processo conhecido como Brexit.

 

Duas novas sondagens publicadas hoje dão a vitória à campanha pela saída do Reino Unido da UE.

 

A sondagem mensal Ipsos-Mori coloca pela primeira vez o "Sair" ("Leave") na frente, com 53% das intenções de voto, contra 47% pelo "Permanecer" ("Remain").

 

Neste estudo, 20% dos inquiridos admitiram que ainda podem mudar de opinião até à votação, na próxima quinta-feira.

 

Há um mês, a sondagem Ipsos-Mori dava 57% ao "Permanecer" e 43% ao "Sair".

 

A outra sondagem, do instituto Survation, atribui também pela primeira vez a liderança ao Brexit, com 45% das intenções de voto, contra 42% pela permanência do país na UE, e 13% de indecisos.

 

Há um mês, a sondagem realizada pelo Survation dava vantagem ao "Permanecer", com 44%, sobre o "Sair", que registava então 38% das intenções de voto.

 

Tusk admite ser "difícil estar optimista" face a sondagens

 

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, considerou hoje ser "difícil estar optimista" com o Brexit perante as sondagens, considerando também que uma decisão de sair da União Europeia não faria "nenhum sentido" para o Reino Unido. 

 

"É muito difícil para nós hoje estarmos optimistas, conhecemos as últimas sondagens, declarou Donald Tusk numa conferência de imprensa conjunta em Helsínquia com o primeiro-ministro finlandês, Juha Sipilä.

 

"Mas ainda estamos em 50/50, tudo é possível", acrescentou.

 

A uma semana do referendo previsto para 23 de Junho no Reino Unido, a hipótese de vencer o lado que apoia a saída da União Europeia é levada muito a sério em Bruxelas.

 

O Reino Unido é um "Estado-chave da UE", e "sair dela agora não faz qualquer sentido", nem para Londres nem para os seus parceiros europeus, preveniu Donald Tusk, alertando ainda para "consequências políticas e geopolíticas imprevisíveis" de um tal cenário. 

 

Duas novas sondagens divulgadas hoje dão como vencedora a opção de saída do Reino Unido da União Europeia, uma das quais, feita pela Ipsos-Mori, coloca o Brexit à frente, com uma vantagem de seis pontos percentuais (53% contra 47%). A segunda sondagem, feita pela Survation, dá a liderança aos apoiantes da saída com 52% das intenções de voto contra 48%.

 

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