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Gestores desinvestem na banca antes do referendo no Reino Unido

Os fundos de investimento nacionais diminuíram a exposição às acções do BCP e do BPI antes do referendo no Reino Unido que pode determinar um Brexit.

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Junho de 2016 às 13:43
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Os gestores de fundos nacionais reduziram a sua exposição aos títulos do sector financeiro. Este desinvestimento surge num momento de forte instabilidade nos mercados, antes do referendo no Reino Unido, com a banca no centro do tumulto. Já a Sonae continua a ser a acção preferida na bolsa nacional.


Os fundos diminuíram o investimento nas acções do BCP e do BPI no último mês. O banco liderado por Nuno Amado (na foto) passou a ser a sexta maior posição nas carteiras no final de Maio, com 7% do capital, quando um mês antes ocupava a quarta posição. Já o BPI recebe agora 5,9% do património gerido pelos fundos, face aos 7,3% que captava um mês antes, segundo os dados divulgados pela CMVM.


Esta decisão ocorre num mês decisivo para a União Europeia, devido aos riscos de um Brexit, que está a levar os investidores a desfazerem-se dos activos de maior risco. E a banca está a ser o rosto da incerteza nos mercados, com o BCP a afundar e a renovar mínimos, após mínimos, e a ser o principal responsável pela descida da bolsa lisboeta.


Apenas este mês o BCP afunda cerca de 41%, com as acções abaixo de dois cêntimos, determinando a quebra de 10,9% da bolsa portuguesa. Para os especialistas, o banco deverá continuar no "olho do furacão" enquanto se mantiver o clima de instabilidade.


Sonae preferida


A Sonae continua a ser a empresa preferida dos fundos na bolsa lisboeta. Recolhe 8,4% do património investido em acções nacionais. Já a Jerónimo Martins, que em Abril era a segunda maior participação nas carteiras, perdeu relevância nas apostas dos gestores. É  agora a quinta posição, com 7,2% do património.


Os gestores continuam a mostrar-se optimistas para o sector do retalho nacional, confiantes que a recuperação da economia impulsione o aumento das receitas.


"O valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM) totalizou 8.574,1 milhões de euros, menos 17,8 milhões de euros (0,2%) do que em Abril", acrescenta o relatório. Já nos fundos de investimento alternativo (FIA) o valor sob gestão caiu 3,2% para 2.560,9 milhões de euros.

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