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Lagarde avisa que há "argumentos económicos evidentes" para a permanência do Reino Unido na UE
A directora-geral do FMI diz que o país beneficiou muito da adesão à União Europeia, que trouxe empregos, investimento e mais rendimentos ao Reino Unido.
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A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde alertou esta sexta-feira, 17 de Junho, para os riscos da saída do Reino Unido da União Europeia, sublinhando que há argumentos económicos evidentes para a permanência no bloco dos 28.
Num discurso em Viena, Lagarde lembrou que a adesão à União Europeia trouxe empregos, investimento e ganhos de rendimentos ao Reino Unido, ajudando a tornar a economia "mais forte" e o país mais diverso e criativo.
"No meu ponto de vista, é clara a forma como o Reino Unido beneficiou - e vai continuar a beneficiar - da permanência na União Europeia", afirmou a responsável, citada pela Bloomberg. "Ser parte da UE tem ajudado muito a transformação do Reino Unido numa economia dinâmica e vibrante. O Reino Unido beneficiou das muitas contribuições de imigrantes talentosos e trabalhadores de todo o mundo, incluindo da UE, oferecendo, ao mesmo tempo, níveis recorde de emprego para todos os seus residentes".
Lagarde avisou ainda que há um aumento preocupante do nacionalismo económico que ameaça a união e exortou os políticos a tomarem medidas para reduzir a desigualdade que tem feito alguns europeus sentirem-se "deixados para trás".
A menos de uma semana do referendo, a directora-geral do FMI insiste que, do ponto de vista económico, faz todo o sentido ficar na União Europeia e rejeitou as sugestões de que a migração tenha prejudicado o mercado de trabalho.
"Sempre admirei o Reino Unido pela sua abertura a outras nacionalidades e culturas estrangeiras, e acho difícil acreditar que as atitudes tenham mudado em tão pouco tempo", apontou a antiga ministra francesa das Finanças. "Mas os eleitores britânicos é que têm de decidir, e a sua decisão depende claramente de muitos factores".
Esta quinta-feira, a precisamente uma semana do referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE, uma sondagem realizada pela Ipsos MORI para o jornal londrino Evening Standard deu uma vantagem de seis pontos ao Brexit.