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Dijsselbloem diz que cabe aos gregos decidirem o seu futuro. “Não podemos forçá-los nem vamos pedir-lhes”

À chegada ao Ecofin, o presidente do Eurogrupo voltou a insistir na necessidade de Atenas solicitar uma extensão do programa de ajuda. No entanto, sublinhou, "cabe aos gregos decidir". Já o ministro grego das Finanças mostrou-se optimista de que vão chegar a "um bom resultado" nas negociações.

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17 de Fevereiro de 2015 às 13:14
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Depois de a Grécia ter falhado um acordo com os parceiros da Zona Euro e FMI no Eurogrupo de ontem, Jeroen Dijsselbloem voltou a insistir esta terça-feira, 17 de Fevereiro, que cabe aos gregos decidirem o seu futuro.

 

"Espero que eles peçam uma extensão do programa. Se o fizerem, podemos permitir alguma flexibilidade dentro do programa, e eles podem colocar lá as prioridades políticas", referiu o presidente do Eurogrupo à chegada ao Ecofin, em Bruxelas. "Cabe aos gregos decidir. Nós não podemos forçá-los nem vamos pedir-lhes, está realmente do lado deles. E estamos prontos para trabalhar com eles".

 

A posição do presidente do Eurogrupo confirma o entendimento da generalidade dos ministros das Finanças do euro, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) que concluíram ontem a segunda reunião com o novo ministro grego das Finanças: a bola está do lado dos gregos e cabe a Atenas decidir sobre o seu futuro.

 

Nesse sentido não houve acordo, mas ficou estabelecido que, se o novo Governo de Atenas quiser mais apoio financeiro da Zona Euro e FMI, tem de pedir a extensão do actual programa.

 

A ideia voltou a ser defendida esta terça-feira pelo ministro das Finanças francês, Michel Sapin. "Se queremos evitar entrar por território desconhecido, a única coisa a fazer é ter algum tempo e alguma tranquilidade. Isso significa um prolongamento do programa. É o único instrumento legal disponível", defendeu o responsável, à chegada ao Ecofin.

 

"Não podemos colocar-nos no lugar do governo grego. E é por isso que dizemos: ‘façam-nos uma proposta’", acrescentou Sapin. "O momento da verdade vai chegar quando for preciso acordar um novo programa. Não se pode mudar um país em 100 dias".

 

Questionado sobre qual será o próximo passo nas negociações entre Atenas e os credores, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, respondeu que será "o passo responsável".

 

Varoufakis explicou que a Europa "vai continuar a deliberar" e "aumentar as hipóteses de chegarem a um bom resultado". 

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