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Bruxelas mantém vigilância apertada das contas da Grécia por mais seis meses

A Grécia vai estar mais seis sob a vigilância apertada dos técnicos de Bruxelas. O novo Governo tem de cumprir os compromissos antigos.

Kyriakos Mitsotakis, o novo primeiro-ministro grego. Reuters
26 de Julho de 2019 às 12:03
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As avaliação trimestrais da Comissão Europeia às finanças públicas e à econmia grega vão continuar durante mais seis meses.

Se o novo Governo de centro-direita liderado Kyriakos Mitsotakis achava que ia ter uma folga maior, tal parece não acontecer. Bruxelas renovou a intenção de acompanhar de perto a evolução dos indicadores económicos na Grécia para ver se são cumpridos os compromissos. Anteriormente, o Eurogrupo também já tinha sinalizado que não iria flexibilizar as condições acordados no âmbito do resgate grego, designadamente a redução da meta para o excedente primário de 3,5% do PIB.

Foi no ano passado - após a "saída limpa" da Grécia em agosto - que a Comissão Europeia decidiu acionar um instrumento de monitorização reforçada prevista no quadro europeu do 2-pack (pacote duplo) implementado em 2013. Esta foi a primeira vez que se ativou este mecanismo, o qual deverá manter-se até a Grécia pagar, no mínimo, 75% da ajuda recebida, segundo as regras europeias.

As avaliação são trimestrais. Em junho deste ano foi divulgado o terceiro relatório deste instrumento, sendo que o próximo está calendarizado para setembro.

O prolongamento da vigilância apertada é "normal", diz Bruxelas na decisão divulgada esta sexta-feira, 26 de julho. O objetivo é "assegurar" que continuam a ser implementadas as reformas acordadas ao abrigo do programa de ajustamento grego, "em linha com aos compromissos feitos pelas autoridades gregas". 

"A implementação destas reformas é crucial para continuar a fortalecer a recuperação económica da Grécia", argumenta a Comissão Europeia no comunicado. 

Bruxelas aproveita para anunciar também que irá extinguir o posto de chefe de missão para a Grécia. Declan Costello, que ocupava essa posição, foi para a direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros como subdiretor. 

A boa notícia é que a Grécia deverá ter uma ajuda nas contas públicas com a redução da fatura dos juros, tal como aconteceu em Portugal. Esta semana os juros gregos a dez anos baixaram da barreira dos 2%, um mínimo histórico e algo inédito para um país que tem uma dívida pública que corresponde a perto do dobro da sua economia (181% do PIB).
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