Notícia
Juros da dívida grega a 10 anos abaixo dos 2% pela primeira vez
Os juros da dívida grega a 10 anos negociada em mercado secundário estão abaixo dos 2%, um mínimo histórico que reflete a política monetária do BCE.
A dívida pública da Grécia corresponde a quase ao dobro do PIB do país (181% em 2018), mas isso não impede que o custo do Estado grego com as obrigações soberanas continue a baixar.
Segundo os dados da Bloomberg, os juros da dívida grega a 10 anos - o prazo de referência - baixaram 5,7 pontos base para os 1,981%, um novo mínimo histórico. No mesmo prazo, a dívida grega "custa" (juro) menos do que a dívida dos Estados Unidos cujo peso do endividamento público no PIB ronda os 100%.
Este é o reflexo da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) em que os juros diretores ficam em níveis historicamente baixos até ao fim do primeiro semestre de 2019, existindo a possibilidade real de haver um novo corte nos juros.
Essa hipótese ganhou hoje mais força após a divulgação de uma quebra do PMI para a indústria alemã, que já estava em contração. O maior risco de recessão na maior economia da Zona Euro poderá levar o BCE a aplicar o que tem sugerido nos últimos discursos de Mario Draghi: novos estímulos através dos instrumentos disponíveis estão na calha se for necessário para reanimar a economia e a inflação.
Esta quinta-feira, 24 de julho, o conselho de governadores do BCE vai reunir-se em Frankfurt para decidir o rumo da política monetária numa das últimas reuniões com Draghi como presidente. Contudo, não é expectável que haja já uma decisão sobre mais estímulos.
"Não esperamos nenhuma ação concreta até à reunião do BCE em setembro, que deve abrir uma sequência de taxas de depósitos mais baixas, seguida pelo lançamento de um programa de compra de ativos no final do ano", referia Franck Dixmier, analista da Allianz Global Investors numa nota divulgada hoje.
Além do efeito BCE, as obrigações soberanas da Grécia também poderão estar a beneficiar da recente eleição de Kyriakos Mitsotakis, da Nova Democracia, um partido conservador que foi bem acolhido pelos mercados financeiros do que o Syriza de Alexis Tsipras.
Mas também é verdade que a trajetória de descida dos juros gregos já ocorre desde o verão de 2018, altura em que fez a "saída limpa" do programa de ajustamento. Os juros a dez anos começaram a negociar abaixo dos 4% em fevereiro e dos 3% em maio. Em julho, quebraram a barreira dos 2%.
Segundo os dados da Bloomberg, os juros da dívida grega a 10 anos - o prazo de referência - baixaram 5,7 pontos base para os 1,981%, um novo mínimo histórico. No mesmo prazo, a dívida grega "custa" (juro) menos do que a dívida dos Estados Unidos cujo peso do endividamento público no PIB ronda os 100%.
Essa hipótese ganhou hoje mais força após a divulgação de uma quebra do PMI para a indústria alemã, que já estava em contração. O maior risco de recessão na maior economia da Zona Euro poderá levar o BCE a aplicar o que tem sugerido nos últimos discursos de Mario Draghi: novos estímulos através dos instrumentos disponíveis estão na calha se for necessário para reanimar a economia e a inflação.
Esta quinta-feira, 24 de julho, o conselho de governadores do BCE vai reunir-se em Frankfurt para decidir o rumo da política monetária numa das últimas reuniões com Draghi como presidente. Contudo, não é expectável que haja já uma decisão sobre mais estímulos.
"Não esperamos nenhuma ação concreta até à reunião do BCE em setembro, que deve abrir uma sequência de taxas de depósitos mais baixas, seguida pelo lançamento de um programa de compra de ativos no final do ano", referia Franck Dixmier, analista da Allianz Global Investors numa nota divulgada hoje.
Além do efeito BCE, as obrigações soberanas da Grécia também poderão estar a beneficiar da recente eleição de Kyriakos Mitsotakis, da Nova Democracia, um partido conservador que foi bem acolhido pelos mercados financeiros do que o Syriza de Alexis Tsipras.
Mas também é verdade que a trajetória de descida dos juros gregos já ocorre desde o verão de 2018, altura em que fez a "saída limpa" do programa de ajustamento. Os juros a dez anos começaram a negociar abaixo dos 4% em fevereiro e dos 3% em maio. Em julho, quebraram a barreira dos 2%.