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BE avisa para inevitabilidade de referendo e reestruturação da dívida

Catarina Martins garante que não assistirá "de braços cruzados" ao caminho prosseguido pela UE. E lembra que até Marcelo reconheceu defender "referendos sobre passos a dar na Europa". A convicção do BE é que haverá referendo, cedo ou tarde.

Miguel Baltazar
07 de Julho de 2016 às 17:59
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Primeiro foi na convenção do partido em 26 de Junho. Já esta semana a coordenadora do Bloco de Esquerda regressou ao tema via Facebook, secundada, no mesmo dia, pelo ex-líder bloquista Francisco Louçã, num artigo de opinião publicado no Diário de Notícias. Agora, em plena tribuna da Assembleia da República, Catarina Martins veio insistir num referendo sobre a União Europeia e, garante a líder do Bloco, a realização do mesmo acabará por confirmar-se inevitável.

Esta quinta-feira "foi dado um passo inédito que configura um ilegítimo ataque ao país", começou por notar Catarina Martins referindo-se ao "processo de sanções da UE". "Esta aberta a possibilidade de Portugal ser obrigado a pagar pela desgraça do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas", lamentou.

 

Mas a coordenadora bloquista avisa que "não assistiremos de braços cruzados ao reforço dos tratados que negam a democracia e que ofendem a dignidade dos povos". Foi a deixa para Catarina Martins retomar a questão do referendo ao Tratado Orçamental para que "em Portugal o povo se possa pronunciar sobre a construção europeia" e que a deputada acredita ser "mais propriamente a desconstrução".

 

Mas o "choque" provocado pela proposta referendária, deu agora lugar a um "debate mais ou menos técnico" sobre o tema, congratulou-se Catarina Martins que recorreu ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que "já veio reconhecer que sempre defendeu ‘referendos sobre passos a dar na Europa’".

 

E perante o cada vez maior peso da Alemanha na actual UE, Catarina Martins afiança que "sim, o povo quererá ser ouvido (…) mais cedo do que tarde, não porque o Bloco o propõe, mas porque a pressão da política europeia se abate sobre as nossas vidas". "O país exigirá pronunciar-se sobre o rumo da UE", rematou a líder do BE que deixa ainda um aviso ao Governo do PS, apoiado no Parlamento pelo Bloco, pelo PCP e pelos Verdes.

 

"Se as sanções se efectivarem e pressionarem as contas públicas, a solução não pode ser austeridade. É preciso contestar as sanções, abrir o processo de reestruturação da dívida pública, defender o emprego".

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