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Putin diz que plano de Pequim pode ser "base" para um acordo de paz na Ucrânia

Presidente russo garante que o plano de paz apresentado pelo Governo chinês pode ser a "base" para que a Rússia e Ucrânia alcancem um acordo de paz, mas só quando "Kiev e o Ocidente estiverem prontos" para negociar. Plano de Pequim é, no entanto, visto pelo Ocidente como "ambíguo".

Vladimir Putin e Xi Jinping têm vindo a aproximar relações nos últimos anos, sendo a China atualmente o principal parceiro comercial da Rússia. A energia é o produto mais importado.
Valeriy Sharifulin/Sputnik
21 de Março de 2023 às 16:33
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O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu esta terça-feira, após reuniões formais com a China, que o plano apresentado por Pequim pode ser a "base" para um acordo de paz na Ucrânia. A garantia foi dada pelo líder russo, que diz que o plano apenas poderá ser negociado quando Kiev e o Ocidente estiverem "prontos".

"Acreditamos que muitas das disposições do plano de paz delineado pela China estão em consonância com as abordagens russas e podem ser tomadas como base para uma resolução pacífica [da guerra] quando Kiev e o Ocidente estiverem prontos para isso", referiu Vladimir Putin, sublinhando que, "por enquanto, não há nenhuma prontidão da parte deles".

O plano de paz proposto por Pequim para a Ucrânia é composto por 12 pontos e visto pelo Ocidente como sendo "ambíguo" em relação à guerra. Isto porque, no referido plano, a China apoia a soberania da Ucrânia, mas considera que algumas das preocupações da Rússia em termos de segurança são legítimas.

Por sua vez, o presidente chinês, Xi Jinping, que completou esta terça-feira o segundo dia de visita oficial à Rússia, referiu que as reuniões entre os dois países foram "produtivas" e que está "pronto" para mediar as negociações de paz entre a Rússia e Ucrânia para alcançar um acordo, à semelhança do que fez entre a Arábia Saudita e o Irão.

Procurando responder aos mais céticos em relação ao plano de paz apresentado por Pequim, Xi Jinping frisou ainda que a China continua "sempre do lado da paz e do diálogo" e que "tem cumprido os princípios da carta das Nações Unidas".

A China sugere também, no plano de paz para a Ucrânia, o fim dos confrontos no terreno e que as duas partes (Rússia e Ucrânia) voltem às negociações de paz imediatamente. Propõe ainda que se evitem constrangimentos nas cadeias de abastecimento e que as exportações de cereais se mantenham, e que se concentrem esforços na reconstrução pós-conflito e no apoio aos refugiados.

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