Notícia
Rússia detém jornalista do Wall Street Journal por suspeita de espionagem
Evan Gershkovich, jornalista da delegação de Moscovo do Wall Street Journal, foi detido em Ekaterinburgo sob acusação de espionagem e estaria a tentar obter informação sobre uma empresa num complexo militar.
Evan Gershkovich, jornalista do Wall Street Journal, foi detido esta quinta-feira nos Montes Urais, em Ekaterinburgo, pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) sob acusação de espionagem.
De acordo com um comunicado da mesma agência, citado pela agência estatal russa RIA Novosti, o jornalista estaria a tentar obter informação secreta sobre as atividades de uma empresa no complexo militar industrial "a pedido dos Estados Unidos".
Evan Gershkovich fazia parte da delegação do Wall Street Journal em Moscovo e escrevia sobre a guerra na Ucrânia, os desenvolvimentos na Rússia e o grupo de mercenários Wagner. Caso seja condenado pode enfrentar 20 anos de prisão.
"O Wall Street Journal nega veementemente as alegações do FSB e procura a libertação imediata do nosso repórter confiável e imparcial", disse o jornal norte-americano em comunicado.
Gershkovich, de 31 anos e que trabalhou para a AFP em Moscovo e previamente no Moscow Times, é o primeiro jornalista de um meio de comunicação dos Estados Unidos a ser detido desde a Guerra Fria, num escalar de tensões entre os dois países desde a invasão russa da Ucrânia.
Entretanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em resposta aos jornalistas afirmou apenas que sabia que o jornalista tinha sido apanhado "em flagrante" e que o WSJ poderia continuar a trabalhar a partir da Rússia.
Já a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, afirmou, em declarações no Telegram, que o trabalho do correspondente "nada tinha a ver com jornalismo", acrescentando que "infelizmente, não é a primeira vez que o estatuto de 'correspondente estrangeiro' é usado por estrangeiros para encobrir atividades que não são jornalismo".
"Este não é o primeiro ocidental conhecido a ser apanhado", completou.
De acordo com um comunicado da mesma agência, citado pela agência estatal russa RIA Novosti, o jornalista estaria a tentar obter informação secreta sobre as atividades de uma empresa no complexo militar industrial "a pedido dos Estados Unidos".
"O Wall Street Journal nega veementemente as alegações do FSB e procura a libertação imediata do nosso repórter confiável e imparcial", disse o jornal norte-americano em comunicado.
Gershkovich, de 31 anos e que trabalhou para a AFP em Moscovo e previamente no Moscow Times, é o primeiro jornalista de um meio de comunicação dos Estados Unidos a ser detido desde a Guerra Fria, num escalar de tensões entre os dois países desde a invasão russa da Ucrânia.
Entretanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em resposta aos jornalistas afirmou apenas que sabia que o jornalista tinha sido apanhado "em flagrante" e que o WSJ poderia continuar a trabalhar a partir da Rússia.
Já a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, afirmou, em declarações no Telegram, que o trabalho do correspondente "nada tinha a ver com jornalismo", acrescentando que "infelizmente, não é a primeira vez que o estatuto de 'correspondente estrangeiro' é usado por estrangeiros para encobrir atividades que não são jornalismo".
"Este não é o primeiro ocidental conhecido a ser apanhado", completou.