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"Não" vence referendo em Itália com quase 60% dos votos

Este foi o domingo do referendo constitucional italiano e da repetição da segunda volta das presidenciais austríacas. Na Áustria venceu o candidato moderado e pró-europeu. Em Itália ganhou o "não" com uma larga vantagem.

Reuters
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Projecções dão vitória ao candidato moderado Van der Bellen
De acordo com as primeiras projecções à repetição da segunda volta das eleições presidenciais austríacas, o candidato moderado Alexander Van der Bellen conseguiu recolher 53,6% dos votos. 

A confirmarem-se estas projecções, o candidato independente que tinha o apoio dos Verdes consegue assim derrotar - tal como já havia acontecido na primeira segunda volta realizada há cerca de meio ano - o candidato da força de extrema-direita Partido da Liberdade, Norbert Hofer.

Tendo em conta as sondagens conhecidas a Europa evita eleger o primeiro presidente oriundo da extrema-direita desde a Segunda Guerra. Por outro lado, a vitória de Van derBellen representará a segunda eleição, num Estado-membro da União Europeia, de um presidente que apesar de independente veio de uma força ecologista. Em 2015,RaimondsVejonis, militante dos Verdes, foi eleito presidente da Letónia.

Partido de extrema-direita reconhece derrota
Partido de extrema-direita reconhece derrota

O partido de extrema-direita FPÖ já reconheceu a derrota do seu candidato Norbert Hofer na segunda volta das presidenciais austríacas, vencidas segundo as projecções pelo ecologista Alexander Van der Bellen. "Desejo felicitar Van der Bellen por este sucesso", declarou o secretário-geral do Partido da Liberdade (FPÖ), Herbert Kickl, à televisão pública.

Ecologista Bellen volta a derrotar populista Hofer
A segunda volta das presidenciais austríacas realizada em Maio último foi a primeira eleição em 70 anos sem candidatos provenientes dos dois principais partidos do país (social-democratas e conservadores). Nessa votação o candidato anti-imigração, muito conotado com a extrema-direita, obteve 49,65% dos votos. 

No entanto, depois de detectadas irregularidades no acto eleitoral o Supremo Tribunal austríaco decidiu pela repetição da segunda volta das presidenciais.
Sigmar Gabriel fala em "vitória da razão"
O vice-primeiro-ministro alemão e líder do SPD, Sigmar Gabriel, já reagiu às primeiras projecções na Áustria para defender que se trata de uma "vitória da razão contra o populismo de extrema-direita". 


Hofer reconhece derrota
O candidato Norbert Hoffer também já reconheceu a derrota. Num post publicado na sua página na rede social Facebook, Hofer agradece o apoio recebido e congratula Van der Bellen pela vitória. 

"Felicito Alexander Van der Bellen pelo seu sucesso e apelo a todos os austríacos para se manterem unidos e trabalharem em conjunto", escreveu Norbert Hofer, citado pela agência Lusa.


Em Itália prossegue a ida às urnas
O dia é também decisivo para Itália, em especial para Matteo Renzi. O primeiro-ministro transalpino poderá demitir-se se perder a consulta popular às alterações constitucionais propostas pelo Executivo por si chefiado. 

Às 12:00 em Roma (menos uma em Lisboa) a participação eleitoral era de 20,1%. As urnas só fecham às 23:00 italianas (22:00 em Lisboa).

A participação registada ao meio-dia supera os dados do último acto eleitoral, quando em Maio de 2014 apenas 17% do eleitorado italiano tinha votado até às 12:00 para as eleições europeias. Até ao encerramento das urnas haverá mais um ponto de situação, às 19:00 em Itália. 
Em que consiste o referendo italiano?
Em traços gerais, os cerca de 51 milhões de italianos chamados a votar no referendo constitucional deste domingo terão de decidir entre o "sim" e o "não" às alterações constitucionais previstas pela lei Boschi. 

Esta lei com o nome de Maria Elena Boschi, a ministra italiana dos Assuntos Parlamentares, tem como principal consequência acabar com o sistema bicameral perfeito, segundo o qual as duas câmaras do Parlamento transalpino (dos Deputados e Senado) dispõem de iguais poderes legislativos. 

Itália é o único país da União Europeia em que para a aprovação de uma lei é necessária e luz verde das duas câmaras parlamentares, que muitas vezes têm composições muito diferentes. Atribui-se a morosidade do sistema legislativo italiano e normais bloqueios institucionais a este tipo de sistema político. 

A lei Boschi reduz em cerca de dois terços o número de senadores, ficando o Senado tolhido de poderes legislativos e da capacidade para votar moções de confiança ao Governo em exercício. O Senado passa a ter um papel de representação regional - um pouco à imagem do que acontece, por exemplo, com a câmara alta do Parlamento alemão (Bundesrat) - ficando ainda assim com capacidade para votar questões relacionadas com alterações à Constituição. 

Contudo, devido a um conjunto de circunstâncias várias neste referendo joga-se o futuro de Matteo Renzi, de Itália e, em última instância, também da própria Zona Euro
Mais participação até às 12:00 nas regiões onde a Liga do Norte é forte
Os dados da participação eleitoral registados às 12:00 italianas mostrava uma maior participação no norte italiano, precisamente nas regiões onde a Liga do Norte (um partido de extrema-direita ideologicamente próximo da Frente Nacional de Marine Le Pen) é mais forte. 
Bellen tudo fará para que o actual Governo conclua a legislatura
Quando já começam a ser citadas as primeiras reacções do agora mais do que provável vencedor desta segunda volta das presidenciais austríacas, Van der Bellen já disse, citado pela agência Bloomberg, que tudo irá fazer para que o Governo actualmente no poder, liderado pelo chanceler social-democrata, Christian Kern, conclua o mandato.

Assim, o aparentemente presidente eleito austríaco mostra esperar que o panorama político no país possa estabilizar-se de forma a que não sejam antecipadas eleições legislativas, previstas apenas para Outubro de 2018.

Van der Bellen também anunciou que pretende encetar esforços para exercer o seu mandato de forma activa, inclusivamente junto dos apoiantes do Partido da Liberdade do candidato derrotado Norbert Hofer.
PE considera que presidenciais austríacos mostram "derrota do nacionalismo"
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, considera que a derrota do candidato da extrema-direita Norbert Hofer nas eleições presidenciais austríacas deste domingo é uma "derrota do nacionalismo". 

"A vitória de Van derBellen é uma pesada derrota do nacionalismo e do populismo anti-europeu que quer regressar ao passado", escreveuSchulz noTwitter. 
Participação no referendo italiano sobe para 57%
Às 19:00 em Roma (18:00 em Lisboa) tinham votado 57,2% dos eleitores italianos. Isto a quatro horas do encerramento das urnas que acontecerá às 23:00 em Itália. Às 12:00 a participação era de 20,1%. 
O que esperar depois do referendo italiano?

Apoiantes de Trump estão a favor do "não"
Uma conta no Twitter de ditos apoiantes italianos de Donald Trump está a favor do "não" no referendo italiano. Este grupo considera que a derrota de Matteo Renzi no referendo deste domingo representará a queda de mais uma peça do dominó do "establishment", isto depois das vitórias do Brexit no referendo britânico e de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas. 
Saiba o que está em causa no referendo italiano PS feliz pela vitória de Van der Bellen na Áustria
"O Partido Socialista (PS) congratula-se com a vitória do candidato independente, [Alexander] Van Der Bellen, e com a derrota do candidato da extrema-direita [Norbert Hofer] nas eleições presidenciais austríacas, sinal de que os eleitores austríacos rejeitam as propostas políticas baseadas no populismo e na intolerância", escrevem os socialistas numa mensagem citada pela agência Lusa.



Chanceler austríaco felicita o novo presidente
O chanceler austríaco e líder social-democrata, Christian Kern, já felicitou Van der Bellen pela vitória alcançada na repetição da segunda volta das presidenciais austríacas que teve lugar este domingo, 4 de Dezembro. 

Já fecharam as urnas em Itália
Chegados às 23:00 horas em Roma foram encerradas as urnas. Começam agora a ser contabilizados os votos. 
Sondagens dão vitória ao "não" no referendo de Itália
As sondagens à bocas das urnas dão vitória ao "não". Duas das projecções dão uma vitória entre os 55% e os 59%.

As projecções da Tecne e da EMG colocam o "não" como vencedor recolhendo entre 55% e 59% dos votos. Também a sondagem à boca das urnas do IPR-Piepoli para a Rai atribui a vitória ao "não" às alterações constitucionais propostas pelo Governo chefiado por Matteo Renzi.
Participação no referendo foi de 69,22%
Num momento em que os votos já estão a ser contados, os dados revelados pelo Ministério do Interior de Itália mostram que a participação eleitoral na consulta popular deste domingo foi de 69,22%. Os dados relativos à participação disponibilizados pelo Ministério do Interior dizem apenas respeito aos votos registado em solo transalpino.
Euro cai perto de 1%
Logo depois de conhecidas as projecções que dão a vitória ao "não" o euro reagiu em queda. Nesta altura a moeda europeia está já a desvalorizar 0,74% para 1,0585 dólares. 
Renzi deve falar à meia-noite
Em princípio Matteo Renzi deverá reagir por volta das 00:00 em Roma (23:00 em Lisboa). A expectativa é forte, em especial porque se trata de perceber se o primeiro-ministro vai, ou não, confirmar a promessa de se demitir caso perdesse o referendo. 


Nova sondagem alarga vantagem do "não"
Uma nova sondagem à boca das urnas do IPR para a Rai1 coloca o "não" com uma vantagem ainda maior sobre o "sim". Nesta sondagem o "não" surge com uma votação entre 57 e 61%, enquanto o "sim" se fica por um intervalo de votos entre 39% e 43%.

Renzi reúne-se esta segunda-feira com o presidente da República
Fonte governamental está a adiantar que Matteo Renzi vai reúnir-se já na manhã desta segunda-feira com o presidente da República, Sergio Mattarella. Perspectiva-se que Renzi possa apresentar a demissão a Mattarella, deixando nas mãos do chefe de Estado a continuidade do actual Executivo. 

Mattatella poderá não aceitar a demissão de Renzi ou solicitar-lhe que fique, pelo menos, até à aprovação do Orçamento do Estado para 2017. Por outro lado, o presidente pode também tentar encontrar uma solução no seio do PD, isto depois de nas últimas semanas o nome de Pier Carlo Padoan, actual ministro das Finanças, poder chefiar um Governo de perfil técnico. O cenário mais instável passaria pela convocação de novas eleições, tal como pretendido pela oposição. 
Analista acredita que Renzi vai apresentar a demissão
O analista político Vincenzo Scarpetta acredita que se as projecções se confirmarem Matteo Renzi irá mesmo apresentar a demissão já esta segunda-feira. 
Salvini quer que Renzi "vá para casa"
O líder da força de extrema-direita Liga do Norte,MatteoSalvini, já veio pedir a demissão deMatteoRenzi. Minutos antesSalvini dava "vivas" noTwitter a VladimirPutin, aDonaldTrump e à Frente Nacional, considerado o partido-irmão da Liga do Norte. Em alta nas sondagens, a Liga do Norte é apontada para uma eventual coligação com o populista anti-euro Movimento 5 Estrelas deBeppeGrillo. 
Scarpetta não acredita em eleições antecipadas
O analista Vincenzo Scarpetta não acredita que haja eleições antecipadas em Itália, pelo menos não no curto prazo. Para Scarpetta a nova lei eleitoral e a necessidade de aprovar o Orçamento do próximo ano são elementos dissuasores da realização de novas eleições. 
Renzi agradece a todos, "apesar de tudo"
Num post colocado no Twitter, Matteo Renzi agradece a todos, "apesar de tudo". Renzi adianta ainda que em poucos minutos irá falar ao país. 

Grazie a tutti, comunque. Tra qualche minuto sarò in diretta da Palazzo Chigi. Viva l'Italia!
Ps Arrivo, arrivo

— Matteo Renzi (@matteorenzi) 4 de dezembro de 2016 />Nota: Aparentemente trata-se da conta oficial de Renzi.
Matteo Renzi: "Experiência do meu Governo termina aqui"
Matteo Renzi acabou de anunciar que vai apresentar a sua demissão, após o resultado do referendo.

"A experiência do meu Governo termina aqui", foi assim que Renzi anunciou que ia abandonar a liderança do país. O primeiro-ministro italiano revelou que vai oficializar na segunda-feira, 5 de Dezembro, a decisão primeiro no Conselho de Ministros e depois junto do presidente da República.
Euro recua para mínimos de 2015

O euro está a descer 1,46% para 1,0508 dólares, o que corresponde ao valor mais baixo desde 16 de Março de 2015. A queda pronunciou-se depois de terem sido conhecidas as sondagens à boca das urnas do referendo de Itália. 

Beppe Grillo quer eleições antecipadas
Para Beppe Grillo há duas consequência a retirar de imediato do resultado do referendo constitucional: demissão de Matteo Renzi e convocação de eleições antecipadas. Se o primeiro-ministro já confirmou que irá apresentar a sua demissão esta segunda-feira, resta ainda saber aquilo que fará o presidente Sergio Mattarella. 

"Nós estamos disponíveis a dar todos os passos para [novas] eleições", acrescentou o líder do populista e anti-euro Movimento 5 Estrelas. A posição do comedianteGrillo era mais do que esperada tendo em conta que ainda antes do referendo avisou que seRenzi perdesse iria de imediato pedir aMattarella o rápido agendamento de novas eleições.
Com mais de metade das secções contadas, o "não" vence com 59,52% dos votos

À meia-noite, hora de Lisboa, estavam contadas 38.191 secções de um total de 61.551. O "não" avança com 59,52% dos votos, contra 40,48% conseguidos pelo "sim". Valores que sublinham a vitória do "não" no referendo que já ditou a demissão do primeiro-ministro, Matteo Renzi. 

Salvini também quer eleições o mais rápido possível
MatteoSalvini está ao rubro noTwitter. Mas para o líder da Liga Norte há uma conclusão clara a retirar do resultado do referendo: são necessárias novas eleições o quanto antes.Salvini diz estar disposto a ir eleições com a nova lei eleitoral (Italicum) - já em vigor desde Julho mas que deverá ainda ser alvo de modificações - ou com a antiga lei eleitoral. 
Le Pen dá os parabéns a Salvini
Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, já deu os parabéns ao líder do considerado partido-irmão da força extremista gaulesa, a Liga do Norte. Além dos parabéns dados a Matteo Salvini, Le Pen aproveita ainda, num outro post publicado no Twitter, para considerar que "os italiano renunciaram à UE e a Renzi". A Liga do Norte defende o regresso à lira italiana e a saída do projecto europeu.

Les Italiens ont désavoué l'UE et Renzi. Il faut écouter cette soif de liberté des nations et de protection !MLP #referendumcostituzionale
5 Estrelas já prepara novo Governo
Luigi Di Maio, número dois do Movimento 5 Estrelas e vice-presidente da Câmara dos Deputados do Parlamento italiano, já anunciou que "estamos a trabalhar para formar a equipa do futuro Governo 5 Estrelas". 

Citado pelo La Repubblica, o homem que é apontado como eventual cabeça de lista da força populista e eurocéptica nas próximas legislativas - previstas apenas para 2018 mas que poderão entretanto ser antecipadas - aponta já a um cenário ainda por confirmar. Neste momento desconhece-se o que fará o presidente Mattarella quando receber o pedido de demissão de Renzi. 

Certo é que depois do resultado deste referendo, que tudo aponta para uma clara vitória do "não", o 5 Estrelas acredita ter fortes possibilidades de vencer as próximas eleições. É também cada vez mais falada a possibilidade de 5 Estrelas e Liga do Norte poderem aliar-se para assegurar a formação de um Governo que retire do poder o PD, dominador no centro-esquerda. 
Raggi diz que "venceu a democracia"
VirginiaRaggi, militante do 5 Estrelas que este ano conquistou a câmara da capital italiana (Roma), também já se pronunciou viaTwitter para dizer que "venceu a democracia" e "venceram os italianos".Raggi diz ser tempo de "reconstruir o país" e garante que "a nossa revolução não pára, em Roma e em Itália". 
"Não" venceu em quase todas as províncias
De acordo com um mapa publicado pelo YouTrend, o "não" (a vermelho) venceu em quase todas as províncias italianas.

Também Alfano faz declaração de derrota
AngelinoAlfano, líder do Novo Centro Direita (partido júnior da coligação de governo) e ministro do Interior, já assumiu a derrota. "Jogámos um belo jogo e perdemos", resumiuAlfano. 
Sondagens colocam PD e 5 Estrelas ombro com ombro
Numa altura em que o cenário de eleições antecipadas ganha força, aqui fica o mapa com a evolução das sondagens. O PD (a vermelho) tem vindo a perder terreno, enquanto o 5 Estrelas (amarelo) tem ganho força de forma consistente. 
Direcção do PD vai discutir resultado
A direcção do PD vai reunir-se, em princípio já na próxima terça-feira, para discutir quais as consequências a retirar dos resultados registados no referendo. Ao que tudo indica, quando estão contados cerca de 90% dos votos, o "sim" defendido por parte do partido - importantes figuras como Massimo d'Alema ou Pier Luigi Bersani eram a favor do "não" - não foi além dos 40-41% o que significa uma clara derrota da direcção do partido ainda chefiado por Matteo Renzi. 


Referendo fica também marcado pela forte participação
Quando já se superou a marca de 90% dos votos contabilizados, e segunda informação do Ministério Interior italiano, a participação eleitoral na consulta popular realizada este domingo supera em muito as marcas registadas nos referendos mais recentes, de 2001 e 2006.

Pode confirmar-se isso mesmo no seguinte mapa: 
Rai News coloca participação final nos 68,44%
Segundo adianta aRaiNews a participação eleitoral final no referendo constitucional foi de 68,44%. Trata-se de um valor muito elevado, a confirmar a forte mobilização do eleitorado transalpino que se dividiu entre quem se pronunciou a favor, ou contra, as alterações constitucionais em cima da mesa e entre quem se dirigiu às urnas para avaliar o desempenho do Governo chefiado porMatteoRenzi. 
Berlusconi não reagiu à vitória do "não"
Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro e líder do Força Itália, não reagiu à vitória do "não" no referendo. Depois de ter negociado com Renzi a reforma constitucional, "Il Cavaliere" acabou por "roer a corda" à última da hora inviabilizando a necessária maioria qualificada que a reforma constitucional precisava para merecer a aprovação final no Senado do Parlamento italiano. 

Berlusconi fez campanha pelo "não", sendo um dos vencedores desta noite. No entanto, talvez por surgir bastante atrás nas sondagens face a partidos como o Liga do Norte e o Movimento 5 Estrelas, Berlusconi optou por não reagir nem se comprometer com nenhum tipo de posição face ao futuro próximo, que só começará a ser conhecido a partir desta segunda-feira. 

Para já fica uma breve reacção do seu partido em que se realça que "os italianos resgataram a democracia". 
Bolsas da Ásia e futuros dos EUA caem após referendo em Itália

O resultado do referendo em Itália está a gerar uma grande incerteza nos mercados, o que está a penalizar a negociação bolsista um pouco por todo o mundo. As bolsas asiáticas abriram em queda e os futuros do S&P500 também recuam. Mas as descidas são moderadas. Já o euro cai 1%.

"Ao que o mercado está a atento não é tanto o voto em si", mas sim os potenciais desfechos da demissão de Renzi, afirmou à Bloomberg, Ric Spooner, analista na CMC Markets.

Monte Paschi reúne-se com consultores após vitória do "não"

A vitória do "não" no referendo de Itália deverá colocar novos entraves ao plano de recapitalização que o Monte dei Paschi tem de fazer até ao final do ano. O banco já convocou uma reunião com os consultores do JPMorgan e do Mediobanca, revela o Financial Times. O resgate pode ser o próximo passo. 

Renzi reúne-se com presidente às 16:00
Renzi reúne-se com presidente às 16:00

Matteo Renzi vai reunir-se com os membros do Governo por volta das 14:30, hora de Lisboa, revela da SkyTG24. Uma hora e meia depois será a vez de ser recebido pelo presidente da República, Sergio Mattarella.

 

O primeiro-ministro revelou, depois de conhecidos os primeiros resultados do referendo, que ia apresentar a sua demissão na segunda-feira. Primeiro perante os seus colegas de Governo e depois oficializaria o acto, entregando o pedido de demissão ao presidente.

 

O Guardian diz que Sergio Mattarella deverá aceitar o pedido, mas não deverá convocar eleições antecipadas, preferindo manter este Governo com um novo líder até às eleições que estão agendadas para Fevereiro de 2018.

"Não" vence com 59,50%

Desta vez as sondagens não se enganaram. Ou melhor, não se enganaram no sentido de voto, porque apesar de todos os estudos de opinião conhecidos desde Outubro apontarem para a vitória do "não" no referendo constitucional italiano, nenhuma antecipava uma derrota tão clamorosa do "sim". 

Com apenas sete das 61.551 secções de voto por contabilizar, o "não" recolheu 59,50% dos votos, enquanto o "sim" se ficou por 40,50% , segundo dados do Ministério do Interior de Itália. Isto numa altura em que estão contadas cerca de metade das secções de votos por correspondência.  

Este Ministério regista ainda que a participação eleitoral foi de 68,44%. 

 

 

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