"Estou convencido de que com Van der Bellen teremos um presidente que irá representar a Áustria, interna e externamente, da melhor forma possível", afirmou Kern numa nota citada pela imprensa internacional.
Notícia
"Não" vence referendo em Itália com quase 60% dos votos
Este foi o domingo do referendo constitucional italiano e da repetição da segunda volta das presidenciais austríacas. Na Áustria venceu o candidato moderado e pró-europeu. Em Itália ganhou o "não" com uma larga vantagem.
- Projecções dão vitória ao candidato moderado Van der Bellen
- Partido de extrema-direita reconhece derrota
- Ecologista Bellen volta a derrotar populista Hofer
- Sigmar Gabriel fala em "vitória da razão"
- Hofer reconhece derrota
- Em Itália prossegue a ida às urnas
- Em que consiste o referendo italiano?
- Mais participação até às 12:00 nas regiões onde a Liga do Norte é forte
- Bellen tudo fará para que o actual Governo conclua a legislatura
- PE considera que presidenciais austríacos mostram "derrota do nacionalismo"
- Participação no referendo italiano sobe para 57%
- O que esperar depois do referendo italiano?
- Apoiantes de Trump estão a favor do "não"
- Saiba o que está em causa no referendo italiano
- PS feliz pela vitória de Van der Bellen na Áustria
- Chanceler austríaco felicita o novo presidente
- Já fecharam as urnas em Itália
- Sondagens dão vitória ao "não" no referendo de Itália
- Participação no referendo foi de 69,22%
- Euro cai perto de 1%
- Renzi deve falar à meia-noite
- Nova sondagem alarga vantagem do "não"
- Renzi reúne-se esta segunda-feira com o presidente da República
- Analista acredita que Renzi vai apresentar a demissão
- Salvini quer que Renzi "vá para casa"
- Scarpetta não acredita em eleições antecipadas
- Renzi agradece a todos, "apesar de tudo"
- Matteo Renzi: "Experiência do meu Governo termina aqui"
- Euro recua para mínimos de 2015
- Beppe Grillo quer eleições antecipadas
- Com mais de metade das secções contadas, o "não" vence com 59,52% dos votos
- Salvini também quer eleições o mais rápido possível
- Le Pen dá os parabéns a Salvini
- 5 Estrelas já prepara novo Governo
- Raggi diz que "venceu a democracia"
- "Não" venceu em quase todas as províncias
- Também Alfano faz declaração de derrota
- Sondagens colocam PD e 5 Estrelas ombro com ombro
- Direcção do PD vai discutir resultado
- Referendo fica também marcado pela forte participação
- Rai News coloca participação final nos 68,44%
- Berlusconi não reagiu à vitória do "não"
- Bolsas da Ásia e futuros dos EUA caem após referendo em Itália
- Monte Paschi reúne-se com consultores após vitória do "não"
- Renzi reúne-se com presidente às 16:00
- "Não" vence com 59,50%
A confirmarem-se estas projecções, o candidato independente que tinha o apoio dos Verdes consegue assim derrotar - tal como já havia acontecido na primeira segunda volta realizada há cerca de meio ano - o candidato da força de extrema-direita Partido da Liberdade, Norbert Hofer.
Tendo em conta as sondagens conhecidas a Europa evita eleger o primeiro presidente oriundo da extrema-direita desde a Segunda Guerra. Por outro lado, a vitória de Van derBellen representará a segunda eleição, num Estado-membro da União Europeia, de um presidente que apesar de independente veio de uma força ecologista. Em 2015,RaimondsVejonis, militante dos Verdes, foi eleito presidente da Letónia.
O partido de extrema-direita FPÖ já reconheceu a derrota do seu candidato Norbert Hofer na segunda volta das presidenciais austríacas, vencidas segundo as projecções pelo ecologista Alexander Van der Bellen. "Desejo felicitar Van der Bellen por este sucesso", declarou o secretário-geral do Partido da Liberdade (FPÖ), Herbert Kickl, à televisão pública.
No entanto, depois de detectadas irregularidades no acto eleitoral o Supremo Tribunal austríaco decidiu pela repetição da segunda volta das presidenciais.
"Felicito Alexander Van der Bellen pelo seu sucesso e apelo a todos os austríacos para se manterem unidos e trabalharem em conjunto", escreveu Norbert Hofer, citado pela agência Lusa.
Às 12:00 em Roma (menos uma em Lisboa) a participação eleitoral era de 20,1%. As urnas só fecham às 23:00 italianas (22:00 em Lisboa).
A participação registada ao meio-dia supera os dados do último acto eleitoral, quando em Maio de 2014 apenas 17% do eleitorado italiano tinha votado até às 12:00 para as eleições europeias. Até ao encerramento das urnas haverá mais um ponto de situação, às 19:00 em Itália.
Esta lei com o nome de Maria Elena Boschi, a ministra italiana dos Assuntos Parlamentares, tem como principal consequência acabar com o sistema bicameral perfeito, segundo o qual as duas câmaras do Parlamento transalpino (dos Deputados e Senado) dispõem de iguais poderes legislativos.
Itália é o único país da União Europeia em que para a aprovação de uma lei é necessária e luz verde das duas câmaras parlamentares, que muitas vezes têm composições muito diferentes. Atribui-se a morosidade do sistema legislativo italiano e normais bloqueios institucionais a este tipo de sistema político.
A lei Boschi reduz em cerca de dois terços o número de senadores, ficando o Senado tolhido de poderes legislativos e da capacidade para votar moções de confiança ao Governo em exercício. O Senado passa a ter um papel de representação regional - um pouco à imagem do que acontece, por exemplo, com a câmara alta do Parlamento alemão (Bundesrat) - ficando ainda assim com capacidade para votar questões relacionadas com alterações à Constituição.
Contudo, devido a um conjunto de circunstâncias várias neste referendo joga-se o futuro de Matteo Renzi, de Itália e, em última instância, também da própria Zona Euro.
Italy: High #turnout in areas, where #LePen's ally #LegaNord (ENF) is strong. LN campaigned for No. #ReferendumCostituzionale #Referendum pic.twitter.com/HK7QGrXXB8
— Europe Elects (@EuropeElects) 4 de dezembro de 2016
Assim, o aparentemente presidente eleito austríaco mostra esperar que o panorama político no país possa estabilizar-se de forma a que não sejam antecipadas eleições legislativas, previstas apenas para Outubro de 2018.
Van der Bellen também anunciou que pretende encetar esforços para exercer o seu mandato de forma activa, inclusivamente junto dos apoiantes do Partido da Liberdade do candidato derrotado Norbert Hofer.
"A vitória de Van derBellen é uma pesada derrota do nacionalismo e do populismo anti-europeu que quer regressar ao passado", escreveuSchulz noTwitter.
#vanderbellens victory is a heavy defeat of nationalism and anti-European, backward-looking populism #bpw16 2/2
— Martin Schulz (@MartinSchulz) 4 de dezembro de 2016
It is your TIME #ITALY to regain your Sovereignty!
— Italians For Trump (@Italians4Trump) 4 de dezembro de 2016
You are the Next Domino to Fall!#IoVotoNo#IoDicoNo #ReferendumCostituzionale pic.twitter.com/aTNmzPDNXM
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As projecções da Tecne e da EMG colocam o "não" como vencedor recolhendo entre 55% e 59% dos votos. Também a sondagem à boca das urnas do IPR-Piepoli para a Rai atribui a vitória ao "não" às alterações constitucionais propostas pelo Governo chefiado por Matteo Renzi.
ITALIE : Les Italiens rejettent massivement la réforme constitutionnelle de Matteo Renzi. pic.twitter.com/lajcdyyofl
— Infos Françaises (@InfosFrancaises) 4 de dezembro de 2016
Italy: Second IPR exit poll shows gap between No and Yes growing. #ReferendumConstituzionale #Italy #Italia #ExitPoll pic.twitter.com/Fdhiy4cZGK
— Europe Elects (@EuropeElects) 4 de dezembro de 2016
Mattatella poderá não aceitar a demissão de Renzi ou solicitar-lhe que fique, pelo menos, até à aprovação do Orçamento do Estado para 2017. Por outro lado, o presidente pode também tentar encontrar uma solução no seio do PD, isto depois de nas últimas semanas o nome de Pier Carlo Padoan, actual ministro das Finanças, poder chefiar um Governo de perfil técnico. O cenário mais instável passaria pela convocação de novas eleições, tal como pretendido pela oposição.
#Italy referendum exit polls point to clear defeat for Renzi. If result is confirmed, expect him to tender his resignation tomorrow.
— Vincenzo Scarpetta (@LondonerVince) 4 de dezembro de 2016
Mi aiutate a mandare in tendenza #RENZIACASA??
— Matteo Salvini (@matteosalvinimi) 4 de dezembro de 2016
Why an immediate election in #Italy is highly unlikely. From my @OpenEurope referendum preview. pic.twitter.com/ZP2WCiFCpQ
— Vincenzo Scarpetta (@LondonerVince) 4 de dezembro de 2016
Grazie a tutti, comunque. Tra qualche minuto sarò in diretta da Palazzo Chigi. Viva l'Italia!
Ps Arrivo, arrivo
"A experiência do meu Governo termina aqui", foi assim que Renzi anunciou que ia abandonar a liderança do país. O primeiro-ministro italiano revelou que vai oficializar na segunda-feira, 5 de Dezembro, a decisão primeiro no Conselho de Ministros e depois junto do presidente da República.
Il discorso di @matteorenzi #RaiReferendum #Referendum #ReferendumCostituzionale #Renzi la versione integrale --> https://t.co/6TriS46UuV pic.twitter.com/9pBQ6o8xe5
— Rainews (@RaiNews) 5 de dezembro de 2016
O euro está a descer 1,46% para 1,0508 dólares, o que corresponde ao valor mais baixo desde 16 de Março de 2015. A queda pronunciou-se depois de terem sido conhecidas as sondagens à boca das urnas do referendo de Itália.
"Nós estamos disponíveis a dar todos os passos para [novas] eleições", acrescentou o líder do populista e anti-euro Movimento 5 Estrelas. A posição do comedianteGrillo era mais do que esperada tendo em conta que ainda antes do referendo avisou que seRenzi perdesse iria de imediato pedir aMattarella o rápido agendamento de novas eleições.
Evviva! #HaVintoLaDemocrazia https://t.co/ezFowLACFW
— Beppe Grillo (@beppe_grillo) 4 de dezembro de 2016
À meia-noite, hora de Lisboa, estavam contadas 38.191 secções de um total de 61.551. O "não" avança com 59,52% dos votos, contra 40,48% conseguidos pelo "sim". Valores que sublinham a vitória do "não" no referendo que já ditou a demissão do primeiro-ministro, Matteo Renzi.
#Salvini: serve VOTARE il prima possibile. Non vediamo l'ora di essere messi alla prova! #Portaaporta #referendum
— Matteo Salvini (@matteosalvinimi) 4 de dezembro de 2016
Les Italiens ont désavoué l'UE et Renzi. Il faut écouter cette soif de liberté des nations et de protection !MLP #referendumcostituzionale
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) 4 de dezembro de 2016
Citado pelo La Repubblica, o homem que é apontado como eventual cabeça de lista da força populista e eurocéptica nas próximas legislativas - previstas apenas para 2018 mas que poderão entretanto ser antecipadas - aponta já a um cenário ainda por confirmar. Neste momento desconhece-se o que fará o presidente Mattarella quando receber o pedido de demissão de Renzi.
Certo é que depois do resultado deste referendo, que tudo aponta para uma clara vitória do "não", o 5 Estrelas acredita ter fortes possibilidades de vencer as próximas eleições. É também cada vez mais falada a possibilidade de 5 Estrelas e Liga do Norte poderem aliar-se para assegurar a formação de um Governo que retire do poder o PD, dominador no centro-esquerda.
#HaVintoLaDemocrazia Hanno vinto gli italiani. Ora ricostruiamo il Paese. La nostra rivoluzione non si ferma, a Roma e in Italia.
— Virginia Raggi (@virginiaraggi) 5 de dezembro de 2016
Mappa definitiva dei risultati delle provincie. NO vince ovunque, tranne a Bolzano e tra Toscana ed Emilia-Romagna #referendumcostituzionale pic.twitter.com/VxNV6yrWwy
— YouTrend (@you_trend) 5 de dezembro de 2016
Insieme a milioni di italiani, abbiamo giocato una bella partita e l'abbiamo persa. È stato bello e giusto giorcarla: per l'Italia.
— Angelino Alfano (@angealfa) 5 de dezembro de 2016
Italy: Right-wing and UKIP ally M5S (EFDD) on the rise in polls. #Renzi pic.twitter.com/CJplFy7CcT
— Europe Elects (@EuropeElects) 5 de dezembro de 2016
Pode confirmar-se isso mesmo no seguinte mapa:
#Affluenza nazionale del #ReferendumCostituzionale nettamente più alta del 2001 e 2006 pic.twitter.com/9ZeMki5wqe
— IL VOTO SOTTO ESAME (@votosottoesame) 5 de dezembro de 2016
Affluenza definitiva: 68,44% (Dati @Viminale) #RaiReferendum #Referendum #ReferendumCostituzionale #Affluenza pic.twitter.com/Fc7whnlQ0c
— Rainews (@RaiNews) 5 de dezembro de 2016
Berlusconi fez campanha pelo "não", sendo um dos vencedores desta noite. No entanto, talvez por surgir bastante atrás nas sondagens face a partidos como o Liga do Norte e o Movimento 5 Estrelas, Berlusconi optou por não reagir nem se comprometer com nenhum tipo de posição face ao futuro próximo, que só começará a ser conhecido a partir desta segunda-feira.
Para já fica uma breve reacção do seu partido em que se realça que "os italianos resgataram a democracia".
Sì! #referendumcostituzionale pic.twitter.com/kI536IMfeN
— Forza Italia (@forza_italia) 4 de dezembro de 2016
O resultado do referendo em Itália está a gerar uma grande incerteza nos mercados, o que está a penalizar a negociação bolsista um pouco por todo o mundo. As bolsas asiáticas abriram em queda e os futuros do S&P500 também recuam. Mas as descidas são moderadas. Já o euro cai 1%.
"Ao que o mercado está a atento não é tanto o voto em si", mas sim os potenciais desfechos da demissão de Renzi, afirmou à Bloomberg, Ric Spooner, analista na CMC Markets.
A vitória do "não" no referendo de Itália deverá colocar novos entraves ao plano de recapitalização que o Monte dei Paschi tem de fazer até ao final do ano. O banco já convocou uma reunião com os consultores do JPMorgan e do Mediobanca, revela o Financial Times. O resgate pode ser o próximo passo.
Matteo Renzi vai reunir-se com os membros do Governo por volta das 14:30, hora de Lisboa, revela da SkyTG24. Uma hora e meia depois será a vez de ser recebido pelo presidente da República, Sergio Mattarella.
O primeiro-ministro revelou, depois de conhecidos os primeiros resultados do referendo, que ia apresentar a sua demissão na segunda-feira. Primeiro perante os seus colegas de Governo e depois oficializaria o acto, entregando o pedido de demissão ao presidente.
O Guardian diz que Sergio Mattarella deverá aceitar o pedido, mas não deverá convocar eleições antecipadas, preferindo manter este Governo com um novo líder até às eleições que estão agendadas para Fevereiro de 2018.
Desta vez as sondagens não se enganaram. Ou melhor, não se enganaram no sentido de voto, porque apesar de todos os estudos de opinião conhecidos desde Outubro apontarem para a vitória do "não" no referendo constitucional italiano, nenhuma antecipava uma derrota tão clamorosa do "sim".
Com apenas sete das 61.551 secções de voto por contabilizar, o "não" recolheu 59,50% dos votos, enquanto o "sim" se ficou por 40,50% , segundo dados do Ministério do Interior de Itália. Isto numa altura em que estão contadas cerca de metade das secções de votos por correspondência.
Este Ministério regista ainda que a participação eleitoral foi de 68,44%.