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PP e Cidadãos elegem Ana Pastor presidente do Congresso

Os populares recuperaram o terceiro mais alto cargo da democracia espanhola, depois de esta manhã Ana Pastor ter vencido o socialista Patxi López na segunda votação para a presidência do Congresso de Espanha.

Reuters
19 de Julho de 2016 às 11:35
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Já arrancou a XII legislatura em Espanha com o PP a recuperar a presidência do Congresso espanhol (equivalente à Assembleia da República), o terceiro cargo institucional mais importante. A agora ex-ministra foi eleita esta terça-feira, 19 de Julho, à segunda votação – em que é necessária apenas uma maioria simples – com o voto de 169 deputados (PP e Cidadãos), suplantando o socialista e agora ex-presidente da câmara baixa espanhola, Patxi López, que não foi além dos 155 votos. 25 deputados votaram em branco.

Depois de ter sido vice-presidente da Mesa do Congresso entre 2008 e 2011, Ana Pastor torna-se agora na segunda mulher a liderar os trabalhos parlamentares no Congresso espanhol, depois de a também militante popular, Luisa Fernanda Rudi, o ter feito entre 2000 e 2004. Pastor que era até aqui ministra do Fomento do Governo em exercício liderado por Mariano Rajoy tinha também sido ministra da Saúde a partir de 2002 no Executivo de José María Aznar.

 

Ana Pastor beneficiou de uma conjugação de factores. Primeiro porque o seu nome só surgiu depois de o Cidadãos ter vetado os nomes dos populares María Dolores de Cospedal e Jorge Fernández Díaz como condição para votar num candidato do PP. E em segundo lugar porque Patxi López recolheu apenas o apoio do PSOE e do Unidos Podemos e respectivas confluências regionais, com ERC, CDC, PNV, EH Bildu e Coligação Canária a votarem em branco.

 

O cabeça de lista da confluência regional do Podemos na Catalunha (En Comú Podem), Xavier Domènech, que venceu as eleições gerais de 26 de Junho naquela região, apressou-se a criticar as forças políticas que defendem a independência da Catalunha (ERC e CDC) por terem possibilitado a eleição da candidata popular. 

Neste processo de constituição das novas cortes espanholas foram também eleitos os oito membros da Mesa do Congresso e ainda os novos líderes do Senado (câmara alta do Congresso). A Mesa do Congresso (excluindo a presidência) reparte-se com dois lugares para cada uma das quatro principais forças: PP, PSOE, Unidos Podemos e Cidadãos. As vice-presidências da Mesa, caberão a Ignacio Prendes do Cidadãos como primeiro vice-presidente, a Micaela Navarro do PSOE, a Rosa María Romero do PP e a Gloria Elizo do Unidos Podemos

Já os quatro lugares de secretários da Mesa do Congresso serão ocupados por Alicia Sánchez Camacho (PP), Juan Luis Gordo (PSOE), Marcelo Expósito (En Comú Podem) e Patricia Reyes (Cidadãos).

Com 263 dos 266 senadores presentes, o também militante do PP, Pío García Escudero, foi como se esperava, tendo em conta a maioria popular nesta câmara, eleito presidente do Senado. Escudero recolheu 151 votos, enquanto Miren Gorrotxategi  do Unidos Podemos se ficou pelos 20 votos. Houve 92 votos em branco. 

Para a Mesa do Senado foram ainda eleitos, como vice-presidentes, 
Pedro Sanz (PP) e Joan Lerma (PSOE), e para a secretários Luis Aznar (PP), Adela Pedrosa (PP), Juan Carlos Raffo (PSOE) y María Eugenia Iparra (PNV). 

 

(Notícia actualizada às 12:15 com resultados finais)

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