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Investidores indiferentes ao resultado das eleições na Catalunha

A vitória em mandatos dos que defendem a independência da Catalunha não está a ter efeitos nos mercados espanhóis. Embora os analistas políticos antecipem tempos de instabilidade

Reuters
Negócios 28 de Setembro de 2015 às 09:49
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Os efeitos nos mercados do resultado eleitoral das eleições regionais da Catalunha – transformado em plebiscito pelos independentistas – parecem ser neutros. A bolsa de Madrid inverteu a queda inicial e está a acompanhar a tendência dos mercados bolsistas europeus. As taxas de juro da dívida pública de Espanha e de Madrid têm estado a descer nesta manhã de segunda-feira dia 28 de Setembro.

Um dia depois das eleições regionais que deram a vitória aos "Juntos pelo Sim" de Artur Mas, centro direita e defensor da independência da Catalunha, o debate político e a análise económica está a alimentar-se no facto de os independentistas não terem somado a maioria dos votos. Num cenário de referendo, raciocina-se, o "sim" à independência teria perdido.

"Juntos pelo Sim", centro-direita, obteve 64 lugares dos 135 lugares na assembleia regional, mas conta com os 10 lugares do CUP, de esquerda, que também defende a independência. As duas forças é que garantem a maioria.

Os independentistas não obtiveram, contudo, a maioria dos votos expressos. Se se estivesse perante um referendo, o sim à independência não teria ganho, argumento que modera a amplitude da vitória. Arturo Mas, líder dos "Juntos pelo Sim", transformou estas eleições regionais num referendo, o que justifica igualmente a taxa de participação histórica.


Os comentadores revelam-se, contudo, preocupados com a ameaça que estas eleições podem representar para a unidade espanhola.

Jose Luis Cebrián apela a que se avancem para eleições so mais depressa possível. No seu artigo no El Pais, defende que "se não se tomarem medidas que reforcem o compromisso democrático dos espanhóis, os resultados destas eleições podem ser o anúncio de uma crise global do nosso sistema político". É preciso, diz, "definir que modelo de bem estar queremos e que tipo de convivência desejamos construir entre as diversas nacionalidades de Espanha". Cebrián considera por isso que Espanha deve ir a eleições o quanto antes. As legislativas espanholas estão maracdas para 20 de Dezembro.

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