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Britânicos enfrentam nova taxa de circulação na Europa

Bruxelas apresentou o seu plano de reforço dos controlos de quem viaja para a Europa oriundo de um Estado dispensado de visa. O Reino Unido vai ser um dos primeiros afectados devido ao Brexit, sublinha a imprensa britânica.

Bruno Simão
Negócios 17 de Novembro de 2016 às 10:47
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Os cidadãos que viagem para o espaço Schengen vão ter de preencher um formulário e pagar uma taxa de cinco euros para poderem circular dentro do espaço europeu. Esta é uma das consequências dos mais recentes ataques terroristas e vai, desde logo, atingir os britânicos que até ao Brexit estavam habituados a viajar sem restrições.

Os planos ETIAS (European Travel Information and Authorisation System) foram formalizados esta quarta-feira, dia 16 de Novembro, pela Comissão Europeia e prevêem mais formalidades e custos para os cidadãos oriundos de países que estão isentos de pedidos de vistos para entrarem no espaço Schengen.

De futuro, antes de viajarem, estes cidadãos terão de registar-se através do preenchimento de um formulário e pagar cinco euros. Estão em causa todos os Estados com quem os 22 países da área Schengen negociaram acordos de livre circulação, aos quais se juntará brevemente o Reino Unido.

A notícia fez, aliás, eco nos jornais britânicos, que assinalam que os cidadãos do Reino Unido vão deixar de poder viajar livremente pela Europa sem, antes, pagarem uma taxa, ao estilo norte-americano.

Para a Comissão Europeia, este é um sistema que vem reforçar o controlo fronteiriço, prevenir imigrações ilegais e o crime e terrorismo, e simplificar a vida de quem circula dentro do espaço Schengen. Mas, para os britânicos, é mais do que isso: é também um sinal "dos custos escondidos" do Brexit.
 
Embora Bruxelas assinale que se trata de uma medida de segurança com custos administrativos e monetários modestos, no Reino Unido este é mais um ingrediente para o debate do pós-Brexit, que está rodeado de incertezas constitucionais, depois de o Tribunal Superior ter decidido que o Parlamento tem de ser ouvido antes de serem accionados os mecanismos formais para a saída do país da União Europeia.
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