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May garante defesa dos empresários nas negociações do Brexit

A chefe de Governo britânica admite que os empresários não querem ficar "à beira do precipício" e precisam de alguma certeza sobre o plano de saída do Reino Unido da União Europeia.

1. Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido
Reuters
21 de Novembro de 2016 às 11:06
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A primeira-ministra britânica reconhece os receios dos empresários do país como as sequelas do Brexit e garante que vai responder a essas preocupações durante as negociações com a União Europeia para a desvinculação do Reino Unido.

"Queremos obter o melhor acordo para o Reino Unido e o que funcione melhor para os negócios no país," afirmou esta segunda-feira, 21 de Novembro, Theresa May, citada pela Reuters.

Numa intervenção perante a confederação britânica da indústria (CBI na sigla inglesa), a líder do Governo pediu aos empresários que invistam em empresas inovadoras para que implementem as mudanças pedidas pelos eleitores no referendo de 23 de Junho.

"Estou consciente de que haverá assuntos que têm de ser analisados (…), que ninguém quer ficar à beira do precipício, querem ter alguma certeza de como as coisas vão desenrolar-se, esse vai ser parte do trabalho que faremos em contexto de negociação," afirmou May.

As palavras da governante surgem no mesmo dia em que a multinacional Facebook anunciou a contratação de 500 novos funcionários no Reino Unido, aumentando para 1.500 o número de empregados. Também a Google anunciou, na semana passada, a aposta na capital britânica, com a expansão das instalações de Kings Cross e a quase duplicação do número de colaboradores.

Investimentos que contrariam a primeira resposta de várias multinacionais e de empresas do sector financeiro, que equacionavam a saída do território perante a possibilidade de enfraquecimento ou corte dos laços comerciais com a União Europeia no pós-Brexit.

Na semana passada, os bancos UBS e Credit Agricole anunciaram que vão manter a presença nos próximos meses e até anos em Londres, à espera de desenvolvimentos na desvinculação do Reino Unido.

O Governo aponta o final de Março de 2017 como data limite para o início das negociações para a saída da União, que se prolongarão previsivelmente por dois anos.

Um processo que pode sofrer atrasos: o Tribunal Superior deliberou que cabe ao Parlamento e não ao Governo a última palavra na saída da UE, uma decisão de que o  Executivo recorreu para o Supremo Tribunal. A decisão do Supremo é esperada para o início do próximo ano.
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