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Schäuble: Trump é "sinal de alerta" para a Europa

Em entrevista ao Financial Times, o ministro alemão das Finanças diz que há muito os EUA têm razão quando pedem à Europa que faça mais pela defesa. A hora de corresponder a esse pedido foi agora acelerada com a vitória de Trump.

1 de Março – Schäuble em entrevista a um jornal alemão

“Não queremos um 'Grexit'. Somos solidários, mas não extorsionários. Ninguém forçou a Grécia ao programa de ajuda. Por isso, está totalmente nas mãos do Governo de Atenas. Seria bom que o Governo grego não falasse de modo que nos seja difícil convencer os nossos cidadãos”.
17 de Novembro de 2016 às 19:35
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O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, diz que a vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas deve ser entendida pela Europa como um "sinal de alerta" da necessidade de o Velho Continente fazer mais pela sua defesa e pela segurança no mundo.

"Acredito que os Estados Unidos permanecem indispensáveis num mundo que quer estar em paz", mas a chegada de Trump à Casa Branca deve ser entendida como um "sinal de alerta", defende, em entrevista ao Financial Times.

"Os americanos sempre tiveram razão quando pediam por um pouco mais de partilha de responsabilidades por parte da Europa", acrescenta, ao defender que a hora de corresponder a esse pedido terá sido agora acelerada com a iminente tomada de posse de um presidente que, durante a campanha eleitoral, prometeu que os norte-americanos passariam a pagar menos pela segurança de outros países.

Sobre o Brexit, Schäuble adverte que Berlim não vai facilitar nas negociações, ao contrário do que em Londres se possa supor. A "Europa não é 'à la carte'", diz, avisando que, se o Reino Unido quer impor entraves à circulação de trabalhadores dos demais países da UE, não pode esperar a manutenção da "via verde" no sector financeiro. "Sem aceitar o mercado interno e as suas quatro liberdades fundamentais não pode, obviamente, haver 'passaporte' ou livre acesso a produtos e agentes financeiros", avisa.

O ministro alemão diz ainda que há compromissos financeiros assumidos no quadro da UE que o Reino Unido tem de honrar, e que, uma vez feito o divórcio, há regras e tratados internacionais, designadamente no domínio da regulação da concorrência, que espera sejam cumpridos.

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