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Aicep: Reino Unido é incontornável "com ou sem Brexit"

Miguel Frasquilho, presidente da Aicep, sustenta que o Reino Unido é incontornável para as empresas portuguesas e diz que o referendo não fez abrandar as exportações para aquele país.

Pedro Elias/Negócios
17 de Novembro de 2016 às 10:16
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O Reino Unido, "com ou sem Brexit", é um mercado incontornável para Portugal. Miguel Frasquilho, presidente da Aicep - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, não tem dúvidas de que o Reino Unido continua a ser um mercado incontornável para as empresas portuguesas. 

 

No último roadshow Portugal Global, que encerra esta quinta-feira, 17 de Novembro, em Leiria, onde aliás, se iniciou há dois anos, Miguel Frasquilho lembrou que o Reino Unido é o quarto maior cliente de Portugal em bens e segundo em serviços. Em 2015 representou 7% das exportações nacionais, com um crescimento 14%. Até Agosto as exportações para o Reino Unido cresceram 5,5%, o que leva Miguel Frasquilho a dizer que "o resultado do referendo do Brexit que ditou da União Europeia não teve para já impacto nas exportações".

 

E garante que nesse mercado a fileira casa é uma oportunidade crescimento, nomeadamente mobiliário e têxteis-lar, com foco na qualidade, design e grau de inovação do produto nacional. Miguel Frasquilho falava em Lisboa, numa altura em que o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa está em Londres, com agenda também na área económica. "Isto vai reforçar as relações entre os dois países e o trabalho que tem sido feito", acredita o presidente da Aicep. 

 

Em Leiria, no último roadshow Portugal Global, a Aicep ainda abordará mais três mercados -Irão, Colômbia e Estados Unidos da América.

 

No Irão, a Aicep abriu em Maio a delegação em Teerão e acredita que, depois do levantamento parcial das sanções, será um país com oportunidades para as empresas portuguesas, nomeadamente para alguns dos sectores mais fortes no tecido empresarial de Leiria, como os moldes, agro-alimentar, máquinas e equipamentos.

 

Nos Estados Unidos, a trajectória tem sido positiva, mas "está ainda longe do seu potencial", acredita Miguel Frasquilho.

 

A Colômbia, que, lembrou Miguel Frasquilho, não tem uma crise há 15 anos, tem registado um crescimento médio superior a 4%. As exportações têm crescido e as oportunidades são várias, nomeadamente depois de assinado o acordo de livre comércio entre União Europeia e Colômbia que permitem a diversificação e o aumento de exportações em sectores como máquinas e equipamentos, moldes, calçado, etc. Aliás, Miguel Frasquilho lembrou a autorização já concedida à exportação de produtos como pêra rocha, produtos lácteos, pescado, conservas, e carne de porco excepto enchidos e enlatados.

 

Miguel Frasquilho falava na abertura da última conferência da Aicep dedicada à internacionalização e exportação que ao longo de dois anos percorreu o país. Para Miguel Frasquilho foi uma "iniciativa que só podemos catalogar como vencedora", que permitiu "aproximar mais a Aicep das empresas, partilhar conhecimento e ajudar empresários nos processos internacionalização".

 

Desde 2014 o roadshow esteve em 16 cidades, 130 empresas, tendo trazido a Portugal directores da rede externa da Aicep de 19 mercados que realizaram um total de 1.060 reuniões com empresários locais. Nos roadshow estiveram presentes mais de duas mil empresas.

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