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Marcelo: "Não há razão para alarme" para portugueses no Reino Unido

O Presidente da República quis sossegar os portugueses há menos de cinco anos no Reino Unido, cuja permanência no território pode vir a ser posta em causa com as alterações que o Brexit trará em matéria de imigração.

Bruno Simão/Negócios
17 de Novembro de 2016 às 12:21
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O Presidente da República garante que os portugueses que vivem no Reino Unido, particularmente os que se estabeleceram no país nos últimos cinco anos - sem direito a título de residência permanente -, não têm razões para ficar preocupados com os efeitos do Brexit.


"Não há razão para alarme," afirmou Marcelo Rebelo de Sousa esta quinta-feira, 17 de Novembro, em Londres. Em declarações transmitidas pela RTP 3, no segundo dia de visita oficial ao Reino Unido e no final de uma deslocação ao atelier da pintora Paula Rego, o Chefe de Estado deixou uma "palavra para serenar o espírito sobretudo dos [portugueses] que vieram há cinco anos".


Numa altura em que o Reino Unido se propõe iniciar as conversações para a saída da União Europeia até ao final de Março do próximo ano - depois do referendo de 23 de Junho ter decidido a desvinculação que terá implicações na imigração -, Marcelo acredita que será possível a Portugal manter a relação histórica com Londres.


"Certamente saberemos conciliar estas duas realidades: estar na União Europeia convictamente e manter uma aliança que durou tanto tempo e está viva. (…) Vai sobreviver sempre uma relação muito intensa," afirmou aos jornalistas, dizendo ser importante que "a Europa se reforce."

Em Junho, no rescaldo dos resultados do referendo, o secretário de Estado das Comunidades José Luís Carneiro anunciou um reforço dos meios consulares no Reino Unido e aconselhou os portugueses a solicitar o estatuto de residente. O governante remeteu ainda para as negociações entre Bruxelas e Londres e para as relações de cooperação bilateral, de forma a "garantir e acautelar os direitos dos portugueses que vivem e trabalham no Reino Unido", bem como dos britânicos que residem em Portugal.


Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda que a visita oficial ao país foi possível apenas à terceira oportunidade (depois de não ter podido deslocar-se a Londres logo a seguir à sua posse como Presidente e depois por causa do referendo que deu a vitória ao Brexit) e que entretanto "muita coisa mudou. (…) O mundo muda, a Europa muda, o sentido da visita enriqueceu-se," afirmou.

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