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PS acusa PSD de "jogatana política" com a TSU

O líder parlamentar socialista, Carlos César, estranha que o PSD não queira ser muleta do PS, mas queira ser do Bloco de Esquerda e do PCP.

Foi 'um guardião da democracia', declarou o presidente do PS, Carlos César, considerando ser um 'dia triste' para o partido e para a memória colectiva do país. 'Não morreu um dirigente socialista, mas um grande português, um obreiro das liberdades, um guardião da democracia', afirmou à Lusa Carlos César, referindo que, 'por isso, todos os portugueses, independentemente da sua condição partidária, estarão, certamente, associados neste momento numa manifestação colectiva de pesar e numa homenagem à memória de luta e à memória de concretização que representou a actuação política de Mário Soares e o seu comportamento físico ao longo destas últimas décadas'.
Para Carlos César, o antigo Presidente da República é, 'sem dúvida, a personalidade mais relevante da segunda metade do século XX e, em particular, depois de restaurada a democracia em Portugal'. 
'É um dia triste para o Partido Socialista, para a nossa memória colectiva e para a democracia portuguesa, porque perdemos um dos seus principais lutadores e um dos seus principais obreiros', salientou Carlos César, também líder do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República. Para o dirigente socialista, 'Mário Soares foi decisivo no combate à ditadura e na adopção da democracia e do regime de liberdades públicas, na sua protecção em todos os momentos'.
'Devemos-lhe não só a nossa condição de país democrático, como também a nossa condição de país europeu', declarou o presidente do PS, realçando que 'foi pelas mãos de Mário Soares' que Portugal 'se libertou de um isolamento que o condenou entre as nações' e 'passou a ser um parceiro respeitado no exterior e ajudado por países amigos'.
Carlos César acrescentou que todo o desempenho do ex-Presidente da República 'foi não só decisivo para aquilo que hoje é o Partido Socialista como grande partido na sociedade portuguesa, mas sobretudo para aquilo que hoje é' Portugal, 'um país incomparavelmente diferente e melhor do que era há 40, há 30 anos'.
Bruno Simão
13 de Janeiro de 2017 às 13:22
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O presidente do PS, Carlos César, acusou esta sexta-feira o PSD de utilizar a Taxa Social Única (TSU) e o acordo de concertação social para fazer "jogatana política", contrariando inclusive o que os próprios sociais-democratas "defenderam num passado recente".

"O entendimento do PS é que um partido com responsabilidades e um partido central na vida politica portuguesa [o PSD] deve ter em consideração que os acordos celebrados no âmbito da concertação social são essenciais, devem ser preservados e defendidos", advogou César, também líder parlamentar do PS, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

Em causa está o anúncio do PSD, na quinta-feira, de que votará favoravelmente apreciações parlamentares sobre o assunto suscitadas pelos partidos da esquerda para revogar a medida, o que deverá conduzir ao chumbo da descida da Taxa Social Única em 1,25 pontos percentuais acordada em sede de concertação social. Esta medida serve para compensar os patrões pelo aumento do salário mínimo nacional (SMN) para 557 euros, em vigor desde Janeiro.

O "essencial", admitiu Carlos César, "será preservar a subida do salário mínimo e também a conformidade" com as obrigações orçamentais do país, mas de todo o modo o socialista definiu como "absolutamente lamentável" a posição do PSD.

"É absolutamente lamentável que um partido como o PSD aja afrontando a concertação social, afrontando um acordo que congregou representantes de trabalhadores e patrões. O PSD diz que não quer servir de muleta ao PS, mas neste caso é muito estranho, acaba por servir de muleta ao BE e ao PCP", declarou ainda o presidente e líder da bancada parlamentar do PS.

BE e PCP já confirmaram que irão avançar com apreciações parlamentares para revogar a descida da TSU, caso o Governo aprove um decreto sobre esta matéria.

O CDS, por seu turno, só tomará uma posição sobre um decreto do Governo que determine a descida da TSU se e quando este for apresentado, mas sublinha as reservas do partido no passado sobre a matéria, indicou fonte da direcção à agência Lusa.
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