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CDS lembra oposição no passado à descida da TSU

O CDS só tomará uma posição sobre um decreto do Governo que determine a descida da TSU se e quando este for apresentado, mas sublinha as reservas do partido no passado sobre a matéria.

Há vida para além de Portas: A saída de Paulo Portas abriu uma frente de batalha no CDS. Mas as trincheiras ficaram, desde cedo, definidas: de um lado posicionou-se o eurodeputado Nuno Melo, muito popular entre as bases; do outro, Assunção Cristas, que era a preferida fora do partido. Nuno Melo acabaria por recuar e Assunção Cristas teve caminho aberto para se tornar a primeira mulher líder do CDS. É candidata à Câmara de Lisboa.
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13 de Janeiro de 2017 às 12:02
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"São conhecidas as reservas do CDS no passado sobre a redução da Taxa Social Única (TSU) mas o CDS não se pronuncia sobre diplomas que desconhece o conteúdo ou sequer se será apresentado", disse à Lusa fonte da direcção.

Na quinta-feira, o PSD anunciou que votará favoravelmente apreciações parlamentares sobre o assunto suscitadas pelos partidos da esquerda para revogar a medida, o que deverá conduzir ao chumbo da descida da Taxa Social Única em 1,25 pontos percentuais aprovada em sede de concertação social, a par do aumento do salário mínimo nacional (SMN) para 557 euros desde Janeiro.

BE e PCP já confirmaram que irão avançar com apreciações parlamentares para revogar a descida da TSU, caso o Governo aprove um decreto sobre esta matéria. Ainda que o CDS não se juntasse aos votos favoráveis da esquerda e do PSD, os votos dos democratas-cristãos somados aos do PS seriam insuficientes para chumbar as apreciações parlamentares.

Em 2012, durante o executivo PSD/CDS-PP, quando esteve em cima da mesa uma redução da TSU que acabaria por não avançar, o então presidente do CDS-PP, Paulo Portas, disse ter discordado da medida e defendeu "outros caminhos", explicando que não bloqueou a decisão para evitar uma crise nas negociações com a 'troika' e uma "crise de Governo".

"Se me perguntam se eu bloqueei a decisão, não bloqueei, pela simples razão de que fiquei inteiramente convencido que isso conduziria a uma crise nas negociações com a missão externa, a que se seguiria uma crise de Governo, um caos que levaria a desperdiçar todo o esforço já feito pelos portugueses", declarou então Paulo Portas.
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