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Governo não conta com o voto do PSD caso a descida da TSU vá ao parlamento

"Não peçam o nosso apoio para isso. Se dento da maioria não se entendem para resolver este problema e forem os próprios partidos da maioria a levar a questão à Assembleia da República, o nosso voto não têm. Isso que fique claro", afirmou Passos Coelho.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
13 de Janeiro de 2017 às 22:59
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O presidente do PSD advertiu esta sexta-feira, 13 de Janeiro, o PS para não contar com o seu voto caso os partidos que completam a maioria de esquerda peçam a apreciação parlamentar do diploma que reduz a Taxa Social Única das empresas.

A medida está prevista no acordo de concertação social que consagrou o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), mas tanto o Bloco de Esquerda como o PCP admitiram levá-la ao parlamento, caso o Governo insista na redução da Taxa Social Única (TSU) para as empresas como forma de compensá-las pelo aumento do SMN.

Ao discursar hoje num jantar organizado pela distrital social-democrata do Algarve, Pedro Passos Coelho disse que a opção do executivo vem tornar regra uma medida que o anterior Governo PSD-CDS/PP adoptou de forma temporária, em vez de seguir a solução preconizada pelos sociais-democratas de fazer depender os aumentos do SMN da produtividade das empresas.

"Não peçam o nosso apoio para isso. Se dento da maioria não se entendem para resolver este problema e forem os próprios partidos da maioria a levar a questão à Assembleia da República, o nosso voto não têm. Isso que fique claro", afirmou o presidente do PSD.

Passos Coelho considerou que são os partidos da maioria que devem "agora resolver a questão", mas pediu para "explicarem ao país quer as perversidades [da medida] quer o custo de andar a dizer que o salário mínimo deve ser pequeno".

"Nós que defendemos a melhoria do salário mínimo e que o aumentámos, quisemos que ele reflectisse a evolução da capacidade da economia para pagar melhores salários. Este Governo faz de conta e arranja vários artifícios para esconder os custos verdadeiros do que na prática mandou pagar", contrapôs.

O presidente do PSD recordou que o seu Governo disse "excepcionalmente que, durante uns meses, até ao final de 2015 e só ao final de 2015, aceitava baixar um bocadinho a TSU", mas frisou que "não era a Segurança Social a suportar essa perda, era o Orçamento do Estado que transferia para a Segurança Social esse valor".

"É uma escolha que fazemos, durante um ano compensamos a Segurança Social neste montante, mas em contrapartida, para futuro, o salário mínimo ficará muito ligado à evolução da produtividade. Este governo atirou este acordo para o caixote do lixo, não quis saber da produtividade e impôs na prática um aumento do salário mínimo que não é coberto pela produtividade", acrescentou.

Passos Coelho considerou ainda que, como o Governo sabe que a subida do SMN acordada na concertação social "magoa as empresas", disse que vai "compensá-las e institucionalizar o que é excepcional".

"Todos os anos fixa o valor que sabe que as empresas não estão em condições de pagar e depois perdoa às empresas esse dinheiro, isto é perverso", acrescentou, defendendo que esta solução é uma "perversão completa" porque um "Governo que quer uma economia com salários mais altos, está a promover incentivos para os salários serem mais baixos".

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