Notícia
Von der Leyen fala com Boris e admite reavaliação do prazo para um acordo comercial
"Parece-me que, de ambos os lados, devemos considerar seriamente se as negociações são viáveis em tão pouco tempo", insistiu Ursula von der Leyen.
03 de Janeiro de 2020 às 14:53
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu hoje uma reavaliação, em meados do próximo ano, do prazo estipulado para Bruxelas e Londres chegarem a um acordo comercial após o 'Brexit', reiterando preocupação pelo escasso tempo. A alemã participa, na próxima segunda-feira, numa cerimónia na London School of Economics and Political Science, reunindo-se depois com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
"Acho que seria razoável fazer um balanço a meio do [próximo] ano e, se necessário, concordar com uma nova extensão do período de transição", declarou Ursula von der Leyen, em entrevista ao jornal francês Les Echos, hoje publicada.
A responsável reiterou àquela publicação estar "muito preocupada com o pouco tempo" existente para a União Europeia (UE) conseguir um acordo comercial com o Reino Unido após a concretização do 'Brexit', em janeiro próximo, preocupações estas que foram também já assumidas pelo negociador do bloco comunitário para o 'Brexit', Michel Barnier.
Em meados deste mês soube-se, inclusivamente, que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai proibir por lei qualquer prolongamento para além de 2020 do período de transição após o 'Brexit' em 31 de janeiro.
"Parece-me que, de ambos os lados, devemos considerar seriamente se as negociações são viáveis em tão pouco tempo", insistiu Ursula von der Leyen.
Há uma semana, o parlamento britânico, no qual o partido Conservador tem maioria, aprovou o projeto de lei referente ao acordo de saída da UE, que torna então possível que o Reino Unido saia da União na data prevista de 31 de janeiro
Os deputados da Câmara dos Comuns autorizaram por 358 votos, contra 234, que o texto apresentado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, passe à fase parlamentar seguinte, onde poderá ainda sofrer alterações a nível de comissões parlamentares antes da aprovação definitiva, já em 2020.
O processo legislativo prosseguirá depois do Ano Novo, prevendo-se que a votação final seja feita a 09 de janeiro.
Após o consentimento da rainha, faltará apenas o Parlamento Europeu votar o acordo de saída, proposto por Boris Johnson, cujo partido Conservador dispõe de uma confortável maioria absoluta, alcançada nas eleições do passado dia 12 de dezembro.
Após estes passos, inicia-se um período de transição, que começa depois da data de saída, 31 de janeiro, e prolonga-se até 31 de dezembro.
Durante estes onze meses, o Reino Unido continua a respeitar as regras da UE e a fazer parte do mercado único enquanto Londres e Bruxelas negoceiam um novo acordo comercial.
Também na semana passada, no Parlamento Europeu, o negociador chefe da UE para o 'Brexit', Michel Barnier, afirmou que "não será possível fazer tudo" no prazo estipulado, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiu que "o calendário que existe pela frente é um grande desafio".
"Acho que seria razoável fazer um balanço a meio do [próximo] ano e, se necessário, concordar com uma nova extensão do período de transição", declarou Ursula von der Leyen, em entrevista ao jornal francês Les Echos, hoje publicada.
A responsável reiterou àquela publicação estar "muito preocupada com o pouco tempo" existente para a União Europeia (UE) conseguir um acordo comercial com o Reino Unido após a concretização do 'Brexit', em janeiro próximo, preocupações estas que foram também já assumidas pelo negociador do bloco comunitário para o 'Brexit', Michel Barnier.
"Parece-me que, de ambos os lados, devemos considerar seriamente se as negociações são viáveis em tão pouco tempo", insistiu Ursula von der Leyen.
Há uma semana, o parlamento britânico, no qual o partido Conservador tem maioria, aprovou o projeto de lei referente ao acordo de saída da UE, que torna então possível que o Reino Unido saia da União na data prevista de 31 de janeiro
Os deputados da Câmara dos Comuns autorizaram por 358 votos, contra 234, que o texto apresentado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, passe à fase parlamentar seguinte, onde poderá ainda sofrer alterações a nível de comissões parlamentares antes da aprovação definitiva, já em 2020.
O processo legislativo prosseguirá depois do Ano Novo, prevendo-se que a votação final seja feita a 09 de janeiro.
Após o consentimento da rainha, faltará apenas o Parlamento Europeu votar o acordo de saída, proposto por Boris Johnson, cujo partido Conservador dispõe de uma confortável maioria absoluta, alcançada nas eleições do passado dia 12 de dezembro.
Após estes passos, inicia-se um período de transição, que começa depois da data de saída, 31 de janeiro, e prolonga-se até 31 de dezembro.
Durante estes onze meses, o Reino Unido continua a respeitar as regras da UE e a fazer parte do mercado único enquanto Londres e Bruxelas negoceiam um novo acordo comercial.
Também na semana passada, no Parlamento Europeu, o negociador chefe da UE para o 'Brexit', Michel Barnier, afirmou que "não será possível fazer tudo" no prazo estipulado, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiu que "o calendário que existe pela frente é um grande desafio".