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Uma em cada quatro pessoas entre 26 e 65 anos mostra resistência às vacinas

Os motivos mais apresentados são a falta de eficácia, o medo de efeitos secundários e a necessidade de mais informação, de acordo com informação apresentada na reunião no Infarmed.

Em Portugal, o novo coronavírus infetou já mais de 850.000 pessoas em todo o território.
Luís Guerreiro
27 de Julho de 2021 às 12:50
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Uma em cada quatro pessoas entre os 26 e os 65 anos mostrou resistência a tomar a vacina contra a covid-19 e os motivos mais apresentados são a falta de eficácia, o medo de efeitos secundários e a necessidade de mais informação.

Os valores foram apresentados na reunião de peritos que decorre hoje nas instalações do Infarmed, em Lisboa, por Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, que indicou uma percentagem de 13% de resistência nos maiores de 65 anos no inquérito feito pelos especialistas.

Outras das razões apresentadas para a resistência relativamente às vacinas são a existência de doenças que não permitiram ainda a vacinação, considerarem que as vacinas não foram suficientemente testadas e não terem conseguido falar com o médico para apoiar a decisão.

Quanto à perceção de risco de doença avançada por covid-19, Carla Nunes disse que os mais velhos apresentam valores mais elevados, com uma percentagem de 60,9%.

No que se refere à saúde mental, adiantou que as perguntas relativas ao estado de ansiedade e/ou tristeza por causa das medidas de confinamento revelaram que os mais novos apresentam maiores valores, com cerca de 30% a dizerem que se sentiram ansiosos ou tristes todos os dias ou quase todos os dias. Os maiores de 65 anos apresentaram valores de 11%.

Sobre quando consideram que serão levantadas todas as restrições por causa da pandemia, a grande maioria considera que deverá ser em dezembro ou para lá dessa data.

Quanto à adequação das medidas de restrição, 47% consideram-nas pouco ou nada adequadas, um valor que vem aumentando desde o ano passado e que se faz sentir sobretudo nos homens e nos mais jovens.

No que se refere à facilidade de adoção das medidas definidas pelas autoridades, tem crescido o grupo do que as consideram difíceis e muito difíceis de adotar e são os mais jovens que apresentam maiores dificuldades.

Segundo a especialista, 31,4 das pessoas referem ser difícil ou muito difícil manter o distanciamento, 16,8% dizem ser difícil o uso da máscara (com os de idade entre 26 e 45 a manifestar maior dificuldade).

A lavagem de mãos apresenta uma dificuldade residual, sempre menor de 10% nas diferentes faixas etárias.

Já quanto à facilidade de evitar confraternizar com amigos e familiares, a maior dificuldade é apontada pelos mais novos.
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