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Marcelo está "irritantemente otimista", mas avisa contra "aglomerações"
Na intervenção feita na reunião do Infarmed, o Presidente da República destacou a "importância" destes encontros e valorizou o papel desempenhado pelo "excecional" processo de vacinação, cuja evolução permitiu estabilizar a pandemia e deixá-lo um "bocadinho irritantemente otimista".
Marcelo Rebelo de Sousa trocou de posição com o primeiro-ministro, com o Presidente da República a sentir-se agora um "bocadinho irritantemente otimista", otimismo possibilitado pela evolução favorável da pandemia conseguida graças ao avanço da vacinação.
Após destacar a "importância destas sessões" na sede do Infarmed, juntando decisores políticos e especialistas em saúde pública, as quais permitem um "diálogo único que não houve em mais nenhum país do mundo", o Presidente disse ter retido algumas ideias relevantes saídas das intervenções dos nove oradores.
A primeira ideia referida é que "onde avança a vacina, recua o vírus", isto porque a "incidência é mais clara e mais grave nos menos vacinados". "Só uma pequena parte [das pessoas] com duas tomas [da vacina] está internada ou em cuidados intensivos", acrescentou.
A descida da transmissibilidade está a acontecer em todas as regiões do país, "o que podemos associar à vacinação", disse Marcelo que notou ainda ter sido "muito bem explicado como a variante Delta é esmagadora em Portugal".
Novamente sobre a vacinação, o Presidente notou que esta é "chave na vida dos portugueses" e destacou a forma "excecional" como tem decorrido o processo liderado pelo vice-almirante Gouveia e Melo.
"A vacinação ganhar é o vírus perder", atirou, sublinhando que este processo e a consequente estabilização da situação pandémica permitem deixá-lo "um bocadinho irritantemente otimista", contrastando assim, referiu, com o otimismo mais moderado de António Costa.
Todavia, é preciso que os portugueses "ajudem um bocadinho", lembrou Marcelo a propósito das recomendações feitas pelos peritos quanto à redução dos níveis de restrições e à adoção de novos critérios na matriz de risco que determina o avanço, ou recuo, no desconfinamento.
O chefe de Estado recordou a "dificuldade de aplicação" de algumas das regras em vigor, designadamente no que respeita às "aglomerações" de pessoas e, em menor dimensão, ao ceticismo de alguns quanto às vacinas e à utilização de máscara.
Para futuro, Marcelo Rebelo de Sousa pediu ainda "clareza" na adoção e comunicação das medidas que venham a ser adotadas na sequência das sugestões agora feitas pelos especialistas, bem como preparação do inverno para evitar surpresas desagradáveis.
(Notícia atualizada)