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Trichet: "Cabe ao Governo português" avaliar se necessita de programa cautelar
Jean-Claude Trichet não quer "substituir-se ao Governo português no julgamento que o País fará da sua própria capacidade de convencer os investidores de que podem confiar no País".
"Não quero substituir-me às autoridades portuguesas”, afirmou Jean-Claude Trichet em entrevista a um grupo de jornalistas durante a conferência anual da Coface em Paris.
Para decidir sobre a necessidade ou não de um programa cautelar após o programa de ajustamento, “o que conta é o julgamento que Portugal fará da sua própria capacidade de convencer os investidores a confiar no seu crédito”. Mas “julgo que as coisas estão a progredir na direcção correcta”.
Trichet afirma que nenhum País é igual a outro, e Portugal tem de avaliar a sua própria situação”. “Mas sinto-me muito encorajado pelo que foi feito em Portugal”, atirou o responsável.
As declarações foram proferidas em Paris durante a conferência anual “Risco País” da seguradora de créditos francesa Coface (Compagnie Française d'Assurance pour le Commerce Extérieur). A empresa, apesar de privatizada em 1994 e actualmente posse do grupo financeiro Natixis, continua a gerir as garantias dadas pelo Estado francês às suas exportadoras.
*Em Paris. O jornalista viajou a convite da Coface