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Trichet: “Ajustamento difícil que foi feito dá margem de manobra para crescer”

Jean-Claude Trichet, antigo governador do BCE, diz que os países do Sul da Europa “promoveram um ajustamento difícil” mas graças a isso “têm agora margem de manobra para crescer”.

21 de Janeiro de 2014 às 10:09
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Trichet elogia a forma como os países do Sul da Europa promoveram o ajustamento - que foi “a escolha que estes fizeram para resolver a crise”. O antigo governador do BCE diz que o facto de Portugal, Irlanda e Grécia terem evoluído de um défice da conta corrente total de quase nove mil milhões de euros para um ligeiro excedente “dá-lhe alguma margem de manobra para crescer”.

 

“Ao nível macroeconómico, estamos na fase final de um processo de ajustamento muito difícil”, mas que era “inevitável” tendo em conta que a crise mostrou que a situação económica “era insustentável, aos olhos dos observadores mundiais”. “No mundo não existe forma de financiar défices orçamentais e da conta corrente de forma eterna”.

 

Ao nível macroeconómico, estamos na fase final de um processo de ajustamento muito difícil mas que era inevitável.
 
Jean-Claude Trichet

Apesar da acalmia na crise da dívida soberana, Trichet alerta que “continuamos numa situação em que não há espaço para complacência por parte dos governos”.

 

O desafio, nesta fase, é “restaurar o financiamento às economias”, e isso só pode ser feito “com os bancos a limparem a casa e progredir de forma rápida na união bancária e ao mecanismo de resolução de bancos, dando atenção aos detalhes”.

 

As declarações foram proferidas em Paris durante a conferência anual “Risco País” da seguradora de créditos francesa Coface (Compagnie Française d'Assurance pour le Commerce Extérieur). A empresa, apesar de privatizada em 1994 e actualmente posse do grupo financeiro Natixis, continua a gerir as garantias dadas pelo Estado francês às suas exportadoras.

 

*Em Paris. O jornalista viajou a convite da Coface

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