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Centeno chamado ao parlamento para explicar remunerações no Banco de Portugal

Audição do governador e da administradora responsável pelos recursos humanos foi aprovada por unanimidade e segue-se à polémica que envolveu a escolha de Hélder Rosalino para secretário-geral do Governo com um salário superior a 15 mil euros.

Pedro Catarino
08 de Janeiro de 2025 às 15:48
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Os deputados aprovaram por unanimidade um requerimento do Chega para o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ser ouvido sobre a política de recursos humanos do BdP, nomeadamente as remunerações dos consultores.

No requerimento, o Chega aponta, sem referir nomes, o caso recentemente vindo a público de um dos quadros do Banco de Portugal "a exercer funções de consultor do Conselho de Administração, e a auferir uma remuneração de cerca de 15 mil euros", numa referência a Hélder Rosalino que passou a consultor do supervisor com um vencimento superior a 15 mil euros. 

O ex-secretário de Estado da Administração Pública foi o nome escolhido pelo Governo para liderar a nova secretaria-geral, mas acabou por rejeitar assumir o cargo depois da polémica com o salário que o Banco de Portugal se recusou a assegurar.

Notando que não existe informação sobre as tarefas específicas destes consultores, nem quantas pessoas estão a exercer este tipo de funções no presente momento, nem informação sobre quais os critérios de recrutamento específicos para este tipo de funções e que a lei orgânica do Banco de Portugal (BdP) também não é explícita sobre o tema, o partido justifica assim, o pedido de audição a Mário Centeno.

Além de Mário Centeno, será também chamada à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, a administrador da BdP Helena Martins Adegas, a quem está atribuído o Departamento de Pessoas e Estratégia Organizacional (DPE).

A sugestão para que a administradora fosse também ouvida partiu de Hugo Carneiro, do PSD, tendo sido aceite.

Na apresentação do requerimento, o deputado Rui Afonso do Chega salientou a necessidade de o país ser informado sobre os custos em que incorre uma instituição como o BdP.

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