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Protecção Civil diz que situação é "bastante complexa" e aponta "escassez de meios"

A Proteção Civil classificou hoje à noite como "bastante complexa" a situação relativa aos incêndios em curso no país, sublinhando a "escassez de meios" de combate tendo em conta a dimensão dos fogos.

Reuters
16 de Outubro de 2017 às 22:47
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Num balanço à agência Lusa pouco antes das 22:00, o oficial de operações da Proteção Civil, o comandante Paulo Santos, afirmou que não houve incêndios dominados nas últimas horas.

"Há inúmeras localidades nas áreas de propagação. Aguardamos que a precipitação venha ajudar a debelar a situação", afirmou o responsável.

De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), estão em curso 15 ocorrências classificadas como "importantes", com destaque para o incêndio que deflagrou em Lousã e Vilarinho, concelho de Lousã, distrito de Coimbra, que mobiliza 787 operacionais, apoiados por 226 veículos.

"É uma área bastante extensa, com registo de diversas reactivações ao longo do perímetro do incêndio", afirmou o responsável, indicando também "danos em infraestruturas", como num aterro sanitário.

A Protecção Civil regista no seu 'site' um total de 48 incêndios em curso, que mobilizam 3.658 bombeiros apoiados por 1.119 viaturas.

Das 15 ocorrências "importantes", cinco são no distrito da Guarda, quatro em Coimbra, dois em Leiria, dois em Viseu, um em Aveiro e outro em Castelo Branco.

Depois do incêndio da Lousã, aquele que mobiliza mais meios é um dos fogos de Alcobaça (distrito de Leiria), combatido por 327 operacionais, apoiados 107 viaturas.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos, sete desaparecidos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal accionou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
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