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Por "razões de segurança", Costa não divulga material militar enviado para a Ucrânia

O primeiro-ministro invocou razões de segurança para manter a reserva sobre o material militar cedido à Ucrânia, bem como a data em que visitará o país. O jornal Nascer do Sol avança hoje que Portugal vai mandar já 15 carros blindados M113A.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas antes de uma ronda de audições na antevisão do novo Governo.
Mário Cruz/Lusa
07 de Maio de 2022 às 18:06
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O primeiro-ministro não quis hoje divulgar quando vai a Kiev, nem o tipo de material militar que tem enviado para a Ucrânia por "razões de segurança".

"Nós temos vindo desde a primeira hora a dar suporte à Ucrânia, quer em meios financeiros, humanitários e material militar, da primeira vez de natureza não letal e, depois, letal, mas nunca noticiamos por razões de segurança", revelou António Costa, no Porto, à entrada para a Conferência sobre o Futuro da Europa, a decorrer em Serralves.

O Jornal Nascer do Sol avança hoje que Portugal vai mandar já 15 carros blindados M113A para a Ucrânia.

Sem confirmar esta informação, o primeiro-ministro explicou que a Ucrânia tem comunicado aos estados quais as suas necessidades em termos de material e, depois, cada estado identifica as suas disponibilidades e faz o envio.

Tal como não divulga o material enviado para a Ucrânia por "razões de segurança", Costa também não adiantou quando vai visitar Kiev e encontrar-se com o presidente Volodymyr Zelensky.

Também hoje, no Porto, e questionado sobre a possibilidade de Portugal enviar blindados para a Ucrânia, o Presidente da República afirmou que a confirmar-se é um "caso de apoio empenhado" do país.

"A confirmar-se essa notícia [envio de blindados] é um caso de apoio empenhado de Portugal em termos de meios militares à Ucrânia", disse Marcelo Rebelo de Sousa, na Maia, à margem da cerimónia de entrega do prémio literário de 2022, promovido anualmente pelos Lions.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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