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Ao minuto05.05.2022

Ucrânia disposta a parar trânsito de gás russo se Europa decretar embargo

Acompanhe minuto a minuto os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e o impacto nos mercados.

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05.05.2022

Reino Unido congela ativos de grupo siderúrgico com atuação na Rússia

O Governo britânico anunciou hoje que congelou os ativos do grupo siderúrgico Evraz, que tem sede em Londres mas que atua principalmente na Rússia e do qual o magnata russo Roman Abramovich é o principal acionista.

A Evraz "opera em setores de importância estratégica" e produz "28% de todas as redes ferroviárias russas e 97% das estradas do país", o que "é de suma importância, pois a Rússia usa as ferrovias para transportar material militar e tropas para o confronto na Ucrânia", disse o Executivo britânico em comunicado.

"O principal negócio da Evraz está na Rússia, onde é um grande empregador", segundo o Governo, que acredita que colocar a empresa na sua lista de entidades sancionadas "vai dissuadir ainda mais as empresas que operam em setores estratégicos" em território russo.

Roman Abramovich foi colocado na lista de sanções do Reino Unido no início de março, levando à renúncia de quase todo o conselho de administração da Evraz. Mas, desde então, a empresa argumentou em várias ocasiões que o magnata russo, acionista "significativo" com 28,64% do capital, já não controlava o grupo.

A Evraz também negou "a afirmação de que está ou esteve envolvida" em ações "que pudessem contribuir para desestabilizar a Ucrânia ou minar ou ameaçar a integridade territorial, soberania ou independência" daquele país do leste europeu.

A siderúrgica rejeitou uma menção nos documentos do Governo britânico relativa às sanções contra Abramovich, que indicava que a empresa "terá fornecido aço ao Exército russo que poderá ter sido usado para a produção de tanques".

O Reino Unido disse hoje que sancionou mais de 1.000 pessoas e mais de 100 empresas desde a invasão russa da Ucrânia.

05.05.2022

Gazprom reencaminha para o noroeste russo o gás destinado à Alemanha

A empresa da Federação Russa que gere o gasoduto Nord Stream 2 disse hoje que vai abastecer o noroeste russo com o gás que ia ser transportado para a Alemanha, sobre o fundo do Mar Báltico.

O funcionamento deste gasoduto foi bloqueado pela Alemanha, mesmo antes da invasão da Ucrânia pela Federação Russa.

Através de um comunicado divulgado na rede social Telegram, informou-se que "devido ao facto de o gasoduto marinho Nord Stream 2 não estar a funcionar (...), a Gazprom decidiu utilizar a capacidade adicional de transporte terrestre do gás do projeto para o desenvolvimento do fornecimento de gás às regiões do noroeste da Federação Rússia".

Realçou que se a Alemanha decidir em alguma altura desbloquear o início do gasoduto, "apenas se pode colocar em funcionamento uma linha com uma carga de 100%". Significa isto que só será usada metade da capacidade total do Nord Stream 2, calculada em 55 mil milhões de metros cúbicos anuais.

A Gazprom adiantou que a colocação da segunda linha em funcionamento só poderia ocorrer em 2028.

A Federação Russa encheu a primeira linha do gasoduto em outubro de 2021, ao mesmo tempo que prosseguiu o processo para receber a autorização para avançar com a infraestrutura.

Mas o regulador energético alemão suspendeu em novembro o processo de certificação do gasoduto e solicitou à Nord Stream 2 AG, sediada na Suíça, a criação de uma filial sob direito alemão para gerir o troço do gasoduto na Alemanha, o que se fez com a criação, janeiro de 20220, da Gas for Europe, sedeada em Scherin, no norte da Alemanha.

Porém, a 22 de fevereiro, dois dias antes de Putin decidir a invasão da Ucrânia, o projeto, avaliado em 11 mil milhões de dólares, foi suspenso pelo chanceler alemão, Olaf Scholz.

O reconhecimento da independência das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no sudeste ucraniano, pelos dirigentes de Moscovo, inviabilizou a entrada em funcionamento do gasoduto.

A 1 de março, a Nord Stream AG declarou falência.

05.05.2022

Ucrânia disposta a parar trânsito de gás russo se Europa decretar embargo

A Ucrânia está disposta a interromper imediatamente o trânsito do gás russo se a União Europeia (UE) decidir impor um embargo às importações de gás de Moscovo, foi hoje defendido.

"Assim que os países europeus deixaram de comprar gás russo, vamos ficar felizes em suspender o trânsito", disse o presidente da Comissão de Energia da Rada (parlamento ucraniano), Andriy Gerus, em declarações à agência de notícias Ukrinform. "Apoiamos o embargo de petróleo, derivados de petróleo, carvão e gás", acrescentou.

Andriy Gerus expressou a esperança de que os países europeus endossem o sexto pacote de sanções contra a Rússia, apresentado hoje pela Comissão Europeia, que inclui um embargo gradual ao petróleo.

O deputado também pediu a preparação de um sétimo pacote, uma vez que a Rússia deve entender que o conflito na Ucrânia tem um custo elevado.

O presidente da Comissão de Energia da Rada lembrou que a Ucrânia compra gás no mercado europeu e que a decisão de não assinar contratos com a empresa estatal russa Gazprom é uma questão de princípio.

05.05.2022

FTSE britânco escapa à maré vermelha da Europa

Os receios de uma lenta recuperação económica na Europa, devido ao galopar da inflação e a uma cada vez mais previsível subida das taxas de juro, derrubaram as principais praças do continente, que fecharam em terreno negativo, sendo o FSE britânica a única exceção, ao avançar 0,13%.

De resto, o alemão Dax recuou 0,49%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,43%%, o italiano FTSEMIB perdeu 0,60%%, o AEX de Amesterdão cedeu 0,36% e o espanhol IBEX 35 desceu 0,77%.

O otimismo provocado pela Fed na quarta-feira, que aumentou as taxas de juro norte-americanas em 50 pontos base e descartou subidas de 0,75%, foi hoje ofuscado pela possibilidade de o BCE também acabar por apertar a política monetária, como acabou por fazer ainda de manhã o Banco de Inglaterra, que anunciou um aumento nas taxas de 25 pontos base para uma yeld de 1%.

O Stoxx 600 - índice referência para o bloco europeu e que agrega as principais empresas - recuou 0,70%, pressionado principalmente pelo setor do turismo que recuou 3,68%. O retalho e a banca também mostraram maus desempenhos, ao caírem 1,82% e 1,87% respetivamente.

Em sentido inverso, as empresas energéticas, o setor alimentar e o imobiliário conseguiram manter-se em terreno positivo.

Por empresas, o melhor desempenho do índice foi protagonizado pela holandesa Argenx, do setor farmacêutico, que avançou 12,55%, depois dos seus resultados do trimestre terem superado as estimativas dos analistas. Já a elétrica austríaca Verbund liderou as perdas, com um tombo de 12,8%.

Entre outras cotadas de referência, a Shell avançou depois de bater máximos em ganhos trimestrais. A Airbus também subiu após apresentar os seus resultados, tal como a UniCredit cuja receita ficou acima do esperado e custos operacionais abaixo.

05.05.2022

Libra regressa ao verão de 2020. Euro perde mais de 1%

A libra esterlina e o euro caíram pressionados pelos bancos centrais. Já o dólar dispara mais de 1%. 

 

A libra esterlina caiu mais de 2% em relação ao dólar para 1,23615 dólares, o nível mais baixo desde julho de 2020, depois de o Banco de Inglaterra ter subido as taxas de juro como não era visto desde 2009 e ter estimado o advento de um abrandamento económico, acompanhado do galopar da inflação que pode chegar a 10% no pico do quarto trimestre.

 

Também o euro negoceia em terreno negativo, estando a cair mais de 1%, mais concretamente 1,08% para 1,0507 dólares, depois de  Olli Rehn, governador do Banco da Finlândia, conhecido por pertencer à ala "dovish" do BCE ter mudado de posição  afirmando, em entrevista ao jornal Helsingin Sanomat, que "parece justificado aumentar as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais".

 

As declarações do antigo comissário europeu seguiram as palavras do governador do banco central italiano, Fabio Panetta, que reconheceu que "a economia da zona euro está de facto a estagnar".

 

Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara o "green cash" com 16 divisas rivais -- dispara 1,29% para 103,90 pontos.

05.05.2022

Disparo do dólar penaliza ouro. Paládio perde mais de 3%

Ouro

Depois de arrecadar ganhos, o ouro voltou a cair, depois do Banco de Inglaterra ter anunciado a subida das taxas de juro e à medida que o dólar dispara mais de 1%, tornando a compra do metal amarelo, denominado na nota verde, mais caro e por isso menos atrativo para os investidores.

 

O metal amarelo segue a desvalorizar 0,30% para 1.875,66 dólares a onça.

Paládio acompanha as perdas, a tombar 3,10% para 2.186,09 dólares a onça, enquanto a platina desvaloriza 1,92% para 972,10 dólares a onça e a prata mergulha 2,08% para 22,48 dólares a onça.

 

Esta quinta-feira, o Banco de Inglaterra (BoE) subiu a taxa de juro diretora em 25 pontos base para 1%, em linha com o estimado pelos analistas e naquela que foi a maior subida desde 2009.

Esta é o quarto aumento consecutivo da taxa de juro feita por este banco central. Na reunião de março, o BoE já tinha aumentado as taxas de juro também em 25 pontos base, regressando aos níveis pré-pandemia.

 

05.05.2022

OPEP+ mantém status quo e preços do petróleo seguem em alta

Evolução da pandemia, acordo nuclear do Irão e capacidade de produção são fatores de relevo, para este ano, no mercado petrolífero.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (OPEP+) decidiram esta quinta-feira prosseguir em junho com o plano previsto de aumento da produção de crude, que desde maio que está fixado em mais 432.000 barris por dia.

 

Numa reunião que durou apenas 13 minutos, a OPEP+ manteve assim o status quo. Entre agosto do ano passado e abril deste ano, o aumento mensal foi de 400.000 barris por dia, mas desde maio que está nos 432.000. Isto para ter em conta as alterações à "baseline" (base de referência a partir da qual estão definidos os cortes de produção, cortes esses que estão a ser levantados faseadamente) para os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Rússia, Iraque e Koweit – que são os membros com mais capacidade disponível atualmente.

 

"Atribuímos o anúncio de hoje da OPEP+ à sua decisão de se manter fiel ao plano delineado e não aumentar a produção demasiado depressa", sublinha Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, numa análise a que o Negócios teve acesso.

 

As cotações do crude seguem em alta nos principais mercados internacionais, a reagir bem à decisão da OPEP+ de se manter alinhada ao atual plano e ainda a capitalizarem o entusiasmo de ontem, depois de a União Europeia estabelecer um prazo de seis meses para pôr fim às importações de petróleo russo.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,89% para 111,12 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 0,53% para 108,38 dólares por barril.

 
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05.05.2022

Bruxelas esclarece regras de recusa de vistos a russos em países da UE

A Comissão Europeia publicou esta quinta-feira as regras para esclarecer os Estados-membros e os consulados na suspensão parcial do Acordo de Facilitação de Vistos com a Rússia, em vigor desde 25 de fevereiro deste ano.   


Nessas orientações, Bruxelas refere que, "dada a atual situação de segurança, é importante que os consulados verifiquem cuidadosamente se os requerentes podem ser considerados como uma ameaça à ordem pública, à segurança interna ou às relações internacionais de qualquer dos Estados-membros, casos em que o visto deve ser recusado".


Além disso, a instituição aconselha que os países verifiquem no Sistema de Informação Schengen (SIS) "se o requerente é uma pessoa indicada para efeitos de não admissão".


No documento da Comissão Europeia lê-se ainda que "considerando o atual contexto de segurança sensível, se possível e em caso de dúvida, os consulados são aconselhados a estar vigilantes, por exemplo, consultando as bases de dados nacionais e da Interpol e o SIS, em conformidade com a legislação nacional de cada Estado-membro".


O Acordo sobre a Facilitação da Concessão dos Vistos entre a Rússia e a UE, agora suspenso, entrou em vigor em 2007 e previa procedimentos simplificados para facilitar a emissão de vistos de curta duração, com vista ao estabelecimento de laços económicos, humanitários, culturais, científicos e outros.

05.05.2022

Wall Street abre no vermelho após “rally” à boleia da Fed

Os três principais índices norte-americanos começaram a sessão no "vermelho", depois de terem registado fortes subidas após as declarações da Reserva Federal dos EUA.


Assim, findo o "rally" e com o regresso das preocupações com a inflação, o industrial Dow Jones está a recuar 0,77% para 33.798,18 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite está a tombar 1,63% para 12.753,79 pontos e o S&P 500 recua 1,4% para 4.239,82 pontos. No caso do S&P 500, este índice interrompe a série de três sessões de ganhos. 


Os investidores estão ainda a digerir as palavras do líder da Fed. Se no fim da sessão desta quarta o afastamento de uma subida mais agressiva de 75 pontos base foi afastada, continuam os receios também sobre as consequências da guerra na Ucrânia para o crescimento económico.


Como é habitual às quintas-feiras, foram divulgados dados sobre os números de pedidos de subsídios de desemprego na semana passada. Na semana passada este indicador sobre a economia norte-americana aumentou em 19 mil pedidos, para um total de 200 mil na semana terminada a 30 de abril.

05.05.2022

Moscovo diz que UE terá de manter petróleo russo por questões técnicas

Um deputado russo defendeu esta quinta-feira que a União Europeia (UE) terá de continuar a usar petróleo da Rússia porque a maioria das refinarias europeias estão adaptadas especificamente para as matérias-primas russas. Numa reação à proposta da UE para um embargo gradual ao petróleo da Rússia por ter invadido a Ucrânia, Vyacheslav Nikonov disse que os países do centro da Europa terão de continuar a usá-lo por questões técnicas.

"A União Europeia não vai deixar de comprar petróleo russo. Bem, que tipo de petróleo irão comprar? O petróleo árabe? O petróleo leve árabe pode ser processado em refinarias no sul da Europa, mas simplesmente não existem tais instalações no centro da Europa", disse Nikonov, citado pela agência russa TASS. "Tudo está orientado para o petróleo russo, pelo que comprarão o nosso", assegurou o deputado, que é vice-presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma, a câmara baixa do parlamento da Federação Russa.

Leia a notícia completa aqui.

05.05.2022

Gás natural sobe há três sessões

Os preços do gás natural ainda têm um forte potencial de subida este ano. A queda dos inventários, o frio e a forte procura são grandes “triggers”.

O gás natural está a subir há três sessões, ainda na sequência da proposta da União Europeia para o embargo ao petróleo russo. Nesta altura, o gás natural está a subir 1,32% em Amesterdão, para 105,2 euros por megawatt-hora. 


Ainda assim, o preço do gás natural tem estado longe do disparo vivido no início de março, quando chegou aos 227 euros. As temperaturas mais quentes que se fazem sentir em vários pontos da Europa, já com a primavera, estão também a evitar avanços de preços mais expressivos.

05.05.2022

Rússia estará a atacar Azovstal apesar do cessar-fogo prometido

O exército ucraniano afirmou que as forças russas "estão a tentar destruir" os últimos defensores da fábrica siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, apesar de a Rússia ter anunciado um cessar-fogo a partir da manhã desta quinta-feira.

"Os ocupantes russos estão a atacar e a tentar arrasar as unidades ucranianas no território de Azovstal", disse o exército ucraniano, em comunicado divulgado esta quinta-feira de manhã, acrescentando que Moscovo "retomou a ofensiva, com o apoio de aviões, para assumir o controlo da fábrica".

A denúncia do exército ucraniano foi feita poucas horas depois de o Kremlin (presidência russa) ter anunciado, na quarta-feira à noite, que as suas forças iam cumprir um cessar-fogo durante três dias consecutivos, a partir das 05:00 TMG (06:00 em Lisboa) desta quinta-feira, para permitir a retirada dos cerca de 200 civis ainda presentes em Azovstal, como referiu o presidente da câmara de Mariupol, Vadim Boitchenko.

O comandante do regimento Azov, Denys Prokopenko, que lidera a defesa do local, indicou, por sua vez, num vídeo divulgado na noite de quarta-feira, que as forças russas conseguiram entrar na siderúrgica e ali travaram "combates violentos e sangrentos".

"Desde há dois dias que o inimigo está dentro das instalações da fábrica", admitiu no vídeo divulgado na rede de mensagens Telegram. "Estou orgulhoso dos meus soldados porque estão a fazer esforços sobre-humanos para resistir ao ataque do inimigo. Estou grato ao mundo inteiro pelo colossal apoio dado à guarnição de Mariupol. Os nossos soldados merecem", acrescentou.

A fábrica de Azovstal, um enorme complexo siderúrgico atravessado por redes subterrâneas, tem sido o último reduto de resistência dos combatentes ucranianos contra o exército russo em Mariupol, cidade onde se situa um porto estratégico.

A rendição ou captura destes militares seria uma importante vitória para Moscovo. O autarca Vadim Boitchenko também pediu esta quinta-feira a continuação da retirada de civis da cidade, realizadas com a ajuda das Nações Unidas e da Cruz Vermelha Internacional. "Estamos a lutar juntos para salvar cada pessoa, cada morador de Mariupol", assegurou.

Os combates continuam bastante acesos noutras partes do país, sobretudo no leste da Ucrânia, onde, segundo o governador da região de Donetsk, se registou um ataque a uma área residencial de Kramatorsk durante a noite que provocou 25 feridos civis.

05.05.2022

Governador do Banco Nacional ucraniano participou numa reunião do BCE

O governador do Banco Nacional da Ucrânia, Kyrylo Shevchenko, participou na quarta-feira numa reunião do Conselho Geral do Banco Central Europeu (BCE). O BCE informou na quarta-feira à noite em comunicado que Shevchenko "foi convidado a discutir o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia".

A reunião é um "forte sinal de unidade europeia perante a guerra contra a Ucrânia", disse a presidente do BCE, Christine Lagarde. O BCE vai oferecer aos jovens ucranianos oportunidades para "adquirir experiência profissional numa instituição europeia", oferecendo 15 vagas de estágio na entidade monetária por um período máximo de 12 meses.

05.05.2022

Bolsas europeias reagem com ganhos ao anúncio da Fed. Setor da tecnologia ganha 2,88%

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.

As bolsas europeias estão a registar ganhos expressivos, na sessão a seguir ao anúncio feito pela Reserva Federal dos EUA. A continuidade da época de resultados do trimestre continua também em destaque entre as cotadas europeias. 

O Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores empresas europeias, está a valorizar 1,42% para 447,62 pontos. Todos os setores estão a registar ganhos, muitos deles acima de 2%. 

O setor da tecnologia lidera estas subidas, a registar ganhos de 2,88%, seguido pelos ganhos de 2,29% do setor automóvel e pelos 2,15% do setor industrial. A menor valorização pertence ao setor das utilities, com 0,32%. 

O PSI está a valorizar 0,64%, enquanto o espanhol IBEX regista ganhos de 1,46% e o alemão DAX de 1,96%. Em Paris, regista-se uma subida de 1,95% e o inglês FTSE soma 1,34%. A bolsa de Amesterdão avança 1,87% e em Milão registam-se ganhos de 1,82%.

05.05.2022

Petróleo com ganhos ligeiros antes da reunião da OPEP

Evolução da pandemia, acordo nuclear do Irão e capacidade de produção são fatores de relevo, para este ano, no mercado petrolífero.

O petróleo está a valorizar esta manhã, antes da reunião da OPEP+ desta quinta-feira, e após a divulgação dos planos da União Europeia para o embargo ao petróleo russo. 

O West Texas Intermediate (WTI) está na "linha de água", a avançar uns meros 0,06%, para 107,87 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, a referência para o mercado português, sobe 0,22% para 110,38 dólares. 

É expectável que a OPEP+ mantenha um ligeiro aumento da produção, refere a Bloomberg, já que o confinamento na China, o maior importador de petróleo, devido à covid-19 gera receios sobre as consequências na procura. 

O petróleo regista ganhos acima de 40% este ano, com esta matéria-prima a ter registado uma considerável valorização nos últimos dois meses, devido à guerra na Ucrânia.

05.05.2022

Juros das dívidas soberanas europeias à procura de tendência

Os juros das dívidas da zona euro estão divididos entre recuos e subidas neste ponto da sessão. Vistos como a referência para o bloco europeu, os juros da dívida da Alemanha estão a agravar 1,3 pontos base esta manhã, já numa taxa de 0,987%. 

O cenário é diferente nos juros italianos a dez anos, que aliviam 0,5 pontos base, ainda que se mantenham numa taxa de 2,948%, em máximos de fevereiro de 2019. 

Na Península Ibérica também se registam subidas ligeiras. Os juros de Portugal estão a agravar 0,4 pontos base, para uma taxa de 2,095%, em máximos de maio de 2018. 

Em Espanha, os juros com a mesma maturidade sobem 0,4 pontos base para 2,066%, a rondar máximos de 2015.

05.05.2022

Libra desvaloriza antes do anúncio do Banco de Inglaterra

A libra esterlina, uma das principais divisas no mercado europeu, está a desvalorizar nesta sessão, antes do anúncio do Banco de Inglaterra sobre política monetária. A expectativa é a de que a entidade liderada por Andrew Bailey deva anunciar uma nova subida dos juros. 

Assim, a libra está a desvalorizar 0,74% face ao dólar, para 1,2538 dólares, interrompendo as duas sessões de ganhos anteriores. Esta quarta-feira, a libra chegou a somar mais de 1% contra o dólar norte-americano. 

O euro está também a desvalorizar, ainda que com uma depreciação mais ligeira do que a da libra. A moeda única cai 0,27% face ao dólar para 1,0593 dólares. 

Do outro lado do Atlântico, o dólar está a recuperar do tombo da sessão anterior (-0,85%) e regista uma valorização de 0,23% perante um cabaz de divisas rivais. 

05.05.2022

Ouro a caminho da terceira subida consecutiva após Fed descartar subidas mais agressivas

O ouro está a valorizar esta manhã, dando continuidade às subidas vividas nas duas sessões anteriores. Este metal está a ser amparado ainda pela reação às declarações do líder da Fed, que pôs fim às dúvidas e descartou a hipótese de subidas de juros mais agressivas.

Assim, o ouro está a somar 0,6%, com a onça a cotar nos 1.892,5 dólares. Há mais de uma semana que o ouro tem estado a negociar abaixo da fasquia dos 1.900 dólares - marca onde chegou devido à incerteza trazida pela guerra. 

"O ouro incluiu a subida das taxas de juro, com os comentários da Fed a sugerir um ambiente positivo para o ouro devido à política monetária nos próximos meses, que não será tão rígida como alguns esperavam", indica Gavin Wendt, analista da MineLife à Bloomberg. 

05.05.2022

Ataques de mísseis russos continuam. Mais de 300 civis retirados de Mariupol

Os ataques de mísseis russos continuam a fazer-se sentir na Ucrânia, indica o boletim partilhado pelo ministério britânico da defesa. Os ataques decorrem num momento em que Moscovo tenta impedir que as forças ucranianas recebam novo armamento e equipamento na região do Donbass. 


Já os números das Nações Unidas dão conta de que já foram retirados mais de 300 civis da cidade de Mariupol, local que tem sido um dos cenários de guerra mais visíveis neste conflito.

05.05.2022

Futuros da Europa apontam para abertura em alta a reagir à Fed

A Reserva Federal norte-americana realiza hoje, às 19h, uma conferência de imprensa na qual vai anunciar os resultados do último encontro de política monetária.

Os futuros das bolsas europeias estão a apontar para um arranque de sessão a verde, em reação ao anúncio da Fed, que decidiu subir a taxa diretora em 50 pontos base, que passa assim para um intervalo entre 0,75% e 1%. 


No anúncio feito por Jerome Powell, o líder da norte-americana Fed, ficaram os avisos sobre a inflação, com este responsável a garantir que a entidade está "bastante atenta aos dados da inflação", vincando que o "controlo da inflação é essencial para o mercado laboral". E, alertou, o endurecimento das políticas da Fed "não vai ser agradável", mas destaca que será "para o melhor de todos". Naquela que foi a maior subida dos juros desde 2000, Powell descartou a hipótese de uma subida ainda mais agressiva, na ordem de 75 pontos base.


Pondo, assim, fim às especulações de uma subida ainda mais agressiva para controlar a inflação galopante, os investidores estão aparentemente a ver com bons olhos este cenário. Por esta altura da manhã, os futuros do Stoxx 50 estão a valorizar 2,309%. 


Na Ásia, onde a sessão já terminou, o Hang Seng fechou com ganhos de 0,51%, enquanto em Xangai se registaram ganhos de 0,78%. Na Coreia do Sul e também no Japão os índices estiveram encerrados devido ao feriado. 


Depois da Fed ontem, hoje o Banco de Inglaterra também deverá anunciar uma subida dos juros de referência britânicos. Além da política monetária, há ainda outro tema que vai fazer mexer os mercados: a reunião da OPEP+ em que os grandes produtores de petróleo irão ajustar a oferta para junho.

05.05.2022

Reino Unido promete auxílio financeiro de 45 milhões de libras à Ucrânia

O governo de Boris Johnson anunciou que vai disponibilizar um auxílio financeiro de 45 milhões de libras (53,23 milhões de euros) a ucranianos que estejam em situação de fragilidade devido à guerra. O anúncio foi feito por Liz Truss, ministra britânica dos Negócios Estrangeiros. 


Através de comunicado, o Reino Unido indica que esta assistência irá "apoiar os mais vulneráveis na Ucrânia, particularmente mulheres e crianças, que estão a enfrentar riscos crescentes de violência sexual e exploração".


O comunicado detalha que este montante em causa será gerido pelas agências das Nações Unidas e outras organizações que estejam a trabalhar na Ucrânia.

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