Notícia
Protecção Civil diz que 70% do incêndio "está dominado"
O balanço oficial aponta para 64 mortos no grande incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande e que já alastrou aos distritos de Coimbra e Castelo Branco. Os donativos dos portugueses continuam a crescer.
Ministra da Administração Interna sublinha união e apoio entre as pessoas
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou que sentiu, durante o dia de segunda-feira, "um enorme apoio das pessoas", que se mantiveram unidas com o objectivo de ultrapassar um momento muito difícil.
"Foi um dia muito emocionante", contou a membro do Executivo socialista, que ao longo do dia sentiu "um enorme apoio das pessoas, que vivem situações extremamente difíceis". Apesar do momento pesado, as pessoas "mantiveram-se unidas e sempre com o objectivo de ultrapassar esta enorme dificuldade", frisou a ministra, que falava aos jornalistas, juntamente com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Constança Urbano de Sousa disse que vai ficar na região "até ter a certeza" de que a situação fica controlada. "É um momento de acção. Temos que agir e temos que reagir. Estou sem data de regresso", referiu a ministra, antes de participar em mais um 'briefing' operacional para avaliar a situação.
Há sinais de controlo e de evolução favorável do combate às chamas, diz PR
O Presidente da República afirmou que há sinais de evolução favorável do incêndio que começou no sábado no distrito de Leiria.
"Neste momento, aquilo que encontrámos ultrapassou as expectativas que tínhamos", notou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no posto de comando em Avelar, concelho de Ansião, sublinhando que há a percepção de uma "evolução favorável".
De acordo com o Presidente da República, as condições atmosféricas "foram melhores do que se previa" e, apesar de haver várias frentes, há "sinais de controlo", esperando que tudo esteja controlado no espaço de "horas ou um dia".
Mais de 2.100 bombeiros combatem fogos em Leiria, Coimbra e Castelo Branco
Cinco grandes fogos nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco estavam, às 22:00 de hoje, a ser combatidos por mais de 2.100 operacionais, auxiliados por 719 viaturas, segundo dados da Protecção Civil.
De acordo com a informação divulgada na página na Internet da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), o incêndio que envolve mais recursos no terreno continua a ser o de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, que deflagrou na tarde de sábado, encontrando-se a ser combatido por 1.140 operacionais, apoiados por 389 veículos.
EDP vai construir do zero 130 quilómetros de linha eléctrica
A EDP já colocou 150 operacionais e 30 viaturas no terreno para reconstruir a rede destruída pelos fogos nos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Leiria. A rede eléctrica foi destruída nos concelhos de Pedrógão, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Góis e Sertã, onde vivem cerca de 23 mil pessoas.
Por seu turno, a REN diz que "não registou qualquer corte no fornecimento de energia nas redes de transporte de electricidade e de gás natural". Por uma questão de precaução, a empresa diz, no entanto, que foram "pontualmente desligadas linhas" de transporte de electricidade, mas o abastecimento de energia não foi interrompido, por existirem linhas alternativas.
Comunicações móveis quase restabelecidas
Desde o passado sábado que a Meo, a Nos e a Vodafone têm técnicos no terreno para tentar solucionar os problemas nas suas redes. Os operadores garantem que os serviços de comunicações já estão quase repostos.
70% do incêndio "está dominado"
A garantia foi dada pelo comandante da Protecção Civil, Elísio Oliveira, que ao início da noite disse que 70% do incêndio de Pedrógão Grande "está dominado".
Contudo, no balanço feito às 20:00, Elísio Oliveira frisou que os 30% do incêndio ainda activos obrigam a "bastante trabalho".
"Foi uma tarde bastante difícil, com situações complexas que ainda se mantêm. Todos os meios estão a operar. Em Pedrógão, temos algumas povoações que inspiram alguns cuidados. Temos que garantir que as pessoas ficam em segurança", afirmou o comandante da Protecção Civil que apela ao cumprimento, pela população, das indicações dadas pelos elementos dos bombeiros e da GNR.
Aga Khan contribui com 500 mil euros
O príncipe Aga Khan vai doar 500 mil euros para apoiar as vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande. "Apresento as minhas sinceras condolências às famílias das vítimas, que perderam as suas vidas neste trágico incêndio", disse, citado em comunicado.
"Neste momento muito crítico, gostaríamos de reafirmar, a Sua Excelência, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, assim como ao povo Português, o nosso apoio incondicional", acrescentou.
A contribuição de meio milhão de euros, do Imamat Ismaili – a sede do príncipe Aga Khan, estabelecida em Portugal em Junho de 2015 – será disponibilizada através do Ministério da Solidariedade e Segurança Social.
Marcelo quer evitar, para já, "frente" da discussão de falhas
Pela terceira vez em dois dias, o Presidente da República pediu que não se arranje "mais uma frente" de combate, com a discussão sobre o que fazer para evitar incêndios como o que começou em Pedrógão Grande.
Primeiro na sua mensagem ao país, no domingo, e hoje, por duas vezes, na sua segunda visita à zona afectada pelos incêndios, pediu para que essa "reflexão" se faça mais tarde.
A fórmula foi idêntica em Avelar (Ansião) e em Cernache do Bonjardim, com Marcelo a pedir que não se faça a discussão por enquanto.
"Estamos no momento de combate em que, a pouco a pouco, vamos conseguindo controlar a situação", disse o chefe de Estado, pedindo que não se junte "mais uma frente" à "frente" de combater as chamas e apoiar as vítimas.
Depois, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em Avelar, mas também em Cernache, haverá "todo o tempo do mundo para falar de causas, reflexões". De críticas, Rebelo de Sousa respondeu com um sorriso quando uma jornalista lhe perguntou se não se chateava quando o criticavam por ir distribuir beijos. Nestes momentos de dor, "os afectos ou chamem-lhe o que quiserem", são necessários.
Número de mortos sobe 64
O número de mortos no incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande subiu para 64, disseram hoje as autoridades, acrescentando que 70% do fogo está dominado.
O balanço anterior apontava para 63 mortos. O novo número de vítimas mortais foi confirmado pelo tenente-coronel da GNR Carlos Ramos aos jornalistas pelas 20:00, sete horas após o último balanço oficial. Nessa altura foram confirmados 62 mortos. Já pelas 17:00, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, disse que um bombeiro voluntário da corporação de Castanheira de Pêra tinha morrido no hospital de Coimbra, onde estava internado, aumentando para 63 o número de mortos.
A 64.ª vítima mortal é, segundo Carlos Ramos, um habitante da localidade de Pobrais, no concelho de Pedrógão Grande.
Marcelo mais esperançado no controlo dos incêndios
O Presidente da República visitou hoje à tarde quatro postos de comando dos bombeiros na zona de Pedrogão Grande e, no final, estava mais esperançado que seria possível controlar os incêndios que fizeram 63 mortos desde sábado.
Marcelo Rebelo de Sousa estava em Góis, o último posto de comando dos bombeiros que visitou durante a tarde e que o levou a fazer mais de 120 quilómetros entre Avelar (Ansião), Figueiró dos Vinhos, Serra de São Macário (Cernache do Bonjardim) e Góis debaixo de temperatura sempre superior a 35º Celsius.
"O balanço é genericamente mais positivo do que aquilo que esperava", afirmou Marcelo, gravata preta, semblante algo carregado, que o acompanhou durante o dia, tendo a seu lado a ministra da Administração Interna, Constança Urbana de Sousa, com colete azul e laranja, da Protecção Civil.
Depois de começar esta visita às zonas afectadas pelos incêndios, em Avelar, Ansião, Marcelo tinha perspectivas "mais favoráveis".
Donativos na Caixa superam os 500 mil euros
A Caixa Geral de Depósitos anunciou esta segunda-feira que a "Conta Solidária Caixa" para ajudar as vítimas do incêndio de Pedrógão Grande atingiu, em 24 horas, um montante de donativos superior a meio milhão de euros, até às 19h00 desta segunda feira.
Os donativos foram efectuados por 7.384 pessoas, sendo que os montantes recolhidos destinam-se "integralmente a fazer face às necessidades das vítimas dos incêndios, permitindo que, o mais rapidamente possível, possam retomar as suas vidas".
Nestes 500 mil euros estão os 50 mil euros do próprio banco, mais os 100 mil euros do treinador de futebol André Villas Boas, que ontem prometeu doar este valor às vítimas da tragédia de Pedrógão Grande.
A Caixa Geral de Depósitos diz que "continuará a dinamizar esta campanha, através de todos os meios de que dispõe, também através do multibanco, e na dinamização da "Conta Solidária Caixa" com o número 0001 100000 330 e o IBAN PT50 0035 0001 00100000330 42".
CGD e Montepio com medidas especiais
Além da criação de contas solidárias, a CGD e o Montepio avançaram também com a criação de condições especiais nos seus produtos financeiros. O banco público "decidiu desenvolver uma série de medidas de modo a atenuar os impactos desta tragédia". Destas medidas constam a atribuição de uma moratória de capital e juros até dois anos aos clientes da CGD com crédito à habitação que tenham visto o seu imóvel destruído, a antecipação de reembolso da seguradora para despesas imediatas, para clientes e não clientes da CGD e a concessão de uma linha de crédito com limite máximo de 50 mil euros com uma taxa de até 75% (desconto de 25% sobre a taxa praticada) das taxas em vigor para crédito à habitação, com prazo de sete anos taxa fixa e maturidade de sete anos, destinada a compra de equipamentos e obras de reabilitação.
Além disso, o banco compromete-se a fazer um levantamento do parque de imóveis nas regiões afectadas pela tragédia com o intuito de encontrar uma solução para os desalojados.
Já o Montepio criou duas linhas de apoio financeiro, uma para particulares e outra para empresas. No caso dos particulares, a linha de apoio "prevê a concessão de períodos de carência em empréstimos, reajustes de planos financeiros, a criação de uma linha de crédito para apoio às vítimas em condições excepcionais, bem como a criação de uma linha de financiamento à (re)construção de habitações, em condições também elas de excepção".
Cruz Vermelha Portuguesa activa Fundo de Emergência
A Cruz Vermelha Portuguesa anunciou esta tarde que está, desde as 18h30 deste sábado, a prestar apoio a esta situação de emergência através do transporte de vítimas, da colaboração com o INEM, do apoio psicossocial, da distribuição de máscaras e do apoio à mortuária, com o envolvimento de 27 estruturas locais e mais de 220 voluntários.
A instituição está de prevenção, disponível para activar o seu apoio logístico à sobrevivência (com a distribuição de água, alimentos, camas e mantas), bem como com a montagem de PMAs- Postos Médicos Avançados, alguns com capacidade de internamento temporário.
Também já foi oferecido à Protecção Civil a prestação do serviço de Restabelecimento de Laços Familiares junto das pessoas que foram separadas das suas famílias durante a evacuação ou fuga dos fogos.
“Rede SIRESP está a funcionar com toda a normalidade”
O Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), utilizado por bombeiros ou outras entidades para comunicarem entre si, "está a funcionar com toda a normalidade", garantiu fonte oficial do gabinete da ministra da administração interna, Constança Urbano de Sousa.
"Em nenhum momento a rede SIRESP esteve inoperacional", acrescentou ao Negócios a mesma fonte, explicando que "o que aconteceu, no passado sábado, foi que devido ao incêndio que teve início no concelho de Pedrogão, distrito de Leiria, três antenas foram atingidas pelo fogo tendo criado algumas zonas de não cobertura da rede".
Porém, foram instaladas antenas móveis "imediatas", que "garantiram a reposição total do sistema", sublinhou o gabinete de Constança Urbana de Sousa, que tem estado a acompanhar o incêndio que começou no sábado em Pedrogão Grande, tendo-se alastrado a Coimbra e Castelo.
CNA reclama "medidas excepcionais" para "situação excepcional"
A Confederação Nacional da Agricultura reclamou hoje "medidas excecionais de avaliação e apoio" para a "situação de excecional gravidade" e de "tragédia" vivida em Pedrógão Grande e pediu ao Ministério da Agricultura mais que "rotineiras" medidas "de circunstância".
Em comunicado, a CNA "exprime o seu pesar e as mais sentidas condolências às muitas famílias enlutadas" e solidariedade com os envolvidos no combate aos incêndios e socorro às vítimas da "tragédia brutal e devastadora" que se abateu desde sábado sobre a região de Pedrógão Grande e concelhos vizinhos como Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
Para a CNA, "não basta agora proclamar 'três dias de luto nacional', por muito que esta tragédia o justifique", e reclama que sejam "rapidamente apurados todos os principais prejuízos provocados pela catástrofe em habitações e outros bens pessoais, como oficinas, armazéns, máquinas e alfaias, instalações pecuárias, gados, culturas, vinhas, pomares, olivais".
A Confederação Nacional da Agricultura quer ainda o levantamento sobre "a incapacidade temporária para produzir devido à destruição dos equipamentos e/ou culturas" e por "prejuízos em infraestruturas coletivas, por exemplo, em estradas e condutas de água pública".
Incêndio de Pedrógão dobrou a área ardida desde o início do ano
O balanço das vítimas mortais já dava uma dimensão trágica suficiente, mas os dados sobre a área ardida ajudam a dar relevância também estatística ao incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que esta segunda-feira se alastrou aos concelhos vizinhos pertencentes a Coimbra e Castelo Branco.
Segundo os cálculos feitos pelo Negócios a partir de informação disponibilizada pelo Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais (EFFIS na sigla inglesa), este incêndio na zona do Pinhal Interior Norte, que ainda estava longe de estar controlado, já queimou acima de 33 mil hectares de floresta. Ou seja, mais do dobro dos 15.184 hectares que, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), tinham ardido de 1 de Janeiro a 15 de Junho.
Leia o resto da notícia aqui.
Reportagem em Pedrógão Grande: Do inferno nunca visto ao silêncio
Os habitantes das aldeias de Pedrógão Grande (Leiria), atingidas pelas chamas, continuam sem perceber como é que o "inferno nunca visto" veio para matar familiares e destruir vidas inteiras, e apelam agora a que não os deixem desmoralizar.
António Dinis, Joaquim Costa e Vítor Bernardino, todos na casa dos 60 anos, juntam-se no centro da Vila Facaia, uma das localidades mais afetadas pelas chamas que destruíram tudo o que encontraram pela frente: casas, carros, animais e culturas agrícolas, mas não a vida.
Leia aqui a reportagem da Lusa
União Europeia poderá comparticipar até 95% da reconstrução
O vice-presidente da Comissão Europeia Jyrki Katainen afirmou hoje que a União Europeia poderá comparticipar até 95% as despesas de reconstrução na sequência dos mortíferos incêndios que lavram no centro de Portugal.
À chegada a Lisboa, o vice-presidente para o Emprego, Crescimento, Desenvolvimento e Competitividade afirmou que o incêndio que deflagrou no sábado no concelho de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e fez até agora 63 mortos e 135 feridos, é uma "tragédia humana comovente" e que os europeus estão solidários com Portugal.
"Se houver necessidade, há o Fundo de Solidariedade Europeu que permite usar fundos estruturais e a União Europeia poderá comparticipar 95% para a reconstrução", afirmou, ressalvando que por agora importa concentrar todos os esforços para apagar os fogos que ainda lavram.
Jyrki Katainen afirmou ainda que o mecanismo europeu de protecção civil "funciona, e bem" e poderá ser usado para coordenar ajudas dos outros estados membros a Portugal para combater os incêndios.
ERC abre processo de averiguações a reportagem da TVI
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social anunciou a abertura de um procedimento de averiguações a uma reportagem emitida pelo Jornal Nacional da TVI este domingo, visando os incêndios em Pedrogão Grande.
A instituição refere que recebeu "mais de 100 participações que contestam o plano televisivo em que aparece um dos cadáveres da tragédia" na reportagem em causa. E pede "que a comunicação social seja de uma sensibilidade profissional a toda a prova, neste momento de luto nacional".
Santander Totta doa 500 mil euros às vítimas dos incêndios
O banco Santander Totta anunciou a criação de uma conta solidária, com montante inicial de 500 mil euros, para apoio às vítimas dos incêndios.
Os donativos podem ser feitos para a Conta: IBAN - PT50001800034483236802039, lê-se no comunicado enviado às redacções.
"Com esta acção, o Santander Totta pretende contribuir para aliviar o sofrimento e os danos pessoais e patrimoniais dos mais atingidos pelo incêndio que devastou esta zona do país," acrescenta o documento.
Entre os bancos com presença em Portugal, também a Caixa Geral de Depósitos, o Montepio e o Novo Banco abriram contas semelhantes.
Sábado foi o dia mais quente do ano, valores acima de máximos de Junho em 70 anos
O sábado passado, dia em que deflagrou o incêndio de Pedrógão Grande, foi o dia mais quente do ano. De acordo com Nuno Moreira, da Divisão de Previsão Meteorológica, Vigilância e Serviços Espaciais do IPMA do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), metade do território português ultrapassou os valores mais altos registados num mês de Junho em séries que em alguns casos têm mais de 70 anos.
Em declarações à SIC Notícias, aquele responsável acrescentou que além do tempo quente - com temperaturas acima dos 40 graus em grande parte território - registaram-se também níveis muito baixos de humidade relativa, na ordem de 10% a 20%.
IPMA: Temperaturas descem a partir de quarta-feira
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estima que esta segunda e terça-feira as temperaturas se mantenham elevadas, com condições reduzidas de humidade. A partir de quarta-feira, segundo Nuno Moreira, da Divisão de Previsão Meteorológica, Vigilância e Serviços Espaciais do IPMA - cujas declarações foram transmitidas esta tarde pela SIC Notícias -, é esperada uma descida da temperatura máxima no litoral Norte e Centro, que se estenderá depois ao interior.
Só no final da semana se prevê uma descida mais significativa das temperaturas, acrescentou
Sobre a ocorrência, na zona do incêndio de Pedrógão Grande, de trovoadas secas - a causa que foi atribuída pela Polícia Judiciária ao início da deflagração -, o responsável afirmou que os dados estão ainda em análise pelo instituto, mas confirmou que altura em que foi reportado o início de incêndio aconteciam descargas eléctricas na região.
Número de vítimas mortais sobe para 63
Segundo a TSF, morreu um bombeiro de Castanheira de Pêra, que estava hospitalizado em estado grave na sequência do incêndio em Pedrógão Grande. A confirmação foi dada por Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros. O número de vítimas mortais confirmadas sobe assim para 63.
"Em relação aos cinco bombeiros feridos, tenho que dar esta triste notícia. O Gonçalo estava internado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e há cerca de uma hora acabou por falecer. Efetivamente, os bombeiros portugueses estão de luto [...] já estavam de luto por aquilo que aconteceu a tantas pessoas que pereceram neste brutal incêndio. Agora choramos a morte de um dos nossos", afirmou aos jornalistas o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, junto ao posto de comando em Avelar, no distrito de Leiria.
Jaime Marta Soares confirmou que o morto é um bombeiro da corporação de Castanheira de Pera, 40 anos, casado e que deixa um filho.
Visivelmente emocionado, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses explicou que a vítima mortal tinha sido internada com ferimentos no rosto e queimaduras nas vias aéreas, adiantando ainda que era um dos bombeiros que se deslocava numa viatura no Itinerário Complementar 8 (IC8) que colidiu com um veículo ligeiro de civis e que tentaram salvar a vida dos outros, dando a própria vida.
serviços nos
A Nos anunciou esta tarde que os serviços de comunicações já se encontram praticamente repostos na região afectada pelo incêndio que deflagrou no concelho de Pedrogão Grande. "Na sequência do incêndio, quatro estações de rede da NOS foram afetadas, com impacto nos serviços de voz, internet e SMS", sendo que "três destas quatro estações já se encontram operacionais, prevendo-se a reposição total dos serviços no decorrer das próximas horas. A duração do impacto nos serviços foi reduzida em virtude da imediata ativação dos planos de contingência e respetivos procedimentos, que implicaram a deslocação de equipas de intervenção para o terreno".
Hospital de Coimbra recebeu 60 feridos, 25 continuam internados
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) anunciou que recebeu, entre sábado e hoje, 60 pessoas no serviço de urgência devido ao incêndio na zona de Pedrógão Grande, mantendo-se internados 25 doentes, enquanto outros 35 já tiveram alta.
Em comunicado, o hospital revelou que "18 doentes encontram-se no Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Queimados do CHUC", sete dos quais na Unidade de Queimados - cinco a serem ventilados, com prognóstico reservado - e dois em situação estável.
Os outros 11 doentes estão na Cirurgia Plástica e encontram-se estáveis. Neste Centro Hospitalar está ainda internado um doente no Serviço de Cirurgia, quatro doentes foram transferidos para Serviços do Polo HG do CHUC e dois doentes encontram-se ainda em observações no Serviço de Urgência A, acrescentou a unidade de saúde.
UE admite excluir gastos com catástrofe de cálculo do défice
A Comissão Europeia admitiu hoje a exclusão no cálculo do défice de Portugal das verbas gastas com apoios de emergência, na sequência dos incêndios do fim-de-semana, que provocaram, pelo menos, 62 mortos.
"De acordo com as regras da União Europeia (UE), as verbas gastas em resposta a grandes catástrofes naturais podem ser classificadas como 'one off'", ou seja, uma medida de excepção irrepetível que não é considerada para calcular o défice, disse a porta-voz para os Assuntos Económicos e Financeiros, Annika Breidthardt.
A porta-voz adiantou que não há, para já, nenhum pedido específico do Governo português nesse sentido. Ao considerar "irrepetível" a despesa do Estado com ajuda de emergência, permite que esta "possa ser excluída do cálculo do esforço do Estado-membro para o ajustamento estrutural, quando for considerada de acordo e em cumprimento com o pacto de estabilidade e crescimento", esclareceu.
EDP Distribuição reconstrói 130 quilómetros de rede eléctrica
A EDP Distribuição anunciou hoje que está a reconstruir 130 quilómetros de rede eléctrica destruída na sequência dos incêndios que afectam vários concelhos do centro do país desde sábado e diz que as suas equipas têm enfrentado um "cenário aterrador".
"(...) Estamos a proceder à construção de cerca de 50 quilómetros de rede de baixa tensão. Não se trata de reparar a infra-estrutura, estamos a construir de novo", refere uma informação escrita enviada pela empresa à agência Lusa, destacando que, "após este trabalho, é necessário refazer as ligações a cada uma das casas nos locais em que estas se encontram destruídas".
A EDP Distribuição acrescenta que foram ligados dez geradores em postos de transformação que arderam e que serão instalados sete equipamentos de telecomando da rede em substituição dos destruídos pelo fogo. A empresa tem mais de uma centena de operacionais no terreno.
Cidadão francês entre as vítimas mortais
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês confirmou que há um cidadão daquele país entre as 62 vítimas mortais dos incêndios de Pedrógão Grande.
"Um dos nossos compatriotas morreu nos incêndios. O centro de crise e de apoio em Paris e a nossa embaixada em Lisboa estão mobilizados para dar todo o apoio necessário aos seus familiares, a quem transmitimos a nossa total solidariedade," refere um comunicado do MNE.
Pedrógão Grande: 135 feridos, dos quais 121 civis, 13 bombeiros e um GNR
O incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande causou até ao momento 135 feridos, entre os quais 121 civis, 13 bombeiros e um militar da GNR, revelou à Lusa o presidente do INEM.
Luís Meira indicou que, dos 135 feridos, sete estão em estado grave: cinco bombeiros voluntários e dois civis.
A maior parte dos feridos são ligeiros, tendo 28 necessitado de recorrer ao hospital. Os restantes receberam assistência no local.
O último balanço dava conta de 62 feridos.
Dez meios aéreos e mais de 1.100 bombeiros combatem fogo em Pedrógão Grande
O incêndio que lavra em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, estava a ser combatido, às 14:15 de hoje, por mais de 1.100 operacionais, apoiados por 352 viaturas e dez meios aéreos, segundo dados da Proteção Civil.
Além de Pedrógão Grande, existem quatro grandes fogos a lavrar nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco, mobilizando um total de cerca de 2.150 operacionais, 654 veículos e 16 meios aéreos no combate aos principais incêndios que lavram em território nacional.
De acordo com a informação divulgada na página na Internet da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), o incêndio que envolve mais recursos no terreno é em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, que deflagrou na tarde de sábado, encontrando-se a ser combatido por 1.124 operacionais, 352 viaturas e dez meios aéreos.
Ainda no distrito de Leiria, o fogo no concelho de Alvaiázere, que deflagrou pelas 20:40 de sábado, continua em curso (incêndio em evolução sem limitação de área) e está a mobilizar 115 bombeiros e 36 veículos.
No distrito de Coimbra, dois grandes fogos mantêm-se em curso nos concelhos de Penela e Góis. A maior ocorrência verifica-se em Góis, com o fogo que deflagrou pelas 15:00 de sábado e que está a ser combatido por 600 bombeiros, auxiliados por 171 veículos. No concelho de Penela, o combate ao fogo que lavra desde as 21:15 de sábado envolve 167 operacionais, 50 viaturas e seis meios aéreos.
Segundo informação da ANPC, no distrito de Castelo Branco, encontra-se em resolução (incêndio sem perigo de propagação para além do perímetro já atingido) o fogo que lavra desde cerca das 18:10 de sábado no concelho de Oleiros, na freguesia de Orvalho, e que está a combatido por 135 operacionais, auxiliados por 45 viaturas.
Presidente acredita que "está a ser feito tudo o que é necessário"
Em declarações prestadas aos jornalistas presentes em Avelar, concelho de Ansião, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que "aquilo que [lhe] foi exposto permite concluir que está a ser feito tudo o que é necessário" para combater os fogos e prestar o auxílio necessário.
Relativamente ao posto de comando operacional, deslocado hoje para Avelar, Marcelo salientou que "agora há um posto com outras condições" e notou que "há uma estrutura e uma mobilização de meios muito mais ampla do que havia", apontando os "mais de mil operacionais" mobilizados.
Instado a comentar hipotéticas falhas na prevenção e combate ao incêndio que voltou a designar como uma "tragédia quase sem precedentes no Portugal democrático", o Presidente considera que é hora de centrar esforços nos "desafios que estão em curso". "O que está a ser feito está a ser feito com critério, organização, mas significa que há a noção que as próximas horas serão de combate e de luta", disse.
"Neste momento há uma prioridade, o combate ao incêndio, o apoio às vitimas e as famílias", prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa que sustenta que "já temos muitas frentes, não vamos juntar mais frentes a um combate que já é um combate muito difícil". O Presidente acrescentou ainda que nesta altura o "número de vítimas mortais estabilizou" e lembrou que "começa agora outra fase, de acolhimento, reinserção".
Depois de ainda na noite de sábado Marcelo ter assegurado que estava e tinha sido feito tudo o que era possível, o Presidente reiterou esta segunda-feira que "aquilo que disse repito": "Naquele momento, naquelas condições, com aquilo que se sabia, estava-se a fazer o melhor que era possível.
Bandeira de Portugal a meia-haste no edifício do Parlamento Europeu
A bandeira de Portugal foi hoje colocada a meia-haste no edifício do Parlamento Europeu, em Bruxelas, em memória das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande. De acordo com uma nota do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, manifestou-se uma vez mais "chocado" pelos "horríveis acontecimentos deste fim-de-semana".
"Estou chocado com os acontecimentos horríveis deste fim-de-semana em Pedrogão Grande. Os meus pensamentos estão com as vítimas e com as suas famílias e amigos. Em memória das vítimas, a bandeira portuguesa no Parlamento Europeu estará a meia-haste", afirmou Antonio Tajani.
Sem vítimas estrangeiras e com os primeiros aviões no ar
Perto de um terço das 62 vítimas mortais do incêndio de Pedrógão Grande já foram identificadas e, pelo menos para já, não há registo de vítimas de nacionalidade estrangeira, informou a ministra da Administração Interna. Os trabalhos, a cargo do Instituto de Medicina Legal, permitiram identificar 24 cadáveres até ao momento e devem estar concluídos "em breve", acrescentou Constança Urbano de Sousa.
Em declarações aos jornalistas no centro de operações montado em Avelar, no concelho de Ansião, a responsável política indicou que ainda há equipas multidisciplinares no terreno a percorrerem as aldeias para vistoriar toda a zona afectada, mas que só podem avançar se houver condições de segurança. "O terreno ainda não foi todo coberto, mas temos equipas a fazer esse trabalho", referiu. Ao seu lado, o comandante operacional da Protecção Civil, Elísio Oliveira, repetiu que as características do terreno tornam difícil a entrada de meios terrestre em alguns locais e comunicou que alguns meios aéreos, nomeadamente aerobombardeiros pesados, já começaram a trabalhar em alguns sectores do teatro de operações.
Saiba como ajudar as vítimas dos incêndios na região Centro
Do sector financeiro ao energético, várias empresas anunciaram contribuições para auxílio às vítimas dos incêndios e aos bombeiros que ainda combatem as chamas. Conheça as formas mais simples de contribuir.
Floresta vale quase 8% das exportações nacionais
A floresta portuguesa dá origem a produtos que valem quase 8% do total das exportações. O peso da floresta para a economia nacional ilustra bem o impacto que pode ter o facto de 95% da floresta do concelho de Pedrogão Grande ter ardido com o incêndio que começou no sábado passado.
União Europeia canaliza apoio adicional para ajudar Portugal
Portugal accionou o mecanismo de protecção civil, pedindo aeronaves de combate a incêndios e mais tarde o envio de bombeiros, algo que foi prontamente acedido. Agora, a Comissão diz que vai disponibilizar apoio adicional.
A Comissão diz estar em "contacto constante" com os outros estados-membro de forma a coordenar o envio de ajuda. E que já se encontra em território nacional um oficial europeu "para ajudar na coordenação das propostas de assistência."
"Portugal não está sozinho nesta altura difícil. A Europa representa a solidariedade concreta e por isso agimos rapidamente para enviar apoio desde as primeiras horas", salienta o Comissário para a ajuda humanitária e de gestão de crises, Christos Stylianides, citado em comunicado. "Além das três aeronaves francesas enviadas, agradeço a Itália e a Espanha que também ofereceram quatro aviões adicionais através do mecanismo de Proteção Civil da União Europeia. Contamos que este apoio vital venha ajudar os bombeiros portugueses, verdadeiros heróis, que estão no terreno a arriscar as suas vidas para manter o fogo sob controlo e proteger as populações. Apelo à participação de outros países europeus na assistência aos bombeiros de Portugal, na sequência do mais recente pedido de assistência do País. A União Europeia continua pronta a conceder apoio adicional de emergência que Portugal pediu."
Comandante pede "tempo" para combater incêndio com "muitas linhas de fogo"
O comandante operacional da Protecção Civil descreveu "um cenário muito difícil e uma área de actuação muito complexa" no grande incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande e que se alastrou esta segunda-feira aos concelhos vizinhos. "Precisamos de tempo para, em segurança, continuar o nosso trabalho", pediu Elísio Oliveira, confirmando que os meios aéreos "não têm condições de segurança para poderem entrar" em muitos locais do incêndio devido à falta de visibilidade, mas que conta com o trabalho dos meios terrestres.
Neste segundo "briefing" do dia, o porta-voz das operações, centralizadas agora em Avelar, no concelho de Ansião, apontou que "este é um grande incêndio com muitas e diversas linhas de fogo, que têm características diferentes", sendo " importante que os responsáveis pelas operações, em cada um dos locais, avaliem em segurança, nas zonas de oportunidade, [a melhor forma de] controlarem cada um dos focos de incêndio". Elísio Oliveira esclareceu ainda que a EN 236, entre Castanheira de Pera e Lousã, é neste momento a única estrada cortada ao trânsito.
Saiba quais as auto-estradas e estradas nacionais cortadas ao trânsito
Três estradas nacionais e duas auto-estradas nos distritos de Coimbra, Leiria, Castelo Branco e Viseu estão esta manhã cortadas ao trânsito devido aos incêndios, segundo a GNR. No concelho de Penela, a A13 está interdita ao trânsito, entre os quilómetros 183 e 172, sendo a alternativa sair no nó de Alvaiázere e voltar a entrar no nó de Penela. Ainda na Autoestrada do Pinhal Interior, o trânsito está cortado na freguesia de Avelar, concelho de Ansião, entre os quilómetros 171 e 183. Outra auto-estrada interdita ao trânsito é a A25, na localidade de Chã de Tavares, no concelho de Mangualde, Viseu, entre os quilómetros 118 e 105.
Também devido aos fogos que lavram na região, no distrito de Castelo Branco, concelho da Sertã, a EN 238 está cortada e a alternativa é a EN 348, referiu à Lusa fonte da GNR. No concelho da Lousã, distrito de Leiria, está interdita a EN 236, via que está também cortada no concelho de Castanheira de Pera, pelo que a alternativa é o IC3. Finalmente, no concelho de Figueiró dos Vinhos está também cortada a EN 347, não havendo qualquer alternativa apontada pela GNR.
Incêndio de Pedrógão continua "preocupante" e há meios aéreos parados
"Mantém-se difícil a situação" do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande e que se alastrou esta segunda-feira para os distritos vizinhos de Castelo Branco e Coimbra. O balanço feito esta manhã pelo comandante operacional não trouxe alterações no número de vítimas mortais e de feridos, mas confirmou que as "condições meteorológicas adversas" não permitem que alguns dos meios aéreos disponíveis (incluindo de ajuda internacional) possam operar.
"Há locais a que não temos acesso [com meios terrestres] e, não havendo condições para os meios aéreos operarem, tornam este combate por vezes injusto. Vamos continuar as operações ao longo de todo o dia, mantendo este dispositivo com mais de 900 operacionais no terreno", resumiu Elísio Oliveira. Falando aos jornalistas em Avelar, no concelho de Ansião, o porta-voz admitiu que "todo o teatro de operações é preocupante" e prometeu "o empenho de todos para isto ficar o mais rapidamente resolvido e em segurança".
Google homenageia vítimas dos incêndios em Portugal
O motor de busca Google associou-se ao luto pelas vítimas dos fogos florestais dos últimos dias em Portugal. Na página inicial para pesquisa, em Google.pt., a multinacional tecnológica de origem americana colocou um laço preto com a mensagem: "Em homenagem às vítimas dos incêndios".
Mais de 2.150 operacionais combatem seis grandes fogos
Mais de 2.150 operacionais, auxiliados por 662 veículos e dez meios aéreos combatiam, às 08:30 de hoje, seis grandes incêndios nos distritos de Leiria, Coimbra, Castelo Branco e Bragança, segundo dados divulgados pela Autoridade Nacional da Protecção Civil.
O maior incêndio continua a ser o que lavra desde a tarde de sábado no concelho de Pedrógão Grande, que está a ser combatido por 1.105 operacionais, 343 viaturas e cinco meios aéreos. Já no distrito de Coimbra, onde estão em curso dois grandes fogos, a situação que envolve mais recursos verifica-se em Góis, com o fogo que deflagrou pelas 15:00 de sábado a ser combatido por 530 bombeiros, 153 veículos e quatro meios aéreos.
Em Oleiros (distrito de Castelo Branco) e em Vinhais (distrito de Bragança) há dois fogos classificados como "em resolução", por serem incêndios sem perigo de propagação para além do perímetro já atingido. Mobilizam, cada um deles, mais de uma centena de operacionais no combate às chamas.
Distritos afectados pelo fogo vão continuar com temperaturas altas e vento
Os distritos de Leiria, Santarém e Coimbra, fortemente afectados por incêndios, vão continuar esta segunda-feira com temperaturas elevadas, a rondar os 38 graus celsius, e vento que pode ser moderado a forte, disse à Lusa o meteorologista Bruno Café.
De acordo com o especialista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as temperaturas, a humidade e a velocidade do vento naqueles distritos [que estão sob 'aviso laranja' devido ao tempo quente] "não vai ser hoje muito diferente do registado no domingo".
"Em relação à temperatura, vai rondar os 38 graus de um modo em geral naqueles distritos. Vamos ter um dia com vento fraco, mas o que pode acontecer uma vez que continuamos com alguma instabilidade que gera alguma convexão que pode ter associadas rajadas de vento", disse o meteorologista à agência Lusa.
Dez pessoas retiradas de casa na aldeia de Aguda
Dez pessoas, três das quais acamadas, foram retiradas de casa pelos bombeiros na aldeia de Aguda, Figueiró dos Vinhos, devido ao incêndio que lavra naquela zona, disse o comandante das operações de socorro.
Em declarações aos jornalistas no posto de comando operacional localizado na localidade de Avelar, concelho de Ansião, Elísio Oliveira explicou que a operação - que estava em curso cerca das 04:45 desta segunda-feira, 19 de Junho, - foi realizada para garantir a segurança das pessoas e que estas "estão perfeitamente acompanhadas e salvaguardadas".
Pedrógão Grande: Fogo avança para distritos de Coimbra e Castelo Branco
O incêndio que deflagrou no sábado no concelho de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou esta segunda-feira para os distritos vizinhos de Castelo Branco e Coimbra, mantendo-se um balanço provisório de 62 mortos.
Segundo o balanço mais recente divulgado no domingo à noite, pela ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, 62 pessoas morreram e 62 ficaram feridas, duas delas em estado grave, na sequência do incêndio que afectou Pedrógão Grande e outros dois concelhos do distrito de Leiria.
Há ainda dezenas de deslocados, estando por calcular o número de casas e viaturas destruídas.
No distrito de Leiria, além de Pedrógão Grande, foram também afectados os concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
Já esta manhã, o comandante das operações de socorro, Elísio Oliveira, disse aos jornalistas que dez pessoas, três das quais acamadas, foram retiradas de casa pelos bombeiros na aldeia de Aguda, Figueiró dos Vinhos, devido ao incêndio que lavra naquela zona.
Este incêndio, que teve início no sábado em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, alastrou também para os distritos vizinhos de Castelo Branco e Coimbra.
As chamas chegaram ao distrito de Castelo Branco através do concelho da Sertã e ao de Coimbra pelo município de Pampilhosa da Serra.
Dado o impacto deste incêndio, o Ministério da Educação decidiu suspender as aulas e os exames nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos (distrito de Leiria), Sertã (Castelo Branco) e Pampilhosa da Serra (Coimbra).
Durante a noite, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) decidiu mudar o posto de comando operacional que estava instalado em Pedrógão Grande para o concelho de Ansião, também no distrito de Leira, alegando a necessidade de ter uma "melhor cobertura de rede".
A estrutura ficou localizada no mercado municipal da freguesia de Avelar, cerca de 20 quilómetros a oeste da localização anterior.
Também nas últimas horas, as autoridades reabriram todas as estradas do distrito de Leiria que estavam encerradas devido aos incêndios, mas manteve os cortes de vias nos distritos de Coimbra e Castelo Branco.
Pelas 6:00, a ANPC dava conta na sua página na Internet de 20 incêndios activos, que mobilizavam 2.341 operacionais, apoiados por 721 viaturas e dois meios aéreos.
O incêndio em Pedrógão Grande continuava, hoje de manhã, a ser o que mais meios mobilizava, com 971 operacionais, 304 viaturas e um meio aéreo.
Reaberta circulação em todas as estradas do distrito de Leiria
As estradas do distrito de Leiria que estavam encerradas devido aos incêndios foram reabertas, mas mantêm-se cortes de vias nos distritos de Coimbra e Castelo Branco, informou a Guarda Nacional Republicana (GNR) nesta madrugada de segunda-feira.
Em declarações à agência Lusa, pelas 04:20, fonte da GNR referiu que no distrito de Coimbra continuava cortada a circulação na A13 — Autoestrada do Pinhal Interior, entre o nó do Itinerário Complementar (IC) 8 e o nó de Penela (Coimbra) e na Estrada Nacional (EN)l236 na zona da Lousã.
A mesma fonte referiu que no distrito de Castelo Branco, permaneciam de madrugada os cortes na circulação no concelho da Sertã, nomeadamente na EN238 e na estrada municipal 237.
#PrayForPortugal
Na rede social Twitter, a hashtag #PrayForPortugal tem já 46,5 mil tweets. Já a menção a Pedrógão Grande conta com 101 mil tweets.
"Obrigado por todos os passos que já deram em frente sem terem a certeza que os voltariam a dar para trás." #PrayForPortugal ?? pic.twitter.com/gqKt6VZdrw
— Mara ? (@marabp12) 18 de junho de 2017
Juntos, vamos abraçar Portugal. #PrayForPortugal pic.twitter.com/I2j2kI8gmJ
— Miguel (@miguellccorreia) 18 de junho de 2017