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Número de vítimas ainda pode aumentar 24 horas depois do início do incêndio em Pedrógão Grande

Vinte e quatro horas depois de ter deflagrado, o incêndio de Pedrógão Grande (Leiria), que alastrou a concelhos vizinhos, provocou 62 mortos, 54 feridos e dezenas de deslocados, destruindo um número ainda incalculável de casas e viaturas.

Reuters
18 de Junho de 2017 às 14:10
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No último balanço, feito às 13:00 a partir do posto de comando sediado em Pedrógão Grande, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, informou que duas das vítimas morreram na sequência de um acidente numa das vias mais afectadas pelo fogo.


O secretário de Estado adiantou que se mantêm ativas quatro frentes, duas das quais "a arder com muita violência", e manifestou muita preocupação com os "ventos cruzados" que se faziam sentir no local, "um cenário exactamente igual" ao que ocorreu no sábado.


Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o fogo deflagrou em Escalos Fundeiros às 13:43 de sábado e, pelas 13:30 de hoje, estavam no local 692 operacionais, apoiados por 215 viaturas e seis meios aéreos.


O primeiro-ministro, António Costa, deslocou-se hoje a Pedrógão Grande, onde se reúne com as autoridades locais, para preparar as respostas a dar às populações afetadas pelo fogo.

A Polícia Judiciária (PJ), pela voz do seu diretor nacional, Almeida Rodrigues, afastou já a possível origem criminosa do incêndio.


"A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente, encontrámos a árvore que foi atingida por um raio", disse Almeida Rodrigues.


No país, foram canceladas iniciativas políticas e líderes partidários expressaram pesar.


O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, suspendeu a agenda até terça-feira.

As condolências a Portugal surgem de vários países da Europa, mas também de outros Estados estrangeiros.


Em Roma, o papa Francisco rezou pelos mortos e expressou a sua "proximidade ao querido povo português".


Já o presidente da Comissão Europeia manifestou o seu "profundo pesar" ao povo português e ao Presidente da República pela tragédia em Pedrógão Grande e outros concelhos vizinhos, numa carta a que a Lusa teve acesso.


"Neste momento de dor e consternação quero, em nome da Comissão Europeia e no meu próprio, transmitir a vossa excelência e ao Povo Português, os sentimentos do nosso profundo pesar, bem como a expressão da nossa mais sentida solidariedade pelo incêndio em Pedrógão Grande", lê-se na carta enviada por Jean-Claude Juncker a Marcelo Rebelo de Sousa.


De Bruxelas, o comissário europeu para a Ajuda Humanitária, Christos Stylianides, anunciou que a União Europeia (UE) está pronta ajudar Portugal, tendo já sido enviados aviões de combate a incêndios pelo Mecanismo de Proteção Civil europeu.


Numa resposta imediata a um pedido de assistência das autoridades portuguesas, o Mecanismo de Proteção Civil da UE foi ativado para providenciar aviões de combate a incêndios", disse o comissário, num comunicado, referindo que "a UE está pronta para ajudar".


Os jogadores da seleção portuguesa de futebol, que hoje joga na Rússia com o México para a Taça das Confederações, vão envergar braçadeiras pretas, cumprindo ainda um minuto de silêncio.

 

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