Notícia
62 mortos em Pedrógão Grande no 3.º incêndio mais mortífero da Europa
O incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 62 mortos. Parte das vítimas mortais eram turistas. Acompanhe os últimos desenvolvimentos ao minuto.
Reaberta circulação em todas as estradas do distrito de Leiria
As estradas do distrito de Leiria que estavam encerradas devido aos incêndios foram reabertas, mas mantêm-se cortes de vias nos distritos de Coimbra e Castelo Branco, informou a Guarda Nacional Republicana (GNR) nesta madrugada de segunda-feira.
Em declarações à agência Lusa, pelas 04:20, fonte da GNR referiu que no distrito de Coimbra continuava cortada a circulação na A13 — Autoestrada do Pinhal Interior, entre o nó do Itinerário Complementar (IC) 8 e o nó de Penela (Coimbra) e na Estrada Nacional (EN)l236 na zona da Lousã.
A mesma fonte referiu que no distrito de Castelo Branco, permaneciam de madrugada os cortes na circulação no concelho da Sertã, nomeadamente na EN238 e na estrada municipal 237.
#PrayForPortugal
Na rede social Twitter, a hashtag #PrayForPortugal tem já 46,5 mil tweets. Já a menção a Pedrógão Grande conta com 101 mil tweets.
"Obrigado por todos os passos que já deram em frente sem terem a certeza que os voltariam a dar para trás." #PrayForPortugal ?? pic.twitter.com/gqKt6VZdrw
— Mara ? (@marabp12) 18 de junho de 2017
Juntos, vamos abraçar Portugal. #PrayForPortugal pic.twitter.com/I2j2kI8gmJ
— Miguel (@miguellccorreia) 18 de junho de 2017
Ardeu mais de metade da área florestal de Figueiró dos Vinhos
Mais de metade da área florestal ardeu no concelho de Figueiró dos Vinhos, na sequência do incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, afirmou à agência Lusa o presidente da câmara.
"Seguramente, mais de metade da área florestal ardeu no meu concelho", disse o presidente do município, Jorge Abreu, considerando que terá ardido mais de 65% da área florestal dos três concelhos até agora mais afectados pelo incêndio: Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.
De acordo com o autarca, várias aldeias de Figueiró dos Vinhos foram afectadas pelo incêndio, mas na maioria dos casos terão ardido apenas os terrenos à volta das casas, como em Casal de São Simão, um ponto de atracção turística do concelho.
Em declarações à Lusa, Jorge Abreu referiu ainda que a situação "já não é tão grave como era" e que está "tudo mais ou menos controlado" no município que lidera. "Não tenho conhecimento de alguma situação crítica", vincou o autarca socialista.
Aldeias de Alvaiázere continuam ameaçadas pelas chamas
O incêndio em três localidades da freguesia de Maçãs de Dona Maria, concelho de Alvaiázere, distrito de Leiria, encontrava-se esta noite "numa situação muito delicada", disse à Lusa a presidente da câmara.
Em declarações à agência Lusa, cerca das 00:40, Célia Marques referiu que, àquela hora, as situações mais graves se registavam nas localidades de Tapada, Relvas e Charneca, que continuavam ameaçadas pelas chamas.
"Neste momento, a situação é muito delicada porque existem várias frentes, como um puzzle. Estamos muito preocupados", afirmou a autarca de Alvaiázere. Célia Marques ressalvou que os bombeiros "estão a fazer um trabalho incansável", lamentando que tenham "poucos meios para fazer o seu trabalho".
Itália envia dois aviões para ajudar a combater incêndios
Itália enviou dois aviões de combate a incêndios para ajudar as autoridades portuguesas a combater o fogo que afecta o centro do país e que já provocou 62 mortos e 62 feridos, dois deles em estado grave.
Os dois aviões anfíbios Bombardier 415 enviados por Itália descolaram durante a tarde de domingo do aeroporto de Ciampino, em Roma, anunciaram os bombeiros locais na rede social Twitter.
A participação da Itália no combate ao incêndio que atingiu três concelhos do distrito de Leiria realiza-se no âmbito do Mecanismo de Protecção Civil europeu, através do qual França também já ofereceu o apoio de três aviões. Ao início da tarde de hoje, provenientes de Espanha, chegaram dois aviões 'Canadair´, que estiveram empenhados no combate ao incêndio.
Actividades lectivas na Sertã e Pampilhosa também foram suspensas
Depois dos municípios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e - depois de auscultadas as autarquias e os responsáveis pelas comunidades educativas, tendo em conta os últimos desenvolvimentos - também nos municípios da Sertã e de Pampilhosa da Serra as atividades lectivas estão suspensas por tempo indeterminado, anunciou esta noite o Ministério da Educação em comunicado.
"Foi já assegurado que os alunos das comunidades educativas afectadas terão oportunidade de realizar os exames e provas em datas alternativas, estando acautelado que não serão prejudicados", acrescentou.
Onda de solidariedade está a criar problemas logísticos. Já há alimentos em excesso
A ministra da administração interna, Constança Urbano de Sousa, apelou a que as pessoas deixem de doar alimentos na sequência do incêndio que deflagrou sábado em Pedrógão Grande, "dado a vaga de solidariedade estar a criar problemas logísticos".
"Estamos a assistir a uma enorme vaga de solidariedade e é de louvar. No entanto, eu queria fazer um apelo: o facto de as pessoas estarem a dar muitos mantimentos está neste momento a causar-nos algumas dificuldades de logística porque ficámos com excesso de alimentação", disse aos jornalistas Constança Urbano de Sousa.
"As necessidades neste momento estão cobertas e seria necessário que se suspendesse esta vaga", disse a ministra, que reconheceu que esta situação em Pedrógão Grande "é muito difícil" e apelou "ao sentimento de solidariedade das pessoas", que "agradeceu profundamente". "Mas neste momento não são necessários mais bens alimentares para não termos aqui dificuldades de armazenamento", afirmou.
O fogo, que deflagrou às 13:43 de sábado, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, alastrou depois aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e entrou também no distrito de Castelo Branco, pelo concelho da Sertã.
O último balanço dá conta de 62 mortos civis e 62 feridos, dois deles em estado grave. Entre os operacionais, registam-se dez feridos, quatro em estado grave. Há ainda dezenas de deslocados, estando por calcular o número de casas e viaturas destruídas. O Governo decretou três dias de luto nacional, até terça-feira.
Associação Académica de Lisboa convoca toda a academia para acção solidária
"Na sequência da catástrofe natural que tem assolado as populações de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira-de-Pêra, a Associação Académica de Lisboa (AAL), em conjunto com as suas 40 associações de estudantes representantes de 100 mil estudantes, decidiu realizar uma mega recolha de águas, comida, bens de higiene e roupas e apela à mobilização de todos neste momento difícil para todo o país", informou a AAL em comunicado enviado às redacções.
A recolha de todos os mantimentos realizou-se durante o dia de domingo e terminará esta segunda-feira, 19 de Junho, às 17 horas, na sede da Associação Académica de Lisboa na Rua da Cintura do Porto de Lisboa, Armazém 1, Naves 3, 4 e 5, 1200-109 Lisboa.
Os bens recolhidos serão de seguida levados pelos estudantes até ao Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ansião.
"A Associação Académica de Lisboa endereça ainda as mais sinceras condolências a todos os familiares e amigos daqueles que, lamentavelmente, perderam a sua vida a lutar pela sua família e pela sua casa", diz ainda a nota da AAL.
Número de mortos confirmados aumentou para 62
O número de mortos no incêndio que atinge Pedrógão Grande e outros dois concelhos do distrito de Leiria desde sábado aumentou para 62, disse este domingo à noite a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. O balanço anterior era de 61 vítimas mortais.
Mais de 2.000 operacionais combatem principais fogos no país
Mais de 2.000 operacionais, apoiados por 620 veículos, combatiam pelas 22:15 deste domingo oito grandes incêndios que lavravam nos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Évora, Leiria e Santarém, segundo dados da Protecção Civil.
De acordo com a informação divulgada na página na Internet da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), as chamas que deflagraram cerca das 14:45 de sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, mobilizavam às 22:15 de hoje 880 operacionais e 275 veículos.
Ainda no distrito de Leiria, o fogo na localidade de Maçãs de Dona Maria, no concelho de Alvaiázere, que deflagrou pelas 20:40 de sábado, está a ser combatido por 104 homens, apoiados por 31 viaturas.
Em Coimbra, há dois grandes incêndios a lavrar nos concelhos de Penela e de Góis, a serem combatidos por um total de 590 operacionais, auxiliados por 187 veículos.
No concelho de Évora, as chamas lavram desde as 16:50 de hoje, mobilizando 108 efectivos e 33 viaturas.
Segundo informação da ANPC, existem três grandes fogos no distrito de Santarém, um dos quais activo no concelho de Abrã, estando 121 homens e 35 veículos no terreno.
Em fase de conclusão estão os incêndios que atingiram as freguesias de Ferreira do Zêzere e São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, mas mobilizam ainda 224 operacionais e 60 veículos.
Passos Coelho vai esta segunda-feira à Protecção Civil
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, desloca-se na segunda-feira à sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil. Passos Coelho cancelou este domingo todas as iniciativas partidárias para esta semana devido à tragédia. Fonte do partido explicou à Lusa que a deslocação de segunda-feira, marcada para as 11:00, "é uma iniciativa institucional para se inteirar de todos os esforços que a Protecção Civil tem feito nos últimos dias".
Na noite de sábado, Passos Coelho manifestou pesar e solidariedade pela evolução da situação trágica em Pedrógão Grande, durante um evento partidário que decorria em Ansião.
Moradores de Cernache preparam-se para noite complicada
A vila de Cernache do Bonjardim, no centro do país, está esta noite expectante com as chamas que lavram no norte do concelho, propagadas a partir do incêndio que nasceu sábado em Pedrógão Grande.
"Estamos à espera, os nossos bombeiros estão rebentados a combater os fogos noutros sítios e agora ele está a chegar", diz Manuel Silva, à beira da estrada nacional que atravessa a vila.
Junto ao quartel dos bombeiros da vila concentram-se pessoas, todas prontas para ajudar mas muitas sem saber como. Para a sede de concelho estão a chegar também moradores de aldeias a norte, próximas do fogo que lavra no limite com Figueiró dos Vinhos e a Sertã.
Chamas voltaram a alastrar e ameaçam várias casas em Alvaiázere
Várias casas da freguesia de Maçãs de Dona Maria, concelho de Alvaiázere, distrito de Leiria, encontram-se ameaçadas pelo incêndio que voltou a alastrar e três localidades estão a ser evacuadas, disse a presidente da câmara.
Em declarações à agência Lusa, cerca das 21:00, Célia Marques contou que a situação se agravou-se "consideravelmente" desde o final da tarde, quando o fogo parecia estar controlado, acrescentando que a "situação é caótica" e que, neste momento, "há casas em risco".
Os habitantes das localidades da Tapada, Casal Agostinho Alves e Relvas estão a ser retirados e encaminhados numa carrinha para a sede da Casa do Povo da freguesia, que fica numa zona mais urbana e segura.
A presidente da Câmara de Alvaiázere explicou que o incêndio se agravou também pelo facto de já não haver meios aéreos a operar, acrescentado que há também dificuldades ao nível das comunicações.
Santa Casa
A Secretaria de Estado da Administração Interna informa que quem procurar saber informações sobre pessoas na zona do incêndio deve contactar a Santa Casa de Pedrógão Grande.
SEAI: "Quem procura informação sobre pessoas na zona do incêndio, deve contactar a Santa Casa da Misericórdia de #Pedrogão Grande". https://t.co/pbpKMWRT9S
— Adm.Interna PT (@ainterna_pt) 18 de junho de 2017
Linha de Informações sobre a população acfetada pic.twitter.com/5ANIDAHhGU
— Fogos.pt (@FogosPt) 18 de junho de 2017
Guterres oferece ajuda das Nações Unidas
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou pesar pelas vítimas dos incêndios em Portugal, dizendo-se "chocado" com a tragédia, e disponibilizou o apoio daquela entidade, "no que for possível".
Numa declaração emitida a partir da sede da ONU sobre o sinistro, que provocou 61 mortos e mais de 50 feridos, António Guterres disse estar "chocado e horrorizado" com o número de vidas perdidas em três concelhos do distrito de Leiria.
Guterres disse que telefonou hoje de manhã ao Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, assim como ao primeiro-ministro, António Costa, para exprimir "profunda tristeza e condolências ao povo português", e fazendo votos da rápida recuperação dos feridos. "As minhas orações e pensamentos estão agora com as famílias das vítimas", acrescentou o secretário-geral da ONU.
António Guterres disponibilizou o apoio daquela organização "para assistir Portugal no que for preciso", e elogiou "o trabalho incansável" do Governo, dos bombeiros, dos profissionais de emergência e das organizações da sociedade civil "que estão a fazer de tudo para conter o incêndio e ajudar as pessoas que precisam".
Marcelo: Nesta hora de dor e combate, guardemos as interrogações que nos angustiam
O Presidente da República apelou à união do país nesta "hora de dor, mas também de combate", e pediu aos portugueses que guardem no imediato as interrogações que os angustiam sobre o incêndio no distrito de Leiria.
Numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou: "Nesta hora, há também interrogações e sentimentos que não podem deixar de nos angustiar, a começar por um sentimento de crescida injustiça, porque a tragédia atingiu aqueles portugueses de quem menos se fala, de um país rural, isolado, com populações dispersas, mais idosas, mais difíceis de contactar, de proteger e de salvar".
"Guardemos, contudo, no imediato, este e outros sentimentos que legitimamente nos sobressaltam, inconformistas que somos, no mais fundo do nosso coração", pediu.
"Sem os esquecermos, concentremos agora a nossa vontade no essencial: prosseguir o combate em curso, manter e alargar de forma activa e consequente a nossa solidariedade a todos quantos sofreram e ainda sofrem a tragédia, demonstrando que nos instantes mais difíceis da nossa vida como nação, somos como um só, por Portugal", acrescentou.
IC8 cortado de novo na zona de Alvaiázere
O Itinerário Complementar 8 (IC8) voltou hoje a ser cortado, cerca das 20:00, na zona de Alvaiázere, no distrito de Leiria, devido à ocorrência de incêndios, disse à Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR).
De acordo com a GNR, o IC8 no nó da zona industrial de Pedrógão Grande, foi reaberto ao trânsito cerca das 16:00, mas pelas 20:00 de hoje foi cortado na zona de Alvaiázere, ao quilómetro 73.
Além do IC8, sete estradas nos distritos de Leiria, Coimbra, Bragança e Castelo Branco estavam, cerca das 20:30, interditas ao trânsito, devido à ocorrência de incêndios, informou fonte da GNR, indicando que há vias com cortes em diferentes troços.
Liberty Seguros com Unidade Móvel de Apoio ao Cliente pronta
"Perante uma tragédia inigualável em Portugal, a Liberty Seguros apresenta as suas condolências aos familiares das vítimas que perderam a vida, bem como os que viram os seus bens fustigados pelas chamas nos concelhos de Pedrogão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera neste fim-de-semana", sublinha o comunicado enviado pela seguradora às redacções.
A situação está a ser acompanhada com regularidade pela Liberty Seguros no local e, "assim estejam reunidas as condições de segurança e as autoridades o permitam, será deslocada uma Unidade móvel de Apoio ao Cliente para as regiões afectadas. A Unidade Móvel e os representantes Liberty Seguros estarão disponíveis para qualquer esclarecimento no âmbito das perdas de familiares e bens móveis e imóveis", acrescenta.
"Esta presença no terreno pretende assim ajudar os nossos clientes afectados a retomar a normalidade tão breve quanto possível, identificando os casos no próprio local e acelerando os processos e pagamento de indemnizações", diz a seguradora.
Incêndio alastrou para a Sertã, entrando no distrito de Castelo Branco
A ministra da Administração Interna informou que este incêndio que deflagrou no sábado em Pedrogão Grande já se alastrou para o distrito de Castelo Branco, tendo entrado no concelho da Sertã.
Num ponto de situação aos jornalistas pouco depois das 20:00, Constança Urbano de Sousa adiantou que o trabalho de remoção das vítimas mortais - pelo menos 61 - está "praticamente concluído", estando os corpos a ser transportados para o Instituto de Medicina Legal de Coimbra.
Segundo a ministra, os 834 operacionais no terreno "estão a ser reposicionados" para combater durante a noite de forma eficaz este grande incêndio.
Constança Urbano de Sousa voltou a chamar a atenção para a existência de uma linha de emergência exclusiva para necessidades de alojamento - número 144 - e referiu a existência, no terreno, de seis pontos de atendimento da Segurança Social (mais um do que no anterior balanço): em Avelar, no campo de futebol, em Pedrógão Grande, na Santa Casa, em Figueiró dos Vinhos, no pavilhão gimnodesportivo, em Ansião, nos Bombeiros Voluntários, e dois em Castanheira de Pera, um na Santa Casa e outro no Lar São José.
O último balanço dá conta de 61 mortos civis e 62 feridos, dois deles em estado grave. Entre os operacionais, registam-se 10 feridos, quatro deles em estado grave. Há ainda dezenas de deslocados, estando por calcular o número de casas e viaturas destruídas.
Movimento solidário junta três entidades na recepção de bens
"Na sequência da catástrofe nacional a que assistimos e à qual ninguém poderá ficar indiferente, ocorreram conversações estreitas, mantidas durante o dia de hoje, entre três entidades instaladas na região, que se uniram e abriram um centro de recepção de bens, para que, na medida do possível, possam ajudar a amenizar os efeitos dos incêndios devastadores que ocorreram ontem e que continuam ao longo do dia de hoje", refere o comunicado conjunto dos três organismos enviado às redacções.
As instituições são a AHRESP – Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (delegação de Castelo Branco), o Banco Alimentar Contra a Fome (delegação de Castelo Branco) e a AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa (sede em Castelo Branco).
O espaço para a recepção dos bens funcionará, desde agora e diariamente, das 9H00 às 18H00, nas instalações da AEBB - Associação Empresarial da Beira Baixa (NERCAB) com sede na Avª do Empresário, Praça NERCAB, em Castelo Branco, refere o mesmo comunicado.
"Numa situação de catástrofe, como a que estamos a viver, todos os bens conseguidos representarão pouco para as necessidades", frisa o documento, salientando contudo que, para facilitar o armazenamento, as dádivas se centrem à volta de:
Produtos alimentares não perecíveis;
Frutas e legumes sem necessidade de frio imediato;
Equipamentos e materiais agrícolas diversos;
Vestuário;
Lençóis, mantas, toalhas entre outros;
Mobiliário;
Eletrodomésticos;
Materiais de construção diversos;
A gestão dos bens recepcionados será feita pelo Banco Alimentar.
Sete estradas cortadas nos distritos de Leiria, Coimbra, Bragança e Castelo Branco
Sete estradas nos distritos de Leiria, Coimbra, Bragança e Castelo Branco estavam, cerca das 19:15, interditas ao trânsito, devido à ocorrência de incêndios, disse fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR), indicando que há vias com cortes em diferentes troços.
O incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, está a provocar o corte do trânsito na Estrada Nacional 2 e na A13 - Autoestrada do Pinhal Interior, entre o nó do IC8 - Itinerário Complementar 8 e o nó de Penela (Coimbra), informou à agência Lusa fonte da GNR, indicando que existem condicionamentos nas estradas nacionais e municipais dos concelhos afetados pelo lavrar das chamas.
De acordo com a GNR, o IC8 - Itinerário Complementar 8, no nó da zona industrial de Pedrógão Grande, foi reaberto ao trânsito cerca das 16:00.
Já o fogo que lavra em Penela, no distrito de Coimbra, além de provocar o corte da A13, está a interditar o trânsito na Estrada Municipal 1202 e na Estrada Nacional 347. Ainda em Coimbra, o incêndio em Góis está a cortar o trânsito na Estrada Nacional 2, na localidade de Chã de Alvares, e na Estrada Nacional 112, na localidade de Cabeçadas.
No concelho da Lousã, também no distrito de Coimbra, o trânsito está interdito na Estrada Nacional 236, devido à ocorrência de incêndios.
No distrito de Bragança, na localidade de Vinhais está cortado o trânsito na Estrada Nacional 103. Em Castelo Branco, no concelho de Oleiros, está interdita a Estrada Nacional 112, por causa da ocorrência de incêndios.
Grupo Montepio garante 250 mil euros
"Vêm a Associação Mutualista Montepio, a Caixa Económica Montepio Geral e a Fundação Montepio, por este meio, anunciar o donativo no valor de 250 mil euros, destinado a apoiar as famílias atingidas por esta calamidade", informou o Grupo Montepio em comunicado.
A Associação Mutualista Montepio, a Caixa Económica Montepio Geral, a Fundação Montepio e a Lusitania - Companhia de Seguros "expressam o seu pesar e a sua solidariedade para com as famílias e amigos das vítimas da tragédia ocorrida no distrito de Leiria e, em particular, do concelho de Pedrogão Grande", acrescenta o documento.
Também a Lusitania - Companhia de Seguros se associa a esta iniciativa, "através da garantia da análise célere das situações de sinistro e da resposta tão breve quanto venha a revelar-se possível às necessidades das famílias cujas apólices se encontrem sob sua gestão".
André Villas-Boas doa 100 mil euros
O treinador português André Villas-Boas vai doar 100 mil euros às famílias das vítimas da tragédia ocorrida em Pedrógão Grande, no seguimento de um desafio que o próprio lançou através das redes sociais, avança o Record. O donativo, segundo o técnico do Shanghai SIPG, irá ser feito já na segunda-feira.
"Na sua página de Instagram, ao início do dia, Villas-Boas lançou o desafio aos seus fãs: com o recurso a uma foto, o técnico prometeu doar 10 euros por cada 'like' recebido naquela publicação. Os seguidores do técnico (que chegam a quase 85 mil) responderam presente e, poucos minutos depois, já aquela publicação - entretanto apagada - já tinha atingido os dez mil 'likes', registo que levou então o técnico a avançar com o donativo", acrescenta o jornal desportivo.
NB cria conta solidária na plataforma NB Crowdfunding
O Novo Banco, através da sua plataforma de solidariedade NB Crowdfunding, criou uma conta solidária de apoio às vítimas da tragédia em Pedrógão Grande para a qual decidiu fazer um donativo de 50 mil euros, informou em comunicado.
Dados desta conta solidária:
Conta Solidária Novo Banco 0003 40461950
IBAN PT50 0007 0000 0034046195023
114, linha de emergência
Na sua conta oficial do Twitter, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social dá conta da Linha Nacional de Emergência Social para necessidades de alojamento e informaões sobre postos apoio da Segurança Social no terreno.
Incêndio: 114 - Linha Nacional de Emergência Social para necessidades de alojamento e inf sobre postos apoio da Seg Social no terreno
— Trabalho PT (@trabalho_pt) 18 de junho de 2017
Marcelo Rebelo de Sousa fala ao país às 20:30
O Presidente da República vai fazer hoje uma comunicação ao país, pelas 20:30, sobre as consequências do incêndio que deflagrou no sábado no distrito de Leiria, que matou pelo menos 61 pessoas.
Marcelo Rebelo de Sousa vai falar a partir do Palácio de Belém, disse à agência Lusa fonte oficial da Presidência da República.
Parte dos mortos encontrados na estrada eram turistas
A vice-presidente da Câmara de Castanheira de Pera afirmou hoje que parte dos mortos que estavam nos carros na estrada que liga a vila ao Itinerário Complementar 8 (IC8) eram turistas que tinham ido à praia fluvial das Rocas.
"É uma tragédia que temo que se repita", disse à Lusa Ana Paula Neves, que se mostrou preocupada com a situação da vila, isolada há várias horas e sem qualquer tipo de comunicações activas.
"Estamos aqui sozinhos e está a arder tudo", desabafou, visivelmente emocionada, com críticas à actuação dos bombeiros. "Estamos isolados e desapoiados", disse, salientando que, durante o dia, não viu qualquer meio aéreo a operar naquele concelho do distrito de Leiria.
O presidente da direção dos Bombeiros de Castanheira de Pera concorda e vai mais longe: "se não fossem os castanheirenses ainda sobrava menos", disse Baltazar Lopes, responsável de uma corporação que conta com 65 voluntários num dos concelhos mais pequenos do país. "Mas não interessa os meios, o fogo como estava não dava para aguentar", disse.
Durante a tarde, os moradores nas aldeias do Torgal, Vilar e Fontosa foram retirados das suas habitações e estão a ser acolhidos em instalações da misericórdia local, explicou a vice-presidente da Câmara. Na vila, antigo centro fabril da indústria dos lanifícios, viam-se poucas pessoas nas ruas.
Millennium bcp abre conta solidária
O Millennium bcp acaba de abrir uma conta de solidariedade "para angariar fundos de apoio para as vítimas dos incêndios que causaram severos danos, humanos e materiais, na zona de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, neste fim-de-semana", informou em comunicado às redacções.
Para dar o seu contributo, poderá efectuar uma transferência bancária ou um depósito para a
Como realizar a transferência:
- através do site www.millenniumbcp.pt, clique em "Millennium bcp - Solidário com Pedrógão e Castanheira";
- pode utilizar os canais Mobile: App Millennium (IOS/Android) e Mobile Web;
- tem ao seu dispor a linha gratuita 800 910 130;
- ou ainda em qualquer sucursal Millennium bcp ou a rede Multibanco.
Os fundos recolhidos através desta conta de solidariedade serão distribuídos em articulação com as autoridades locais no apoio à reconstrução e reparação dos danos causados pelos incêndios, conclui o comunicado.
Unidades de queimados de Lisboa, Coimbra e Porto com 11 internados
Onze feridos estão hospitalizados em unidades de queimados de hospitais de Lisboa, Coimbra e Porto em consequência do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, informaram fontes hospitalar e governamental.
Segundo confirmou à agência Lusa o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, nas unidades de queimados de hospitais de Lisboa estão internados dois feridos em Santa Maria e um em São José, além de outros sete no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Um bombeiro também deu entrada, na madrugada de domingo, no Hospital da Prelada, no Porto, "com queimaduras na face e nos membros superiores e inferiores", informou fonte oficial da unidade. O ferido, oriundo de Castanheira de Pera, foi assistido no local e transportado para a unidade portuense devidamente estabilizado e apresentava, durante a tarde, "prognóstico reservado".
Seis feridos internados no CHUC estavam em estado grave, disse o presidente da unidade hospitalar, Fernando Regateiro, durante um balanço efetuado ao final da manhã, por ocasião de uma visita do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado. Dos seis feridos graves, cinco estavam nos cuidados intensivos com ventilação, adiantou a fonte hospitalar.
Dos 45 feridos que deram entrada nas unidades do CHUC, 12 deviam receber tratamento nos serviços de cirurgias plástica, 10 estavam em observação e 16 tinham já obtido alta médica.
Madeira manifesta "profundo pesar" pelas vítimas
O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), Tranquada Gomes, manifestou o seu "profundo pesar" pelas vítimas dos "violentos e mortíferos incêndios" que deflagraram no distrito de Leiria, em Pedrógão Grande.
Na nota divulgada pela ALM, Tranquada Gomes louvou "o trabalho de todos os bombeiros e forças de Proteção Civil empenhadas no combate" às chamas. "Neste momento de profunda consternação, os madeirenses, que têm na memória o pesadelo dos incêndios verificados na região no verão passado, expressam a sua solidariedade a todos os atingidos por esta brutal tragédia nacional e associam-se à sua dor", lê-se na nota.
A ALM informa ainda que, "tendo sido decretado luto nacional pelo período de três dias, com início hoje, pelas vítimas dos incêndios no município de Pedrógão Grande", não se realizará o plenário agendado para terça-feira [dia 20 de Junho].
Também a Câmara Municipal do Funchal endereçou hoje "a maior solidariedade" aos familiares e amigos" das vítimas dos incêndios em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria. "O Município do Funchal endereça a maior solidariedade aos familiares e amigos das vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande", refere a autarquia na sua página oficial no Facebook.
A CMF observa ainda que, "da mesma forma que em 2016 sentimos o coração dos nossos concidadãos do continente, podem nesta hora contar com o Funchal para a ajuda possível", concluindo com "uma palavra para a Autarquia de Pedrógão Grande, bem como às corporações de Bombeiros que dão o seu melhor nestas horas difíceis".
Ordem dos Dentistas oferece ajuda para identificar cadáveres
A Ordem dos Médicos Dentistas ofereceu ajuda às autoridades para a identificação dos cadáveres da tragédia dos incêndios na zona de Pedrógão Grande, disse à agência Lusa o bastonário.
Segundo Orlando Monteiro da Silva, os médicos dentistas, sobretudo com formação na área da medicina legal, podem ajudar a identificar cadáveres através dos dentes, sendo um dos meios "eficaz e rápido" de identificação.
O bastonário recordou que já no ano passado, nos fogos da Região Autónoma da Madeira, a Ordem ofereceu ajuda no trabalho da medicina legal, com identificação de cadáveres. "Temos disponíveis pessoas com formação nesta área e podemos mobilizar uma equipa", disse Monteiro da Silva, indicando que contactou o Ministério da Saúde e que poderá a Ordem ser contacta pelo Ministério da Justiça para ajudar.
Combate ao fogo já com 870 operacionais, 268 veículos e 10 meios aéreos
O combate ao incêndio de Pedrógão Grande (Leiria) foi esta tarde reforçado com mais operacionais, veículos e meios aéreos, segundo a Protecção Civil, que tem no teatro de operações 870 operacionais, 268 viaturas e 10 meios aéreos.
De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) às 18:00 estavam empenhados no combate às chamas 870 operacionais apoiados por 268 viaturas e 10 meios aéreos, números que, ao longo da tarde, têm sido várias vezes ampliados.
O fogo, que causou pelo menos 61 mortos e mais de 50 feridos, deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal em Escalos Fundeiros, Pedrógão Grande, e alastrou aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações e deixando-as isoladas.
Mais de 40 enfermeiros oferecem-se como voluntários
Mais de 40 enfermeiros ofereceram-se como voluntários para ajudar as vítimas do incêndio da zona de Pedrógão Grande, estando a Ordem e a administração de saúde do Centro a preparar a forma de distribuir estes profissionais.
Em declarações à agência Lusa, a bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, explicou que tem estado desde madrugada em contacto com o ministro da Saúde, uma vez que várias unidades receberam feridos do incêndio, que começou no sábado na zona de Pedrogão Grande, onde já morreram pelo menos 61 pessoas.
Vários enfermeiros começaram a contactar a Ordem no sentido de se oferecerem para "doar o seu tempo", acudindo aos feridos e a familiares de vítimas, nomeadamente através do colégio de Saúde Mental da Ordem.
Ministro da Agricultura convoca reunião para analisar medidas de apoio
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, convocou uma reunião interna para avaliar possíveis medidas de apoio, no seguimento do incêndio de Pedrógão Grande, que já provocou pelo menos 61 mortos.
"Capoulas Santos esteve hoje no terreno, acompanhado pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, e convocou já uma reunião interna para analisar a situação e abordar possíveis medidas de apoio, bem como a respetiva implementação, tendo em conta a evolução dos acontecimentos", segunda uma nota do Ministério enviada à Lusa, sem indicar a data do encontro.
De acordo com o comunicado, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural "tem estado a acompanhar em permanência" a evolução do incêndio de Pedrógão Grande e manifestou pesar pela tragédia.
"O ministro lamenta profundamente as mortes dos cidadãos na sequência do incêndio e manifesta total solidariedade para com as famílias enlutadas, para com os municípios que estão a ser afetados por esta catástrofe e para com os bombeiros que combatem as chamas", diz ainda o comunicado do Ministério.
Evacuada aldeia de Vale Pereiras
A localidade de Vale Pereiras, no concelho da Pampilhosa da Serra, está a ser evacuada devido à proximidade de um fogo que lavra naquele concelho desde sábado, disse à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal, José Brito.
"Para já estamos a evacuar a povoação de Vale Pereiras porque o fogo está bastante próximo, mas esperamos que não aconteça o pior", referiu. José Brito adiantou que as pessoas estão a ser encaminhadas para a sede do concelho.
O autarca explicou ainda que este incêndio teve início da tarde de sábado na freguesia de Álvares, concelho de Góis, tendo acabado por entrar no concelho da Pampilhosa da Serra.
Segundo referiu, o incêndio continuava, cerca das 17:00, a progredir "com muita intensidade e em diferentes frentes", quer no concelho da Pampilhosa da Serra, quer no concelho de Gói, ambos do distrito de Coimbra.
Isabel dos Santos solidária com as famílias das vítimas
A empresária angolana Isabel dos Santos também já manifestou o seu pesar, através da sua conta no Twitter.
"O meu coração e pensamento estão com as famílias das vítimas desta terrível tragédia", escreveu.
My heart and mind are with the families of the victims of this terrible tragedy. #sorrow #support #portugal #victims pic.twitter.com/RAYDiX7J0U
— Isabel Dos Santos (@isabelaangola) 18 de junho de 2017
Caixa anuncia quatro medidas para apoiar vítimas
Além da abertura de conta e da campanha solidária no multibanco, a Caixa Geral de Depósitos decidiu desenvolver uma série de medidas de modo a atenuar os impactos desta tragédia, nomeadamente:
1 - Aos Clientes CGD (com crédito à habitação) com habitação destruída será atribuída uma moratória de capital e juros até 2 anos;
2 - Antecipação de reembolso da seguradora para despesas imediatas, para clientes e não clientes da CGD.
3 - Concessão de uma linha de crédito com limite máximo de 50.000 euros com uma taxa de até 75% (desconto de 25% sobre a taxa praticada) das taxas em vigor para Crédito à Habitação, com prazo de 7 anos taxa fixa e maturidade de 7 anos, destinada a compra de equipamentos e obras de reabilitação. Esta linha é passível ser extensível a um maior montante, avaliado caso a caso de forma a responder eficazmente a cada caso concreto. Esta medida, estará igualmente disponível para as empresas afetadas.
4 - A CGD está ainda a fazer um levantamento do parque de imóveis de modo a encontrar para os desalojados nas regiões afetadas pela tragédia.
Gulbenkian cria fundo com dotação inicial de 500 mil euros para a região
A Fundação Calouste Gulbenkian decidiu constituir um fundo especial de 500 mil euros, para apoio às organizações da sociedade civil da região de Pedrógão Grande, afetada pelos incêndios deste fim de semana.
Em comunicado, a Fundação informou que os 500 mil euros são a dotação inicial do fundo, e servem para "ajudar a minimizar as consequências" dos incêndios e da tragédia que afetou os municípios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, onde morreram pelo menos 61 pessoas.
"Em contacto com a União das Misericórdias Portuguesas, a Fundação está neste momento a acompanhar e a avaliar a situação no terreno", indica a nota hoje divulgada.
A Fundação Calouste Gulbenkian aproveitou ainda para expressar o seu pesar pelas vítimas dos incêndios.
O fogo em Pedrógão Grande, que causou pelo menos 61 mortos, deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão (distrito de Leiria), e alastrou-se aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações ou deixando-as isoladas.
Três aldeias evacuadas num “combate sem tréguas” ao fogo
A ministra da Administração Interna afirmou hoje que foram evacuadas três aldeias devido ao incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, elogiando o trabalho dos bombeiros num "combate sem tréguas" ao fogo.
De acordo com Constança Urbano de Sousa, o incêndio lavra com "quatro frentes ativas", duas das quais já estavam dominadas, mas reacenderam, devido às "condições meteorológicas muito adversas".
Em declarações aos jornalistas, a ministra da Administração Interna indicou que foram evacuadas três aldeias. Fonte dos bombeiros precisou que as três aldeias evacuadas são Graça e Derreada Cimeira, no concelho de Pedrógão Grande, e Alge, em Figueiró dos Vinhos.
Misericórdias podem acolher desalojados nos distritos de Leiria e Coimbra
As misericórdias portuguesas vão poder acolher os desalojados dos incêndios que lavram nos distritos de Leiria e Coimbra, disse hoje à agência Lusa o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
"Fizemos já um levantamento de quantas pessoas podemos acolher, eu já tenho esse resultado no distrito de Coimbra e, numa primeira fase, podemos acolher de imediato cerca de 100 pessoas", disse Manuel Lemos.
Sobre as pessoas que as misericórdias podem acolher no distrito de Leiria, o presidente da UMP acrescentou que o número deve ser semelhante ao de Coimbra, pelo que está convicto de que pode acolhê-las "todas".
A não ser que o número de desalojados aumente exponencialmente, observou Manuel Lemos.
A julgar pelo que tem ouvido na comunicação social, o presidente da União das Misericórdias disse que o número de desalojados deve rondar os 250 e que, sendo assim, a instituição que dirige pode acolhê-los a todos nos distritos a que pertencem.
Manuel Lemos acrescentou que nos concelhos onde existem incêndios as misericórdias "estão a trabalhar a um milhão por cento", tanto para acolher as pessoas, como para apoiar os que combatem os fogos.
Além disso, as misericórdias estão a funcionar como retaguarda umas das outras nos distritos de Coimbra e de Leiria, os mais fustigados pelos fogos, observou.
Costa anuncia quatro centros operacionais da Segurança Social no terreno
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que serão instalados no terreno quatro centros operacionais da Segurança Social em Pedrógão Grande, Avelar, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com os autarcas de Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa e Pedrógão Grande, o primeiro-ministro explicou que estes centros terão "condições para dar resposta quer a alojamentos de emergência quer a apoios sociais de emergência que sejam necessários", na sequência do incêndio que deflagrou na região e já fez, pelo menos, 61 mortos.
O primeiro-ministro anunciou ainda que "ficam encerrados por tempo indeterminado" os estabelecimentos de ensino dos concelhos de Pedrógão, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
António Costa acrescentou que todos os alunos residentes nestes concelhos – independentemente de onde estudam – que tivessem provas de exame ou de aferição na próxima semana terão as suas provas adiadas.
"Em devida altura, serão remarcadas para que as possam realizar nas melhores condições", referiu, pedindo às rádios que transmitissem estas duas informações, uma vez que em muitas aldeias não há luz elétrica e a rádio é a única fonte de informação das populações.
Jogadores da Selecção solidários
A FPF, os jogadores, os treinadores e o staff decidiram juntar uma verba para entregar ao município de Pedrógão Grande
— Portugal (@selecaoportugal) 18 de junho de 2017
Mais de 1.600 bombeiros em combate aos cinco principais fogos
Mais de 1.600 operacionais, apoiados por cerca de 500 viaturas e 18 meios aéreos, combatiam, pelas 15:50, os cinco principais incêndios que lavravam em Portugal continental, nos distritos de Leiria, Castelo Branco e Coimbra.
De acordo com a informação divulgada na página da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), na internet, o fogo que deflagrou no sábado, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e que provocou 61 mortos, era o que mobilizava mais meios, sendo combatido por 766 operacionais, 237 veículos e seis meios aéreos.
Estes são mais dois meios áereos do que os registados pelas 12:00.
Aulas e exames suspensos por tempo indeterminado em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera
As aulas e os exames nos municípios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera estão suspensos a partir de segunda-feira e por tempo indeterminado, informou hoje o Ministério da Educação.
"Foi já assegurado que os alunos das comunidades educativas afetadas terão oportunidade de realizar os exames e provas em datas alternativas, estando acautelado que não serão prejudicados", indica uma nota do Ministério enviada à agência Lusa.
Estes três municípios estão a ser afetados desde sábado por um incêndio que já provocou, pelo menos, 61 mortos.
O Ministério da Educação informa que as aulas estão suspensas a partir de segunda-feira, não indicando até quando, uma vez que a situação será avaliada dia a dia.
O ministro da Educação está a contactar os diretores de agrupamento das escolas dos concelhos mais atingidos pelos incêndios, indicando que é fundamental que as escolas se possam concentrar no acompanhamento aos alunos, professores e funcionários.
"O Ministério da Educação lamenta profundamente a tragédia ocorrida na Região Centro, manifestando sentido pesar e solidariedade com todos os afetados, nomeadamente as comunidades educativas", indica o comunicado.
O fogo em Pedrógão Grande deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão (distrito de Leiria), e alastrou-se aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações ou deixando-as isoladas.
Incêndio de Pedrógão Grande é o terceiro mais mortífero da Europa
O incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, é o que mais vítimas mortais provocou nas últimas décadas, em Portugal, e um dos mais graves a nível mundial, nos últimos anos, com pelo menos 62 mortos e 54 feridos.
A nível europeu, o fogo de Pedrógão Grande é apenas ultrapassado, em número de vítimas, pelos incêndios na Grécia, durante o verão de 2007, que provocaram a morte de 77 pessoas, e pelos fogos na Aquitânia, em França, há quase 70 anos, quando morreram 82 pessoas. Na Rússia, em 2010, os incêndios de verão causaram perto de seis dezenas de vítimas mortais.
Eis um resumo dos incêndios florestais que causaram mais mortos ocorridos no mundo:
2010
Rússia – Cerca de seis dezenas de pessoas morreram em incêndios que devastaram, entre o final de julho e o final de agosto, mais de um milhão de hectares de floresta e pântanos, queimando aldeias inteiras na zona ocidental do país, que enfrentava uma onda de calor e uma seca sem precedentes.
2009
Austrália – De 07 a 11 de fevereiro, pelo menos 173 pessoas morreram em incêndios no sudeste, nomeadamente no Estado de Victoria, onde cidades inteiras e mais de 2.000 casas foram destruídas. O fogo durou várias semanas, tendo sido contido por milhares de bombeiros e voluntários. Foi um dos piores incêndios no país.
2007
Grécia – 77 pessoas morreram no final de agosto em incêndios florestais sem precedentes, que destruíram 250.000 hectares, no Peloponeso (sul) e na ilha de Eubeia (a segunda do mar Egeu em superfície, a nordeste de Atenas). Foram os incêndios mais graves ocorridos na Grécia, nos últimos anos.
1987
China – Em maio, o mais grave incêndio florestal da história recente do país causou pelo menos 119 mortos no nordeste, além de 102 feridos e 51.000 desalojados.
1949
França – Em agosto, nos Landes, na região da Aquitânia (sudoeste), morreram 82 pessoas que combatiam os fogos. As vítimas – bombeiros, voluntários e 23 militares do 33.º regimento de artilharia de Châtellerault – foram apanhados por uma "nuvem de fogo" causada por uma mudança súbita na direção e intensidade dos ventos.
1871
Estados Unidos – O incêndio florestal mais mortífero parece ter sido o de outubro deste ano em Peshtigo (Wisconsin), que causou entre 800 e 1.200 mortos, segundo as estimativas. O fogo, que tinha deflagrado na floresta há uns dias, destruiu em algumas horas a localidade de 1.700 habitantes, bem como outras 16 vilas, numa área de mais de 500.000 hectares.
Minuto de silêncio em Kasan
Cumpriu-se um minuto de silêncio antes do confronto entre Portugal e o México em Kasan, na Rússia, para a Taça das Confederações.
61 mortos confirmados mas número de vítimas vai aumentar
O primeiro-ministro deu esta tarde conta de uma revisão em baixa do número de vítimas, para 61, devido à existência de um registo duplicado. Contudo, António Costa alertou que o número de vítimas vai aumentar, pois várias aldeias fustigadas pelo incêndio ainda não foram analisadas.
"Muito provavelmente o número de vítimas será superior, mas neste momento o número confirmado não são 62 mas 61 – um dos registos tinha sido duplicado –, mas não vale a pena alegrarmo-nos com isso porque iremos, certamente, encontrar mais vitimas no terreno", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas no local.
estradas cortadas
Oito estradas nos distritos de Leiria, Coimbra, Castelo Branco e Santarém estavam, cerca das 15:30, cortadas ou condicionadas ao trânsito devido aos incêndios, disse à Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR).
De acordo com o oficial de serviço da GNR, o incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, está hoje a provocar o corte do trânsito no Itinerário Complementar 8, no nó da zona industrial, e na Estrada Nacional 2, entre os quilómetros 290 e 298.
No distrito de Coimbra, a A13 está cortada ao trânsito entre o quilómetro 172 e 183, o mesmo acontecendo com a Estrada Municipal 1202, na localidade de São João do Deserto, existindo restrições ou condicionamentos do trânsito na Estrada Nacional 347, devido aos incêndios no concelho de Penela.
Ainda no distrito de Coimbra, o fogo obrigou também ao corte da Estrada Nacional 112, na localidade de Cabeços, no concelho de Góis.
Segundo a GNR, no distrito de Castelo Branco, a Estrada Nacional 112 está cortada entre os quilómetros 51 e 55, e no distrito de Santarém, o trânsito foi interditado na Estrada Nacional 238, na localidade de Vales, devido à ocorrência de incêndios.
Figueiró dos Vinhos sem mãos a medir para combater fogo
O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, afirmou hoje à Lusa que às 15:30 vários reacendimentos aproximaram as chamas da sede do concelho e das localidades de Alge e de Vale do Rio.
"A situação está muito complicada e não temos mãos a medir", afirmou o autarca Jorge Abreu.
Neste momento, na zona há quatro frentes ativas, localizadas em Pedrógão Grande, norte de Castanheira de Pera, Vale do Rio e junto ao IC8 - Itinerário Complementar 8, que está cortado.
Santuário vai disponibilizar ajuda monetária
O santuário de Fátima anunciou hoje que vai disponibilizar ajuda monetária às populações afetadas pelo incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.
"Acompanhamos as vítimas, os desalojados, os feridos e os que perderam algum ente querido com a nossa oração, mas também materialmente iremos disponibilizar ajuda monetária", afirmou o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, citado numa nota da sala de imprensa do templo.
Segundo Carlos Cabecinhas, "tão rapidamente quanto possível, concretizar-se-á esta ajuda para poder fazer face às necessidades daqueles que foram tão duramente atingidos por esta tragédia"
"Não podemos, de modo algum, ficar indiferentes diante destes acontecimentos", adiantou o reitor, pedindo que "em todas as celebrações oficiais do santuário se reze pelas vítimas mortais e seus familiares, bem como pelos feridos".
Jorge Lacão expressa "profundos sentimentos" do parlamento à população
O vice-presidente da Assembleia da República Jorge Lacão expressou hoje os "profundos sentimentos" do parlamento ao "povo martirizado" dos concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
Jorge Lacão, que falava aos jornalistas junto ao posto de comando de operações instalado na zona industrial de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, disse que depois de falar com o comandante operacional e com aqueles que estão no terreno e dirigem os trabalhos de combate ao incêndio, todos foram unânimes em reconhecer que esta situação "não tem paralelo na memória daqueles que há muitos anos combatem incêndios".
"Estes homens de coragem, bombeiros e agentes da proteção civil, tudo estão a fazer para procurar minimizar este incêndio sem paralelo no nosso país", disse.
Já o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, sublinhou que ainda podem surgir mais vítimas: "Vamos fazer a inspeção casa a casa, residência a residência. O incêndio deflagrou na hora da sesta".
Visivelmente consternado, o autarca adiantou que o concelho de Pedrógão Grande ficou devastado.
Antigo comandante admite que "não havia meios suficientes" face à situação
O antigo comandante dos Bombeiros de Pedrógão Grande, João Dias, lamentou hoje a tragédia que atinge o concelho e outros dois municípios do distrito de Leiria, admitindo que contra a situação vivida nas últimas horas "não havia meios suficientes".
"O vento era muito forte, era como o diabo, que corria mais do que nós", desabafou João Dias, em declarações à agência Lusa.
No vizinho concelho da Sertã, Rute Silva, viu o seu marido ajudar no combate às chamas que deflagraram no sábado em Pedrógão Grande e que provocaram, segundo o último balanço oficial, 62 mortos e 54 feridos.
"Não podíamos ficar sozinhos. Somos uns para os outros", diz a moradora, que há quase 24 horas não vê o marido.
Apesar da ausência, a mulher não se mostra preocupada, porque ambos já estão "habituados a estas crises" e o marido já foi bombeiro.
"Agora anda por aí, mas ajuda a limpar terrenos e a acalmar os mais velhinhos", diz Rute Silva.
Presidente da Liga dos Bombeiros pede fruta e bens frescos
No centro de Pedrógão Grande, hoje, há pouca gente nas ruas da vila do distrito de Leiria.
"Quem tem coisas para segurar, fica em casa. Quem não tem, vai ajudar", explicou António Santos, reformado, sentado num banco de jardim.
Junto ao posto de comando, ao início da tarde, começavam a chegar bens de primeira necessidade.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, apelava às pessoas para que entreguem fruta e bens frescos para ajudar os homens envolvidos nas operações de combate às chamas.
"Tudo o que for fresco é bem-vindo", disse o dirigente dos bombeiros.
Caritas disponibiliza 200 mil euros
A Caritas portuguesa anunciou hoje que tem já disponível uma verba de 200 mil euros para apoiar as vítimas dos incêndios que lavram na zona de Pedrógão Grande, desde sábado.
"Quem necessitar pode dispor desses 200 mil euros", que pertencem à Cáritas Nacional. "Mas sabemos que em todas as dioceses, por iniciativa própria, se disponibilizam verbas que estejam na posse destas instituições" e que "podem ser postas à disposição".
"A seguir a isto, o grande trabalho vai ser reconstruir casas, devolver os trabalhos perdidos, ajudar pessoas que perderam os seus familiares", afirmou Eugénio da Fonseca, que recusa que o setor social substitua os apoios oficiais.
E necessário "acionar os mecanismos legais", para agilizar os procedimentos burocráticos. "Estou a pensar nas seguradoras e peço que assumam os seus compromissos e não se percam em burocracias. Tudo o que tiver seguro deve ser suportado pelo seguro", disse Eugénio Fonseca à agência Lusa.
Nas próximas horas, será anunciada uma conta solidária da Caritas, explicou Eugénio Fonseca, que se mostra indignado com as consequências dos fogos todos os anos a que a instituição tem que acudir.
Macron e Tsipras enviam mensagens de solidariedade
O Presidente da República de França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, enviaram hoje mensagens de solidariedade ao líder do executivo português, António Costa, pelas vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, que deflagra desde sábado.
De acordo com fonte oficial do Governo, entre o final da manhã e o início da tarde de hoje chegaram igualmente mensagens dos primeiros-ministros de Itália e Suécia, respetivamente Paolo Gentiloni e Stefan Löfven.
Esta manhã telefonaram a António Costa os primeiros-ministros de Espanha, Mariano Rajoy, e
da Alemanha, Angela Merkel, deixando palavras de condolência na sequência da tragédia do incêndio que começou no sábado naquele muncípio do distrito de Leiria.
Cristas afirma que este é o tempo de o país estar unido
A presidente do CDS-PP afirmou hoje que este é o tempo de o país estar unido no luto pelas vítimas do incêndio no distrito de Leiria e no apoio às forças que o combatem no terreno.
"Por isso mesmo, também no CDS decidimos cancelar toda a agenda política", adiantou Assunção Cristas. Os centristas não terão iniciativas durante toda esta semana.
Assunção Cristas falava aos jornalistas na sede do CDS-PP, em Lisboa, onde a bandeira nacional foi colocada a meia haste, em observância do luto nacional de três dias decretado pelo Governo, entre hoje e terça-feira.
Tendo ao seu lado o líder da bancada parlamentar centrista, Nuno Magalhães, e o vogal da Comissão Executiva Pedro Mota Soares, a presidente do CDS-PP declarou: "Hoje estamos todos unidos no luto nacional por esta tragédia que está a assolar o centro do nosso país, no distrito de Leiria".
"É o tempo para estarmos unidos em luto pelas famílias, pelos amigos, e também unidos junto daqueles que estão a combater no terreno, Proteção Civil e bombeiros, em condições tão árduas e tão difíceis", completou.
"E eu queria reiterar as condolências, os sentimentos profundos que já fui deixando nas últimas horas nas redes sociais", acrescentou.
Caixa cria conta solidária
A Caixa Geral de Depósitos anunciou a criação de uma conta solidária - unidos por Pedrogao - com os seguintes dados:
Conta Solidaria Caixa 0001 100000 330
IBAN PT50 0035 0001 00100000330 42"
O banco público doou 50 mil euros para apoiar as vítimas da tragédia e diz que vai também criar condições diferenciadas para os seus clientes atingidos pela calamidade.
MNE
O Ministério dos Negócios Estrangeiros colocou à disposição de todas as Embaixadas e Consulados acreditados em Portugal um ponto de contacto telefónico específico. Através deste ponto de contacto, serão comunicadas todas as informações disponíveis sobre as situações relativas ao incêndio de Pedrógão Grande que tenham envolvido cidadãos nacionais de outros países, à medida em que essas informações forem sendo obtidas, refere o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros numa nota enviada à comunicação social.
Ferro Rodrigues convoca conferência de líderes para reagendar trabalhos na AR
O presidente da Assembleia da República convocou para terça-feira uma conferência de líderes extraordinária para reagendamento dos trabalhos do parlamento, devido à tragédia ocorrida na zona de Pedrógão Grande, informou fonte do gabinete de Eduardo Ferro Rodrigues.
Pelo menos 62 pessoas morreram no incêndio que atinge Pedrógão Grande e outros dois concelhos do distrito de Leiria desde sábado, disse hoje, cerca das 13:00, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
Em Pedrógão Grande está, desde manhã, em representação do presidente do parlamento, o vice-presidente da Assembleia da República Jorge Lacão, porque Ferro Rodrigues se encontra ausente do país.
Jorge Lacão está em Pedrógão Grande acompanhado por deputados da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar.
Aviões espanhóis chegaram e franceses esperados durante a tarde
Dois aviões ‘Canadair’ espanhóis já estão empenhados no combate ao incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e durante a tarde de hoje deverão chegar três meios aéreos franceses, disse a Proteção Civil.
Fonte da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) afirmou à agência Lusa que é possível que Espanha envie "mais um ou dois" destes meios aéreos para ajudar no combate ao fogo, acrescentando que durante a tarde, deverão chegar ao teatro de operações mais dois ‘Canadair’ e um meio aéreo, estes três vindos de França.
De acordo com a informação divulgada na página na Internet da ANPC, as chamas que deflagraram às 14:43 de sábado, em Pedrógão Grande, mobilizavam às 13:50 de hoje quase 773 operacionais, 226 veículos e seis meios aéreos.
cm mortos
Segundo o Correio da Manhã, Pelo menos 39 corpos já foram recolhidos após o incêndio que continua a lavrar em Pedrógão Grande e em localidades vizinhas. Cinco vítimas mortais já foram identificadas, conta fonte da Polícia Judiciária ao CM, adiantando que a identificação de todos os mortos através de amostras de ADN será difícil, uma vez que os corpos encontram-se carbonizados.
Prioridade tem de ser dada ao combate ao incêndio e identificação das vítimas
O primeiro-ministro defendeu hoje que a prioridade tem de ser o combate ao incêndio que deflagrou no sábado, em Pedrógão Grande, que causou pelo menos 62 mortos, e a identificação das vítimas, admitindo que o número possa ainda subir.
"Chegará o momento de apurar o que aconteceu", afirmou António Costa, à entrada de uma reunião na Câmara Municipal de Pedrógão Grande (distrito de Leiria), salientando que sábado foi "um dia de risco, com mais de 156 incêndios".
Para o primeiro-ministro, a prioridade tem de ser dada ao combate aos incêndios que estão ativos e à identificação das vítimas, tendo referido: "não só as encontradas, como as que porventura ainda iremos encontrar".
O chefe do executivo salientou ainda que existem zonas do terreno ainda inacessíveis devido ao incêndio que continua a lavrar com violência.
Por outro lado, destacou, há outras prioridades atualmente como prevenir o que poderá acontecer hoje à tarde – com previsões de condições climatéricas semelhantes às de sábado –, e começar a trabalhar com os presidentes de Câmara.
"É isso que venho aqui fazer, para começar a dar a resposta às populações em termos de alojamento de emergência, em termos de assegurar rendimento, restabelecimento das produções e infraestruturas", afirmou António Costa, que será acompanhado nesta reunião pelo secretário de Estado da Segurança Social, pelo ministro da Agricultura e pelo ministro do Planeamento.
Autoridades muito preocupadas com ventos cruzados
O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes afirmou que o incêndio se mantêm com as quatro frentes activas, duas delas a arder "com muita violência" e duas em que os bombeiros estão a conseguir ganhar terreno.
No entanto, Jorge Gomes alertou que as autoridades estão muito preocupadas porque se estão a levantar ventos cruzados, situação que se verificou no sábado e que terá estado na origem deste grande incêndio que deflagrou em Pedrogão Grande.
Sobre a origem do incêndio, o governante afirmou que, numa primeira análise, a Polícia Judiciária transmitiu que "foi um raio de trovoada seca que rachou uma árvore" e terá começado aí o incêndio que ainda lavra com violência.
Questionado sobre as dificuldades sentidas no combate ao fogo, Jorge Gomes diz que estão a ser utilizados os meios que as circunstâncias permitem e, depois de os meios aéreos não terem podido atuar logo desde as 08:00 devido a uma cortina de fumo, um Canadair espanhol já está neste momento no local.
"Estamos a lutar, os nossos operacionais de excelência estão a lutar e vamos vencer esta luta", afirmou.
Sobre a área ardida, Jorge Gomes disse que já foi feita uma primeira vistoria mas uma análise mais minuciosa terá de esperar.
"Cada coisa a seu tempo, há uma coisa que neste momento é fundamental: que nenhum operacional sofra qualquer acidente, e que ninguém mais dos nossos cidadãos deixe de estar protegido", apelou.
Jorge Gomes acrescentou que no local estiveram membros da comissão parlamentar de Agricultura, que possui um grupo de trabalho para os incêndios, que vieram transmitir a sua solidariedade.
De acordo com o último balanço, o incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande causou ainda 54 feridos.
Posto de Comando do incêndio de Pedrogão pic.twitter.com/kO3CHClGoM
— Adm.Interna PT (@ainterna_pt) 18 de junho de 2017
Três dias de luto nacional
O Governo decretou três dias de luto nacional devido à tragédia em Pedrógão Grande, que provocou pelo menos 62 vítimas mortais e várias dezenas de feridos.
"O Conselho de Ministros aprovou hoje o Decreto que declara luto nacional nos dias 18, 19 e 20 de junho pelas vítimas do incêndio que deflagrou no Município de Pedrógão Grande e afectou vários concelhos do nosso país, provocando a perda irreparável de vidas humanas", refere uma nota da Presidência do Conselho de Ministros, acrescentando que este decreto "produz efeitos a partir do dia 18 de junho de 2017 e entra imediatamente em vigor".
Seis dos feridos internados em Coimbra estão em estado grave
Seis feridos do incêndio de Pedrógão Grande dos que se encontram internados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) estão em estado grave, disse o presidente deste centro, Fernando Regateiro.
Desses seis feridos graves, cinco estão nos cuidados intensivos com ventilação.
No Hospital Pediátrico de Coimbra encontra-se internada uma criança de 4 anos, com queimaduras que atingem um sexto do corpo, mas o seu estado de saúde está a evoluir favoravelmente, segundo o mesmo responsável.
Dos 45 feridos que deram entrada nas unidades do CHUC, 12 vão receber tratamento nos serviços de cirurgias plástica, dez estão em observação e 16 já tiveram alta médica.
Fernando Regateiro fez este balanço aos jornalistas durante a visita que o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, realizaram a serviços do CHUC.
O ministro concluiu que os serviços estão a responder de forma positiva às solicitações e sublinhou a "disponibilidade plena" de todos os profissionais envolvidos nesta operação.
Campos Fernandes deixou ainda uma "palavra de apreço" a estes trabalhadores e manifestou a solidariedade a todos os familiares das vítimas destes incêndios.
O governante adiantou, ainda, que a sua homóloga espanhola já o contactou hoje mais do que uma vez, disponibilizando auxílio em caso de necessidade.
EDP Distribuição estima a existência de 30 quilómetros de rede destruídos
Cem operacionais da EDP Distribuição estão no terreno na sequência do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, revelou hoje a empresa, que estima ser necessário reconstruir 30 quilómetros de rede de baixa tensão.
Numa informação escrita enviada à agência Lusa, o gabinete de comunicação da EDP Distribuição informa que "desde a primeira hora" tem estado nos locais dos incêndios, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, Lousã (distrito de Coimbra) e Sertã (Castelo Branco), "a acompanhar de perto e em ligação com a Proteção Civil".
A empresa explica que está a procurar "ter as intervenções possíveis", reiterando que os trabalhadores estão a ter "dificuldade para passar em segurança para manobrar os órgãos de rede".
"As nossas equipas estão nos locais, mobilizadas para atuar logo que possível e de acordo com orientação dos bombeiros", refere a EDP Distribuição, adiantando que foram deslocados 14 geradores, cinco dos quais já ligados "para restabelecer o serviço em alguns locais".
A prioridade são "instalações críticas, como sejam as estações elevatórias para abastecimento de água e antenas de telecomunicações", destaca a empresa, observando que os restantes geradores serão ligados "logo que as estradas estejam transitáveis".
"Temos 100 operacionais no terreno, nos centros de coordenação em Coimbra/Leiria e no Centro de Condução da Rede no Porto, apoiados por 21 viaturas", esclarece a empresa, assinalando que se está a "dar atenção à rotação das esquipas para assegurar a continuidade dos trabalhos".
A EDP Distribuição estima que tenham de "ser reconstruídos cerca de 30 quilómetros de rede de baixa tensão", reafirmando que permanece em contacto com os autarcas da zona afetada pelo incêndio e que tem um representante permanente na Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, no Comando Distrital de Operações e Socorro de Leiria e no posto de operações em Pedrógão Grande.
agenda pr
A agenda do Presidente da República está suspensa até terça-feira, devido à tragédia ocorrida na zona de Pedrógão Grande, onde morreram pelo menos 62 pessoas, devido a incêndios, informou hoje à Lusa fonte de Belém.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tinha agendado para hoje a entrega do Prémio D. Diniz, da Fundação da Casa Mateus, ao escritor Mário Cláudio.
A cerimónia de entrega do prémio atribuído pelo romance "Astronomia" estava prevista para decorrer ao final da tarde de hoje, na Casa de Mateus, em Vila Real.
Empresas de telecomunicações avaliam estragos
As empresas de telecomunicações MEO e NOS estão a avaliar e a trabalhar para recuperar os estragos feitos nas suas redes pelo incêndio que lavra no norte do distrito de Leiria, referiram em comunicado as duas companhias.
Segundo a MEO, num comunicado enviado à Lusa, "no terreno estão cerca de 50 técnicos preparados para intervenção imediata nos locais afetados com competências polivalentes ao nível da rede exterior, rede móvel, rede fixa, transmissão e energias".
"A MEO tem, desde a primeira hora, atuado em parceria com as autoridades nacionais – MAI, ANPC, GNR e SIRESP – no sentido de assegurar as comunicações no apoio ao combate ao incêndio em Pedrógão Grande, assim como no sentido de procurar minorar os seus efeitos na sua rede de telecomunicações móveis e fixas, para garantir uma célere reposição dos serviços afetados e garantir que populações e autoridades possam comunicar sem restrições", indicou a companhia de telecomunicações.
De acordo com a MEO, a rede da companhia "está em fase de recuperação, estando já restabelecidas parcialmente as comunicações móveis. Adicionalmente, está a ser instalada uma Unidade Móvel Transportada temporária, que está a ser configurada via satélite, prevendo-se total operacionalidade ainda de manhã".
Em nota, a NOS referiu que, "na sequência do incêndio na região de Pedrógão, três estações de rede da NOS foram afetadas, com impacto nos serviços de voz, internet e SMS".
"A NOS ativou imediatamente os seus planos de contingência e respetivos procedimentos no sentido de uma rápida resolução da situação, estando já equipas suas no terreno", referiu ainda a empresa de telecomunicações.
A Vodafone acompanha hoje o desenvolvimento do incêndio de Pedrogão Grande e conta com equipas técnicas no local, embora não tenham registado incidentes que tivessem comprometido o seu serviço, segundo um comunicado da companhia de telecomunicações.
"A Vodafone tem estado a acompanhar o desenvolvimento do incêndio de Pedrógão Grande, inclusivamente com equipas técnicas presentes no local. Até ao momento, não se registaram incidentes que tivessem comprometido o serviço", referiu a nota da Vodafone.
Segundo a empresa, como sempre acontece com fenómenos naturais com potencial impacto nas infraestruturas, e em particular durante a época de incêndios, a Vodafone continuará a acompanhar o tema e tomará as medidas necessárias para minimizar os possíveis efeitos que este incêndio possa vir a ter na sua rede".
Novo balanço aponta para 62 mortos confirmados
Pelo menos 62 pessoas morreram no incêndio que atinge Pedrógão Grande e outros dois concelhos do distrito de Leiria desde sábado, disse hoje o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
O balanço anterior era de 58 vítimas mortais.
"Sempre que venho ter connosco infelizmente trago um número que tem aumentado: temos 62 mortos sendo que dois deles são vitimas de um acidente rodoviário na mesma via", afirmou Jorge Gomes, em declarações aos jornalistas no local.
Especialista diz que incêndio é dos mais graves do mundo
O especialista em incêndios florestais Xavier Viegas revelou hoje que terá sido a "rápida propagação" do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande que conduziu às várias mortes, fazendo deste um dos mais graves incêndios do mundo dos últimos anos.
O professor universitário acrescentou, ainda, que a falta de limpeza das florestas e da envolvente das casas, bem como as características do terreno, terão contribuído para a extensão deste incêndio com vários focos, apesar de se suspeitar que a causa foi uma trovoada seca.
"Tudo leva a crer que a propagação do fogo foi muito rápida, não tenho a certeza, mas a indicação que tenho é que terá havido vários focos de incêndio, não necessariamente por causa humana, há possibilidade de ter sido causado por uma trovoada seca e, quando isso acontece, pode haver vários focos ao mesmo tempo em diferentes lugares e aí torna-se extremamente difícil controlar todas as situações", explicou à Lusa.
Esta situação aliada à vegetação e ao "estado de secura muto grande" em que se encontra, e a um terreno "muito complicado", como é o circundante do IC8, com ravinas e desfiladeiros muito acentuados, "dá origem a comportamentos do fogo que facilmente surpreendem as pessoas".
Ainda a avaliar a dimensão da tragédia humana, Xavier Viegas adianta já que este é o incêndio "mais importante de que tem conhecimento".
Mais de 1.600 homens, 495 veículos e 15 meios aéreos combatem fogos principais
Mais de 1.600 homens, apoiados por 495 veículos e 15 meios aéreos combatiam pelas 12:00 de hoje cinco grandes incêndios que lavravam nos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Santarém, segundo dados da Proteção Civil.
De acordo com a informação divulgada na página na Internet da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), as chamas que deflagraram às 14:43 de sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, mobilizavam ao meio-dia 690 operacionais, 216 veículos e quatro meios aéreos.
O número de pessoas que morreram naquele incêndio florestal aumentou para 58, disse hoje o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
No distrito de Coimbra, 377 homens, apoiados por 113 veículos e seis meios aéreos, combatem o fogo que deflagrou sábado às 14:52 numa zona de floresta na freguesia de Álvares, concelho de Góis.
Ainda naquele distrito, as chamas que lavram no concelho de Penela, freguesia de Espinhal, estão a mobilizar 163 homens, 49 veículos de um meio aéreo.
Cento e oitenta e seis homens, 57 veículos e três meios aéreos estão a combater o fogo que deflagrou no sábado, às 18:09, numa zona de mato da freguesia de Orvalhos, concelho de Oleiros, distrito de Castelo Branco.
Apesar de já estar em fase de resolução, o incêndio que deflagrou no sábado às 20:09 numa zona de floresta em Ferreira do Zêzere, distrito de Santarém, ainda está a mobilizar no terreno 216 homens, 60 veículos e um meio aéreo.
A ANPC considera incêndios em resolução aqueles que já não apresentam perigo de propagação para além do perímetro já atingido.
Jerónimo de Sousa expressa pesar e pede “medidas de excepção” para todo o país
O secretário-geral do PCP manifestou hoje o profundo pesar pelas vítimas do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande e defendeu que são necessárias "medidas de exceção" e canalizar meios para evitar novas tragédias.
Em declarações aos jornalistas, na sede nacional do PCP, em Lisboa, o líder comunista começou por manifestar "o profundo pesar" do partido pelas vítimas, solidariedade para com as famílias e feridos e expressar o agradecimento pelo empenhamento dos bombeiros bem como da Proteção Civil.
"Tendo em conta que se mantêm condições climatéricas tão hostis é preciso tomar medidas de exceção em todo o país para evitar novas tragédias, canalizando meios que possam dar resposta a esta situação excecional", afirmou.
O secretário-geral comunista garantiu que os deputados do PCP na Assembleia da República e no Parlamento Europeu "vão fazer todos os esforços para que sejam avaliados e canalizados os meios que possam permitir às pessoas colmatar os prejuízos nas suas vidas, habitações e bens".
Questionado sobre que medidas de exceção poderão ser tomadas, Jerónimo de Sousa disse que o partido tem a convicção de ter feito, com "iniciativas, propostas e alertas", trabalho no sentido da prevenção.
"É evidente que pode ter sido um fenómeno excecional da natureza, neste momento queremos manifestar solidariedade para minorar a dor, o sofrimento", reforçou, dizendo que o PCP já tem elementos no local da tragédia.
Papa reza pelas vítimas
O papa Francisco rezou hoje pelos mortos e feridos no incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, que já provocou pelo menos 58 mortos, e expressou a sua "proximidade ao querido povo português".
"Eu transmito a minha proximidade ao querido povo português, atingido por um incêndio devastador que causou mortes, feridos e destruição", disse Francisco na oração dominical do Angelus, no Vaticano.
Posteriormente, convidou os fiéis presentes na praça de São Pedro "a rezar em silêncio".
Passsos Coelho cancela campanha toda a semana
O Presidente do PSD cancelou todas as iniciativas partidárias previstas para hoje, domingo, e para toda a semana, informou o partido.
"Pedro Passos Coelho já havia manifestado pesar e solidariedade pela evolução da situação trágica em Pedrógão Grande, durante um evento partidário que decorria em Ansião, na noite de sábado", refere a nota do PSD, dando conta que Passos Coelho "deixou ainda uma mensagem de apreço e reconhecimento ao trabalho dos bombeiros no combate a um incêndio de proporções e consequências profundamente trágicas e de que não há memória".
Toda a agenda pública partidária do PSD que estava prevista para esta semana foi cancelada.
Merkel e Rajoy telefonaram a António Costa
Os primeiros-ministros de Espanha, Mariano Rajoy, e da Alemanha, Angela Merkel, telefonaram hoje ao líder do executivo português, António Costa, deixando palavras de solidariedade na sequência da tragédia do incêndio de sábado em Pedrógão Grande.
Fonte oficial do executivo português adiantou à agência Lusa que António Costa tem recebido de outros chefes de Governo e de responsáveis de instituições internacionais várias mensagens de solidariedade.
Durante esta manhã, chegaram ao primeiro-ministro mensagens escritas do presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, do comissário europeu Carlos Moedas, do primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, e do Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.BE: Este é o momento da solidariedade, depois terá de se avaliar como foi possível
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) expressou hoje pesar pelas vítimas do incêndio no distrito de Leiria e defendeu que este é o momento da solidariedade, mas que depois terá de se avaliar como foi possível.
"O incêndio que está a ocorrer em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera assumiu as dimensões de uma tragédia como nós nunca vimos. Neste momento, o que há a dizer é naturalmente o pesar para com as famílias e os amigos das vítimas", declarou Catarina Martins aos jornalistas, na sede do BE, em Lisboa.
A coordenadora do BE defendeu que, "claro, depois terá de haver avaliação de como é que foi possível, como é que aconteceu, do que tem de ser feito", referindo: "Sabemos que temos problemas no país que estão mal resolvidos há muito tempo".
"Mas hoje, seguramente, é o dia de toda a solidariedade para com as populações, para com os bombeiros, para todos quantos estão a combater o incêndio, o nosso pesar para com as vítimas. Teremos tempo para tudo o resto", acrescentou.
O BE cancelou toda a sua agenda política, da direção nacional e de todas as candidaturas autárquicas, até terça-feira.
Número de mortos aumenta para 58
O número de pessoas que morreram no incêndio florestal que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, aumentou para 58, disse hoje o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
Numa declaração aos jornalistas junto ao posto de comando das operações, cerca das 12:00, o governante indicou que há 54 feridos. Entre eles há oito bombeiros, quatro dos quais em estado grave.
Primeiro-ministro da Índia envia "profundas condolências"
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, manifestou hoje a sua tristeza pela "trágica perda de vidas" no incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, Leiria, e endereçou "profundas condolências ao povo português".
"Triste por saber da trágica perda de vidas num incêndio em Portugal. Profundas condolências ao povo português nesta tragédia", escreveu Narendra Modi na sua conta na rede social Twitter, sobre o incêndio que provocou pelo menos 57 mortos e 59 feridos.
Narendra Modi vai deslocar-se a Portugal ainda este mês, depois de ter recebido o primeiro-ministro português, António Costa, que visitou a Índia em janeiro deste ano.
Sad to learn of tragic loss of lives in the forest fire in Portugal. Deepest condolences to the Portugese people on this tragedy.
— Narendra Modi (@narendramodi) 18 de junho de 2017
Tajani
O presidente do Parlamento Europeu recorreu ao Twitter para mostrar solidariedade com Portugal, afirmando que o Parlamento Europeu está com as famílias das vítimas
Profundamente triste com as noticias horríveis que chegam de Portugal. Pensamentos estão com vítimas e famílias. @Europarl_PT está com vocês
— EP President Tajani (@EP_President) 18 de junho de 2017
Rajoy
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, manifestou hoje a sua "solidariedade, apoio e carinho" ao povo português pela tragédia ocorrida no sábado em Pedrógão Grande e que vitimou mortalmente 57 pessoas.
"Esmagado pela tragédia de Pedrogão Grande. O povo português conta com a nossa solidariedade, apoio e carinho, antoniocostapm.MR", escreveu Rajoy na sua conta na rede social Twitter, numa mensagem dirigida à conta do primeiro-ministro português, António Costa.
Sobrecogido por la tragedia de Pedrógão Grande. El pueblo portugués cuenta con nuestra solidaridad, apoyo y cariño, @antoniocostapm. MR
— Mariano Rajoy Brey (@marianorajoy) 18 de junho de 2017
Costa chefia delegação do Governo que esta manhã chega ao local do incêndio
O primeiro-ministro chefia uma delegação do Governo que vai hoje de manhã para as zonas mais afetadas pelo incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que já fez 57 mortos.
De acordo com fonte oficial do executivo, no terreno, António Costa terá reuniões com autarcas a preparar o planeamento pós incêndio e transmitirá também uma palavra de conforto e de solidariedade aos familiares das vítimas e aos elementos das corporações de bombeiros.
Acompanham António Costa nesta deslocação a Pedrógão Grande os ministros do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, da Agricultura, Capoulas Santos, e a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.
Hoje de madrugada, a partir das 00:35, o primeiro-ministro esteve na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), onde considerou que o incêndio em Pedrógão Grande foi "seguramente a maior tragédia" em Portugal nos últimos anos.
IPMA: Altas temperaturas, trovoadas e extensão estão a potenciar fogo
Altas temperaturas, trovoadas secas e extensão das frentes de fogo estão a potenciar o incêndio que deflagrou no concelho de Pedrógão Grande, disse o diretor do Departamento de Meteorologia e Geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
"O calor que tivemos ontem [sábado], que tivemos anteontem [sexta-feira], e que vamos ter hoje e amanhã… Temos uma situação em que está tudo muito quente, em que nos dá uma capacidade de termos trovoadas que podem no terreno começar a fazer um incêndio. E a situação neste momento é quase incontrolável. Tenho estado em contacto com a Proteção Civil e é muito difícil de conseguirmos parar o incêndio", afirmou Pedro Viterbo.
Para o especialista, estas condições meteorológicas estiveram na origem do incêndio que deflagrou ao início da tarde de sábado, numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, e que alastrou aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.
"Ontem [sábado] tivemos uma situação com o dia mais quente deste ano, e ainda estamos em junho. Provavelmente, este dia (…) será um dos dias mais quentes do ano, porque ainda falta julho e agosto, e essas condições potencializam a continuação do fogo", salientou o diretor deste departamento do IPMA.
O dia de hoje vai ter temperaturas mais baixas, mas isso não será suficiente para atenuar o evoluir das chamas.
Centro de saúde transformado em centro hospitalar para tratar feridos do incêndio
O centro de saúde de Pedrógão Grande foi hoje transformado num centro hospitalar para tratar os feridos e as vítimas do incêndio que deflagrou no sábado neste concelho do distrito de Leiria.
Fonte dos bombeiros de Pedrógão Grande disse à Lusa que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) colocou algumas equipas no centro de saúde para prestar os primeiros socorros, pelo que o encaminhamento para os hospitais de referência, em Coimbra, Leiria, Castelo Branco e Torres Novas, será posterior.
A maior parte dos feridos apresenta sinais de inalação de fumo e queimaduras várias, acrescentou a mesma fonte.
Para o local estão a acorrer também familiares à procura de notícias.
Um técnico de apoio psicológico está também no local para informar e encaminhar as famílias das vítimas mortais.
Costa: Trovoadas secas terão sido a origem do fogo
O primeiro-ministro falou de madrugada sobre a trajédia em Pedrógão Grande. Em declarações aos jornalistas, depois de ter estado reunido cerca de duas horas no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em Oeiras, António Costa, considerou, no entanto, que "é prematuro tirar ilações sobre o que terá acontecido naquele local".
Questionado sobre o que terá causado tantas vítimas mortais, respondeu: "Neste momento, é obviamente prematuro tirar ilações sobre o que terá acontecido naquele local. Algo de muito especial aconteceu, seguramente, pela dimensão das vítimas que teve. Neste momento, a Polícia Judiciária (PJ) está já no local, a quem compete a investigação, com o apoio da Guarda Nacional Republicana (GNR).
O primeiro-ministro adiantou que também o Instituto nacional de Medicina Legal foi acionado e disse que "há que fazer a identificação, e há também que ver as causas".
António Costa referiu que "todas as vítimas mortais estavam concentradas numa via de circulação ou nas suas imediações".
"Durante o dia houve um total de 156 incêndios em todo o país. Neste momento, onze ainda estão ativos e dois suscitam particulares preocupações. Esta situação de vítimas humanas não foi generalizada nos incêndios, ocorreu num único incêndio e num único local", enquadrou.
Segundo o primeiro-ministro, "os meios que têm estado empenhados têm respondido à generalidade das situações".
"Houve uma situação meteorológica particular a partir das 14 horas, numa extensão entre Coimbra e o norte do Alentejo, com a sucessão de trovoadas secas que terão estado na origem destes incêndios, e que terão gerado fenómenos meteorológicos de grande concentração e violência, como este que vitimou o conjunto destas pessoas", acrescentou.
De acordo com António Costa, que tinha ao seu lado o presidente da ANCP e o comandante operacional nacional da Proteção Civil, "em todos os locais onde deve haver evacuação têm sido acionados os meios de evacuação".
"A maior parte destas vítimas não estava em residências, estavam, aliás, em deslocação em viatura", frisou, reiterando, porém, que não queria estar a especular sobre como terá ocorrido tão grande número de mortes, nem sobre o número final de vítimas.
Instado a explicar o que levou tanta gente a morrer numa mesma estrada, declarou: "Não vamos estar aqui neste momento a responder àquilo cuja resposta não se sabe. O que é normal que aconteça, perante ocorrências destas, é que naturalmente as autoridades atuem no sentido de encerrar as vias de circulação".
O primeiro-ministro admitiu que possa não ter havido tempo de encerrar aquela via, dada as circunstâncias do "fenómeno que ocorreu", assim como "não deu tempo às pessoas para fugirem".
Quanto ao que levou as pessoas àquela via, disse: "Não se sabe. Essa investigação há de ser feita".
António Costa reafirmou que esta é "a maior tragédia" dos últimos anos em Portugal e defendeu que agora as prioridades são combater os incêndios ainda ativos, identificar as vítimas, apoiar as suas famílias e procurar esclarecer o que terá causado tantas mortes.
Marcelo deixa palavra de conforto e diz que "o que se fez foi o máximo que se podia fazer"
O Presidente da República, ao final do dia de ontem, quando o número de vítimas era apenas de 19, deixou uma palavra de ânimo e conforto aos que continuam a combater o incêndio de Pedrógão Grande, e disse que "o que se fez foi o máximo que se podia fazer".
Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao local do incêndio cerca das 00:40 e, depois de ouvir um ponto da situação, deixou, em primeiro lugar, as condolências às famílias das vítimas.
"Queria antes de mais apresentar os meus sentimentos aos familiares das vítimas civis, acompanhando-os na sua dor e fazendo-o em nome de todos os portugueses", afirmou em declarações aos jornalistas no local.
Por outro lado, o chefe de Estado fez questão de deixar uma palavra de "gratidão e conforto" a todos os que estão envolvidos no combate ao incêndio, dizendo referir-se a bombeiros, Proteção Civil, GNR ou Exército.
"A palavra que quero deixar agora não é uma palavra de desânimo, é uma palavra de ânimo, de confiança, de conforto", realçou.
O chefe de Estado defendeu que, perante o cenário que lhe foi descrito, "o que se fez foi o máximo que se poderia ter feito".
"Não era possível fazer mais, há situações que são situações imprevisíveis e quando ocorrem não há capacidade de prevenção que possa ocorrer, a capacidade de resposta tem sido indómita", considerou.
O Presidente da República manifestou ainda o seu "calor humano" aos bombeiros feridos neste incêndio, sublinhando que "fizeram e continuarão o melhor que podem" num incêndio que continua a lavrar de forma intensa.
Marcelo Rebelo de Sousa chamou a atenção para a junção de elementos naturais "infelizmente únicos", como a temperatura elevada, o vento e a humidade nula.
"Tornaram a tarefa destes verdadeiros heróis muito difícil", salientou.
Para o chefe de Estado, "não há nem falta de competência, nem falta de capacidade, nem falta de imediata resposta perante desafios dificílimos".
"É uma situação infelizmente ímpar, não é habitual no nosso país verificar-se aquilo que se verificou e está a verificar", disse, alertando que o combate ao incêndio continuará a ser difícil nas próximas horas.
Dizendo que o estado de espírito que encontrou "foi de mobilização", Marcelo Rebelo de Sousa deixou também uma palavra à forma "atenta, respeitadora e atenta" como a comunicação social tem acompanhado a situação.
Juncker demonstra "profundo pesar" em carta a Marcelo
O presidente da Comissão Europeia enviou hoje o seu "profundo pesar" ao povo português e ao Presidente da República pela tragédia em Pedrógão Grande e outros concelhos vizinhos, numa carta a que a Lusa teve acesso.
"Neste momento de dor e consternação quero, em nome da Comissão Europeia e no meu próprio, transmitir a vossa excelência e ao Povo Português, os sentimentos do nosso profundo pesar, bem como a expressão da nossa mais sentida solidariedade pelo incêndio em Pedrógão Grande", lê-se na carta enviada por Jean-Claude Juncker a Marcelo Rebelo de Sousa.
Juncker disse que a Comissão Europeia já está a trabalhar com os restantes Estados-membros da União Europeia "para responder de forma imediata" ao pedido de assistência de Portugal ao mecanismo europeu de proteção civil e garantiu que, neste momento, os seus "pensamentos estão com todas as vítimas, suas famílias, bem como com os bravos soldados da paz que, no terreno e em circunstâncias muito difíceis, continuam a combater este terrível incêndio".
"Um abraço amigo nesta hora de dor", conclui o presidente do órgão executivo europeu na carta a Marcelo Rebelo de Sousa.
Meus pensamentos com as vítimas em #Portugal. Elogio coragem dos bombeiros. Mecanismo europeu de protecção civil activado e vai ajudar. pic.twitter.com/oiL9N5wJeM
— Jean-Claude Juncker (@JunckerEU) 18 de junho de 2017
PS fala em momento de luto nacional e pede avaliação adequada
O presidente do PS considerou hoje que Portugal vive "um momento de luto nacional" devido ao incêndio "com proporções sem paralelo" em Pedrógão Grande e outros dois concelhos e sugeriu que se faça mais tarde uma "avaliação adequada do que aconteceu".
Em declarações à Lusa no Porto sobre o incêndio que provocou pelo menos 57 mortos, Carlos César disse que agora é tempo de "cerrar fileiras para socorrer os que precisam de auxílio no imediato".
"Haverá um momento posterior em que será importante ajudar os que foram prejudicados nos seus bens, os que ficaram em situação difícil pela morte de familiares e proceder a uma avaliação adequada do que aconteceu", afirmou Carlos César.
30 vítimas dentro dos automóveis
"Infelizmente o número de mortos aumentou para 57, o que mexe um pouco com todos nós", afirmou o secretário de Estado da Administração Interna, no balanço do incêndio florestal feito às 10:00, junto ao posto de comando.
Visivelmente emocionado, Jorge Gomes apontou os locais em que foram encontradas as vítimas mortais, na Estrada Nacional 236.1, que faz a ligação ao Itinerário Complementar (IC) 8.
"Foram encontradas 30 pessoas em viaturas e 17 fora das viaturas ou nas margens da estrada e em ambiente rural foram encontradas 10 vítimas mortais", disse.
O governante explicou ainda que o fogo se mantém com quatro frentes activas, duas "com grande violência", e indicou que no terreno estão cerca de 700 operacionais, apoiados por cerca de 250 viaturas.
Neste momento, na Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande está instalado um ponto de acolhimento e de informação onde estão elementos da Segurança Social que prestam "toda a ajuda, apoio e esclarecimentos possíveis".
O secretário de Estado da Administração Interna sublinhou ainda que não há agora nenhuma localidade em risco. O incêndio deflagrou ao início da tarde de sábado no concelho de Pedrógão Grande e alastrou-se aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o incêndio terá sido causado por trovoadas secas, salientando, no entanto, que "é prematuro tirar ilações" sobre o que aconteceu.
Clubes solidários com as famílias das vítimas
Muitos clubes recorreram às redes sociais para mostrar solidariedade com as vítimas dos incêndios. Em baixo os exemplos dos três grandes.
O SL Benfica apresenta sentidas condolências às famílias das vítimas de Pedrógão Grande e manifesta solidariedade neste momento de dor. pic.twitter.com/Ifk2Gu5JGv
— SL Benfica (@SLBenfica) 18 de junho de 2017
Os nossos pensamentos estão com os familiares das vítimas e com todos os afetados por esta tragédia em Pedrógão Grande. pic.twitter.com/bCTQKIcTyP
— Sporting CP (@Sporting_CP) 18 de junho de 2017
O FC Porto solidariza-se com os familiares das vítimas do incêndio em Pedrógão Grande.#FCPorto pic.twitter.com/erd8hEQsEB
— FC Porto (@FCPorto) 17 de junho de 2017
Casa Real de Espanha expressa solidariedade e afecto a Portugal
A Casa Real espanhola expressou hoje solidariedade e afeto de Espanha a Portugal numa mensagem publicada no Twitter relativa à tragédia ocorrida no sábado em Pedrógão Grande e que vitimou mortalmente 57 pessoas.
"Impressionados com a tragédia em Pedrógão Grande, toda a solidariedade e afeto de Espanha com Portugal", lê-se no 'tweet' da Casa Real espanhola.
O rei Filipe VI de Espanha enviou também hoje um telegrama ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e durante o dia irá telefonar-lhe, referiu fonte da presidência portuguesa.
Sobrecogidos por la tragedia en Pedrógão Grande, toda la solidaridad y afecto de España con #Portugal
— Casa de S.M. el Rey (@CasaReal) 18 de junho de 2017
Selecção portuguesa de futebol solidariza-se com vítimas e cumpre minuto de silêncio
A selecção portuguesa de futebol presente na Rússia, palco da Taça das Confederações, solidarizou-se hoje com as vítimas do incêndio rural que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.
"O dia em que iniciamos a participação na Taça das Confederações é igualmente um dia de grande consternação e dor para o País que orgulhosamente representamos", começa por referir o comunicado assinado por todos os elementos da comitiva lusa, em Kazan.
Segundo a nota publicada no site oficial da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), "a tragédia ocorrida em Pedrógão Grande, que reclamou a vida de tantos dos nossos compatriotas, não pode deixar ninguém indiferente".
"Nesta hora tão triste, enviamos as mais sentidas condolências às famílias, amigos e entes queridos das vítimas dos incêndios", refere ainda a comitiva.
A FPF estipulou hoje que será cumprido um minuto de silêncio no domingo e na segunda-feira antes dos jogos das provas que organiza face ao incêndio de Pedrógão Grande. "Este ato simbólico visa homenagear a memória das vítimas do incêndio em Pedrógão Grande", refere o comunicado da FPF, publicado no site oficial do organismo.
UE acciona Mecanismo de Protecção Civil para ajudar Portugal
O comissário europeu para a Ajuda Humanitária, Christos Stylianides, anunciou hoje que a União Europeia (UE) está pronta ajudar Portugal, tendo já sido enviados aviões de combate a incêndios pelo Mecanismo de Proteção Civil europeu.
"Numa resposta imediata a um pedido de assistência das autoridades portuguesas, o Mecanismo de Proteção Civil da UE foi ativado para providenciar aviões de combate a incêndios", disse o comissário, num comunicado.
"A UE está pronta para ajudar", salientou, lamentando as mortes e enviando as condolências "aos que perderam entes queridos".
O responsável referiu que "a França ofereceu imediatamente três aviões através do Mecanismo de Proteção Civil da UE, que serão enviados para ajudar no local".
Também a Espanha, "numa base bilateral, enviou equipamento aéreo".
O comissário elogiou ainda "a bravura dos bombeiros e dos serviços de emergência no terreno, arriscando as próprias vidas para salvar as de outros".
Presidente da AR manifesta "profunda tristeza e preocupação"
O presidente da Assembleia da República (AR), Eduardo Ferro Rodrigues, expressou hoje "profunda tristeza e preocupação" pelos "trágicos acontecimentos" relativos ao incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, endereçando palavras de solidariedade para as famílias das vítimas mortais.
"Apesar da distância a que me encontro de Portugal, tenho acompanhado os trágicos acontecimentos de Pedrógão com profunda tristeza e preocupação", declarou à agência Lusa Eduardo Ferro Rodrigues, que se encontra em Kazan, em visita oficial a convite do Presidente da República do Tartaristão, na Rússia.
As primeiras palavras de solidariedade do presidente da AR foram dirigidas às famílias das vítimas mortais do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande e alastrou aos concelhos vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos vinhos, no distrito de Leiria.
"Quero também neste momento em que continuam a combater as chamas, saudar a coragem dos bombeiros e desejar as melhoras daqueles que se encontram feridos", afirmou Eduardo Ferro Rodrigues, indicando que as autoridades competentes estão no terreno a acompanhar os últimos desenvolvimentos e a fazer tudo para garantir a segurança das populações.
De acordo com o presidente da AR, "como sempre acontece numa democracia, no tempo próprio, tudo será objeto de avaliação e escrutínio".
"Todos sabemos que por vezes, contra a combinação rara de forças meteorológicas adversas, a proteção civil trava um combate desigual", defendeu Eduardo Ferro Rodrigues.
PJ afasta origem criminosa no incêndio que terá tido origem em trovoada
O director nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou hoje à Lusa que o incêndio que deflagrou no sábado no concelho de Pedrógão Grande teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa.
"A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio", disse Almeida Rodrigues.
"Conseguimos determinar que a origem do incêndio foi provocada por trovoadas secas", tendo sido a partir daí que o fogo se propagou, explicou o diretor nacional da PJ.
A árvore estava próxima da localidade de Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, e segundo as autoridades, tudo indica que foi nesse local que teve início o fogo que já lavra também nos municípios vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.
Segundo Almeida Rodrigues, desde sábado, a PJ tem estado no terreno com brigadas em vários locais, em articulação com a GNR.
"Nós temos equipas no terreno numa tripla vertente, por um lado no plano da prevenção embora obviamente contra trovoadas não é possível prevenir o que quer que seja", com "equipas no terreno para determinar as causas do incêndio e da progressão do incêndio" e outras para investigar "as causas da morte das pessoas que foram atingidas por esta tragédia", acrescentou.
Incêndio mais mortífero nas últimas décadas
O fogo que no sábado deflagrou no concelho de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, é um dos que mais vítimas mortais provocou nos últimos anos em Portugal, de acordo com um balanço da Lusa numa altura em que o número de mortos confirmados era ainda de 25 mortos. Entretanto o número de vitimas mortais já subiu para 57.
Todos os mortos são civis, segundo as autoridades, e a maioria foi encontrada dentro de 15 viaturas numa estrada nacional entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera ou nas imediações deste local.
Um incêndio há mais de 50 anos, em setembro de 1966, na serra de Sintra, que foi notícia em todo o mundo, provocou 25 vítimas mortais. Neste caso, morreram 25 militares do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa de Queluz (RAAF), quando tentavam combater as chamas.
Em 1985, em Armamar, 14 bombeiros foram apanhados pelas chamas e em 1986, em Águeda, o fogo provocou 16 mortos.
Mais recentemente, nos grandes incêndios de 2003, de norte a sul do país, morreram duas dezenas de pessoas. Três anos depois, em 2006, no distrito da Guarda, cinco bombeiros chilenos morreram ao combaterem o fogo.
No ano 2012, centenas de incêndios registados provocaram seis mortos, quatro deles bombeiros.
Em agosto de 2013, quando se registaram mais de 7.000 incêndios, morreram nove pessoas - oito bombeiros e um civil - com 120 mil hectares de floresta ardida.
No ano passado, os incêndios na Madeira provocaram três mortos e destruíram 37 habitações, uma situação que levou o Governo a fazer um pedido de ajuda à União Europeia para o combate ao sinistro.
57 mortos e 59 feridos
Um novo balanço do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, dá conta de 57 mortos, disse hoje o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
O número de feridos mantém-se nos 59, de acordo com o balanço feito pelas 10:00.